12/06/2024

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Josh Beauchamp

Eu sempre achei New York  uma cidade comum, como qualquer outra, ainda achava Los Angeles bem mais interessante porque podemos trombar com artistas famosos em várias esquinas, até esse momento.
Na semana passada Any resolveu que iria passar o fim de semana em NYC para resolver algumas coisas em seu novo apartamento, me ofereci para ir com ela, achei que ela não ia gostar ou ficar meio relutante afinal é seu lugar, seu momento, mas quando ela respondeu “Estava torcendo para você sugerir isso” me senti o cara mais feliz do mundo, nós iriamos no sábado e voltaríamos no domingo de avião, mas seu pai, para a minha surpresa, deu a ideia de irmos de carro, segundo ele, as passagens estavam muito caras por ser temporada de férias e o dinheiro que gastariamos podiamos usar para por gasolina, “E assim você já consegue levar algumas coisas a mais, as taxas que você vai gastar com bagagem serão absurdas, de carro só tem vantagens” Any e eu ficamos impressionados de doutor César ter sugerido isso.
São quarenta e duas horas direto de carro de Laguna até NYC, então na quarta passada nós colocamos suas coisas no carro de sua mãe, roupas de frio, itens de decoração que ela queria levar, livros e mais um bocado de coisas que ela não irá precisar nos próximos meses, e eu dormi na sua casa, pela primeira vez e bem provavelmente a última, pois seguiríamos na quinta antes mesmo do sol nascer, meus sogros me fizeram prometer que procuraremos pousadas no caminho e antes das dez iríamos parar para descansar, na quinta rodamos por quase vinte horas, pois tivemos que seguir até depois do horário combinado porque a pousada que minha namorada encontrou no Google era bem duvidosa e nós dois ficamos com medo de repousar ali, andamos por mais duas horas até encontrar uma minimamente decente em Nebraska, essa tinha até estacionamento fechado o que deixou minha namorada ainda mais relaxada, pois seu maior medo era acordarmos no dia seguinte e suas coisas terem sumido. 
Nós não seguimos o cronograma de maneira certo, pois os dois estavam cansados e quando o telefone despertou às 03:40 da manhã pelo segundo dia seguinte, nós apenas desligamos e voltamos a dormir, resultando em uma atraso de quase três horas quando o celular de Any tocou com sua mãe preocupada por não termos dado notícias depois de acordar. Fizemos check-out às seis e trinta e seguimos caminho, ao contrário do dia anterior, nós paramos depois de quinze horas e meia de viagem em Cleveland, Ohio e encontramos um hotel maravilhoso e com estadia razoavelmente barata para passar a noite, nós jantamos no restaurante do hotel, voltamos para nosso quarto, tomamos banho juntos e fomos dormir antes da meia noite, ao contrário da noite anterior, dessa vez colocamos o telefone para despertar as seis e meia, teríamos apenas mais oito horas de viagem, ainda chegaríamos a tempo de jantar em algum lugar legal depois de descarregar o carro. 
Quando o telefone despertou e Any desligou e deu indícios de que iria levantar, puxei a garota para o meu colo e o que era para ser alguns beijos de bom dia virou uma rapidinha matinal que nos fez atrasar mais uma vez o cronograma, mas antes das oito demos saído no hotel e seguimos nosso caminho, próxima parada, nova casa do amor da minha vida. 
As ruas estavam tranquilas, depois de duas horas de viagem, o GPS já tinha abaixado a estimativa de chegada em quarenta minutos. Chegamos ao nosso destino antes das quatro da tarde. A proprietária e seus avós estavam  nos esperando quando chegamos, Daada tinha até comprado almoço para nós e colocado a mesa. 
Any conversou por alguns minutos com a dona enquanto eu e seu avô tiramos todas as coisas do carro e levamos para dentro do local, o apartamento apesar de não muito grande, era perfeito, mobiliado não apenas com móveis básicos/essenciais como de costume, como também com televisão na sala e no quarto, louça, ar condicionado portátil, além do local inteiro ter a marcenaria planejada. 
Depois do almoço nós começamos a arrumar algumas coisas nos lugares mais óbvios, como livros nas estantes e roupas nos armários. Era por volta das sete quando seus avós disseram ter uma surpresa para nós, os dois compraram um par de ingressos para um show off broadway que ocorreria a algumas quadras do apartamento às oito e trinta, então eles nos mandaram nos aprontar e ir assistir ao musical. Minha namorada entrou em êxtase e eu só sabia sorrir conforme a sua alegria.
Quando acabou e voltamos para a casa seus avós já tinham ido embora, todas as malas e caixas estavam desfeitas e organizadas e havia um bilhete na geladeira com “comprem pizza, todos comem pizza na primeira noite em NYC.”
Assim fizemos, no domingo acordamos tarde e usamos o restante do dia para turistar pela cidade, nós conhecemos cafés, lojas de músicas, livrarias e tudo que Any mais ama. Na segunda o dia render mais que os outros, de manhã Any mexeu em algumas arrumações, organizando os livros por uma ordem que ela inventou da própria cabeça e a louça da cozinha foi toda mexida para ficar mais parecido com sua casa atual e ela “não se perder, palavras dela, mais tarde fomos almoçar com seus avós e passamos a tarde inteira com eles, a noite pedimos pizza, assistimos um filme que eu nem me dei ao trabalho de prestar atenção, porque minha namorada estava nua ao meu lado. Ontem nós fomos até o campus, passamos o dia inteiro, ela quis aproveitar que mudamos os planos e só iremos embora no final da semana, para ajustar seu calendário acadêmico antes da universidade fechar para o recesso. Depois de tudo organizado fizemos um tour com um grupo de calouros que estavam ali e Any simplesmente se encantou com cada detalhe de todos os prédios.

Hideaway - Beauany StoryOnde histórias criam vida. Descubra agora