Capítulo - 1

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Erick

Na infância...

O dia estava ensolarado, as folhas balançavam como uma bela música, o sol matinal brilhava intensamente em meu rosto, o vento quebrava ao tocar meu ser, era isso que eu gostava, de estar na natureza, apreciar a arte, não entrar em batalhas, lutas e guerras sangrentas como meu pai queria, pra ele, eu sempre fui uma simples decepção, ele era um homem formado, com uma masculinidade impenetrável, um exemplo de líder, porém infelizmente um péssimo pai, ao menos pra mim. Com o tempo eu fui me acostumando, me acostumando a ser só a merda que ele diz que sou.

Estava em uma clareira bela, as folhas tão verdes que dava pra sentir sua vibração, até que sinto meu pai chegar, seus passos eram pesados e furiosos.

-Se arruma, nós vamos a uma caçada. - Ele bradava furiosamente enquanto jogava um capacete em minha perna.

Eu analiso as circunstâncias e decido confrontá-lo, mesmo com medo dos resultados, já não aguentava mais ser só o merda que não se defende.

-Não quero ir - Respondo, engolindo a seco, observando sua expressão de desgosto e raiva acumulada.

Ele se aproxima de mim como se fosse julgar minha alma, ele se abaixa, e olha no fundo dos meus olhos, e eu já sabia do que estava por vir.

-Não me importo com o que quer, eu mandei se trocar! - Ele grita, só consigo sentir as lágrimas deslizarem por meu rosto, e sem uma palavra me levanto e caminho pra dentro de casa, com medo de cair devido a cortina de lágrimas que se formou em meus olhos.

Chego em meu quarto com uma angústia imensa no coração, sem outra escolha troco minhas roupas, coloco uma armadura que claramente não era o que eu gostava de usar, pego uma espada qualquer, não sabia a diferença entre elas mesmo. Ele me esperava na porta do quarto, e me julgava com seu olhar típico, e sem uma palavra saio junto a ele.

Eu não tinha nenhuma experiência de batalha, e claramente morreria sem fosse um inimigo potente. Só queria voltar para a clareira onde eu estava antes.

Chegando lá, percebo que era uma campo aberto, desconfiava das estratégias do meu pai, pois um campo aberto claramente nos tornaria presas fáceis. Olho pro céu para sentir a brisa que rebatia em meu rosto, com os olhos fechados, me concentrando na intensa natureza, oque me permitiu relaxar só por alguns segundos, pois ao abrir os olhos, vejo uma silhueta sobre as nuvens, oque me faz sentir meu coração acelerar.

Quando pensei em um inimigo potente, não esperava que fosse um dragão, isso concereteza vai me queimar.

Em partida, com os sentimentos embolados e um nó na garganta, cheio de desespero e medo, tento correr, mas isso atrai a atenção do dragão, trazendo seu foco para o campo, onde estavam  todos os guerreiros se preparando para atacá-lo. Meu pai me olhou com um certo nojo, mas pouco me importava, naquela hora. Ele e sua frota atacam o dragão, dando um jeito de impedi-lo, mas já sei que minha atitude terá severas consequências.

Em casa..

Meu pai chega enfurecido, batendo a porta, quase quebrando um pedaço da parede, eu me sento no sofá e permaneço de cabeça baixa, na espera do esporro chegar.

-Filho, você só pode estar pirando! Que merda foi aquela no campo?! Quase matou todos. - Ele dizia com desdém, seus gritos ecoavam pela casa inteira, mostrando sua fúria.

-Desculpa pai. - Sinto as lágrimas quererem escapar. - Mas dá uma facilitada, sou seu filho. - falava em meio às lágrimas.

Ele me olha com um olhar tão decepcionante que me faz sentir uma dor na alma.

O Peso Da Coroa (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora