Love Sucks - Romanogers

Capítulo 29: Icarus piano

Fechei a porta de Elowen. Tive que respirar fundo três vezes para conter as lágrimas.

  — O que foi?

Me virei e vi Natasha.

  — Não me pergunta isso! Estou tentando não chorar.

Andei para longe dela.

  — Ah, Steve, deixa disso. — Natasha abraçou minhas costas, me olhando com carinho. — O que foi?

  — Chamei Elowen para morar com a gente.

  — Anw. Entendi o que foi. Está tudo bem.

Abracei Natasha.

  — Quer ver algo engraçado?

Natasha me puxou para a janela em que ela estava antes, e lá embaixo, vi Bucky e Yelena discutindo aos berros. Não conseguia ouvir o que diziam claramente, mas Natasha ouvia e dava altas gargalhadas.

  — Eles vão se beijar. Eu tenho certeza.

Franzi as sobrancelhas.

  — Você acha?

  — Aposto vinte dólares.

Eu e ela cruzamos os braços e ficamos lá, vendo ambos esgoelando um com o outro.

Até que Bucky segurou o rosto de Yelena com as duas mãos e a beijou.

Eu encarei a cena de boca aberta, enquanto Natasha ria horrores. Abri minha carteira e dei vinte dólares a ela.

  — Isso é muito engraçado.

Olhei para Natasha, sorrindo.

  — Estava pensando em nós dois. No começo. Vários meses atrás.

Ela me olhou e sorriu.

  — O que estava pensando?

  — O quão engraçado devia ser.

Natasha aproximou a boca da minha, me olhando nos olhos. Como eu amo essa mulher.

  — Você era meio bobo perto de mim. Sempre gaguejando.

  — Você é a mulher mais gostosa que já vi. Fiquei nervoso.

Ela riu e me beijou.

  — Você está bem, Steve? Parece muito cansado.

  — Não me sinto tão bem — admiti. — Já tem uns meses. Mas agora com a falta de sono... Acho que estou ficando meio louco.

Natasha suspirou, via a preocupação em seus olhos.

  — Ainda são pesadelos?

  — É. Acho que sinto falta de sair, também.

Natasha me olhou, pensando.

  — Quer saber? Venha.

Ela puxou minha mão, não me dando escolha a não ser andar, mas também me deu uma visão linda de sua bunda naquela calça jeans.

  — Vamos transar no banheiro?

  — O que? Não.

Descemos a escada, até o jardim, e andamos até o quintal, Yelena e Bucky tinham sumido. Tinha um palpite de que talvez eles estivessem no banheiro.

Meus pensamentos foram interrompidos por Natasha, abrindo o portão de trás.

  — O que está fazendo?

  — Vamos sair.

  — O que?

  — Ai, você pergunta demais.