17. Mais que real (+18);

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Com apertos e afeições que pareciam machucar propositalmente, seus corpos colidiram no mesmo sofá costumeiro, mordidas marcando a pele da loira, que grunhia em completa agonia de não poder se mexer ou tocar a outra, já que estava sob controle. Claramente, Anita traçou isso a si mesma quando decidiu pegar a arma.

A delegada sentia a cintura da outra se mover contra o cos de sua calça, o calor úmido pressionando dentre o tecido de ambas. É a reação mais típica do corpo de Anita quando se fala em estar próxima de Verônica, ainda mais quando a morena está com roupas reveladoras.

Verônica abriu a camisa da outra as pressas, beijando o pescoço e ombros da loira ferozmente, traçando seu caminho para os seios. Abocanhando e marcando propositalmente, desferiu mordidas fortes pelo seu torso, enquanto se pressionava e sussurrava besteiras que faziam os olhos da delegada revirar.

-Para de provocar... -Disse a loira, seu peito subindo e descendo rapidamente, junto da respiração pesada.

-Você não tá podendo falar nada, não. Tá amarrada e tentou me matar tantas vezes que perdi a conta.

Anita bufou, mudando sua atenção para a morena abrindo sua cinta rapidamente, jogando pela casa para depois pegar. -E mesmo depois de tudo, você ainda tá com a cara no meio das minhas pernas, não acha patético?

-Você tava quase implorando de joelhos por isso, Anita.

Verônica desabotoou as calças e abaixou as mesmas, com pouca paciência de retirar por completo, só o suficiente para se deparar com a calcinha da delegada. Iria fazer um comentário maldoso sobre o estado da genital de Anita, mas seria hipocrisia. Beijou levemente sob o tecido, fazendo a loira gemer e se contorcer, claramente insatisfeita com a falta de contato direto.

Era a forma da escrivã de se vingar, talvez, mas continuava parecendo desigual se vingar de quem tentou te matar com sexo. Não que ambas ligassem nesse exato momento. Com sua própria boca, a morena mordeu o cós da calcinha de Anita, abaixando e utilizando as mãos para abrir as pernas dela o máximo possível.

Com seus dois dedos Verônica abriu caminho para passagem de sua língua, que fez questão de desferir lentamente sob o sexo da delegada. Anita estremeceu sentindo a saliva se misturar com seus fluídos, a sensação lhe tirando de si, enquanto se debatia para poder tocar na outra, queria bagunçar aquele cabelo, empurrar sua cara, queria sentir a morena mais ainda.

Com uma velocidade pecaminosa e um olhar diabólico, a escrivã fez questão de guiar a loira ao seu ápice lentamente, provocando e mordendo onde podia. A delegada, de certo jeito, não teve como resistir e seu corpo acabou lhe entregando ao orgulho que agora era inflado no peito de Verônica, que se sentou e admirou a bagunça que agora era Anita.

-Se eu soubesse que era tão fácil te deixar desse jeito, eu te mamava toda vez que você começasse a me encher o saco, sabia?

-Vai se foder, Verônica.

-De novo isso?

*

Anita não entende a escrivã. Nunca entendeu, entende muito menos agora que a morena lhe disse que manteria a mesma presa até de manhã em sua casa, como forma de segurança. Um castigo que incluiu banho, pijama da morena e dormirem na mesma cama, depois de muita discussão. As armas e chaves foram escondidas e, infelizmente, Anita não conhecia a casa tão bem. Apenas a cama e o sofá.

Deitada, encarando o teto, Anita sorriu. Conseguiu! Se Verônica morresse, ela poderia estar satisfeita, já que conseguiu uma noite deliciosa, falou umas verdades e ainda está dormindo na mesma cama que a mulher. Não significa que compensou ou que ela se orgulhava, porém, é algo.

OBSCURO - Veronita. (Em pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora