"Despejos" é um mergulho profundo nas emoções humanas, um livro que celebra a beleza da linguagem poética. Nesta coletânea, as palavras dançam como folhas ao vento, revelando segredos, paixões e reflexões sobre aspectos da vida.
Cada texto é uma ja...
Mesmo depois de todas as interferências consideradas fantasiosas que o mundo teve sob minhas próprias alegrias, o desvanecimento ainda possui um significado único perante meus olhos infantis.
Mesmo depois de sonhar e arquitetar planos mirabolantes pensando em nossa conjunção histórica, percebo que o mundo não estaria pronto para essa revolta de sentimentos. A última coisa que poderíamos esperar era a guerra que se seguiria após esse desafeto momentâneo.
Mesmo depois de ver as nuvens carregadas no horizonte refletirem a tempestade interna que eu sentia, vi que o que antes era um mar de possibilidades agora parecia um campo de batalhas perdidas. Cada lembrança, cada sorriso se tornava um eco distante de um tempo onde a esperança ainda habitava meu ser, considerado desleixado por sentimentos habituais.
Mesmo depois das madrugadas varadas, onde eu esperava por um nada que viria com total força sob meus próprios escombros, do que um dia fora algo majestoso, no fundo, restava uma faísca, um resquício de ingenuidade que insistia em acreditar no poder de renascer das cinzas. Porque, apesar de tudo, meus olhos infantis ainda enxergavam o mundo com a pureza de quem acredita em finais felizes.
E, mesmo depois de todas as desilusões, ainda guardo comigo a esperança de que um dia, entre os destroços de sonhos desfeitos, possa surgir um novo alvorecer, onde a revolta de sentimentos se transformará em uma nova era de possibilidades e de um ser que renasce a cada estocada de vida resplandecente que inunda até os seres mais fúnebres.
Até o momento que o depois se tornará novamente um hoje.
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