Capítulo 5: Crazy in love piano

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Bufei mais uma vez, sem conseguir entender a letra horrível de Ivan Romanoff. Eu estava no mesmo documento há horas, esse dia tinha passado como qualquer outro. Andando por aí. Comendo. Trabalhando. De vez enquando vendo Natasha Romanoff.

Me levantei. Não aguentava mais. Peguei o papel e saí do quarto, vendo que o relógio marcava algo próximo das cinco e meia. Natasha já devia ter acordado de seu longo sono da beleza, lá fora já estava escuro.

Seus hábitos de trocar o dia pela noite eram esquisitos demais.

Procurei-a no primeiro andar, não achei. Fui subindo todos, revistando o castelo. Não encontrei.

Agora eu já tinha meio que decorado tudo, não conhecia todos os quartos e salas, porque eram muitos, e alguns estavam trancados, mas já tinha uma grande ideia. Não me perdia mais.

Voltei ao primeiro andar. Tinha uma porta que não tinha checado. Andei até lá e a abri.

Uma escada. Que ia para baixo.

Eu conseguia ver o reflexo de luzes lá embaixo.

- Senhorita Romanoff? - chamei.

- Estou aqui.

Mergulhei nas escadas em espiral e as desci, dando de cara com uma sala, quente. Tinham luzes amareladas, bancos, toalhas, e uma grande banheira que saía bolhas.

E Natasha estava lá dentro, seus cabelos molhados, escurecidos caíndo pelas costas. Ela se virou, olhando para mim, e...

Natasha estava nua.

Abri a boca com a visão de seus seios nus na minha cara. Eram lindos. O ar ficou espesso, respirar era impossível. Pelo que pareceram horas, eu admirei aquelas obras de artes que pareciam ter sido esculpida pelos deuses.

Ou então pelo diabo.

Pareceram dias, mas foram segundos antes do constrangimento me tomar e me virei de costas, ardendo em vergonha.

- Ai, meu... Senhorita Romanoff, eu sinto muito, eu não... Eu não sabia que...

- Senhor Rogers, qual é o problema? Ah. É porque estou nua?

- Bem, eu...

- Está tudo bem. Pode se virar.

Eu olhei para ela pelo canto do olho, Natasha tinha se aproximado da borda da banheira, me impedindo de ver seus... Bem, seus lindos peitos.

Soltei o ar, eu ainda conseguia ver sua pele, que era branca como mármore. Queria beijar suas clavículas, ma aproximar dela até sentir sua respiração na minha. Mas sua voz me tirou de transe.

- Não era meu desejo te constranger. É que eu não me importo com isso de nudez, mas sei que vocês se importam muito. Me esqueci disso.

- Vocês, você diz, britânicos? Sinceramente, acho que absolutamente todo mundo se importa, menos as pessoas da Transilvânia, aparentemente... E indígenas. Claro. Não quis ser excludente culturalmente.

Natasha sorriu.

- O que você precisa, Rogers?

Segurei o ar novamente. Meu sobrenome saía de forma tão suave de seus lábios.

- Ah. Eu... Posso voltar outra hora.

- Venha aqui. Anda.

Eu me aproximei, droga, devia estar todo vermelho. Eu estava suando, não sabia se era por causa do vapor. Limpei a garganta.

- Estou há horas no mesmo documento, não consigo entender a letra de seu pai. Queria ver se consegue. Mas realmente, senhorita Romanoff, acho que é melhor eu voltar outra hora...

Love Sucks - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora