Asher Connor

376 23 3
                                    

Passado
10 / 11 anos de idade

Filho adotado pela família Connor.

Cresceu na rua até seus onze anos, sua mãe era usuária de drogas e pagava as mesmas com sexo. Asher é fruto de um de seus clientes, que não gostavam de criança em casa, por isso ele dormia mais na rua do que debaixo do próprio teto. Passou muito tempo com fome e sujo, como se realmente não tivesse uma casa.

Sua mãe, quando não estava transando para conseguir drogas, estava se drogando. Ainda novo, ele não entendia porque sua casa fedia tanto a vômito, ao ponto dele se acostumar com o cheiro, ou porque quase sempre sua mãe o expulsava para receber seus "amigos estranhos" ou porque nas raras vezes que ele tinha a permissão de ficar em casa, sua mãe parecia um zumbi, pálida, com lábios rachados e feridos na maioria das vezes, sujo com restos de vômito, cabelos bagunçados e olhos sem vida, com olheiras profundas.

Um dia, ele desobedeceu sua mãe, estava uma noite fria e ele pensou que poderia entrar de uma maneira despercebida apenas para pegar um cobertor, afinal, já estava bem tarde, então ela provavelmente estaria dormindo. Assim que ele entrou de maneira cautelosa, nas pontas dos pés, sua esperança de encontrar sua mãe dormindo foi por água abaixo no momento em que seus olhos encontraram com uma costa larga que investia sem parar em sua mãe a qual soltava sons estranhos, ele não sabia o que estava acontecendo, "por que ele está machucando a minha mãe?" Ele pensava. Então o pequeno Asher foi tomado por uma fúria, uma raiva contra o homem que aos seus olhos estava ferindo sua mãe.

— SOLTA MINHA MÃE, SOLTA MINHA MÃE!– Gritava o menino enquanto puxava a camisa do homem que mal se mexeu e apenas olhou para o garoto  magro porém alto pra sua idade.

Em seus segundos de avaliação sobre o menino, o asqueroso homem estampou em seu rosto um sorriso malicioso enquanto avaliava a criança.

–Não sabia que uma puta imunda tinha a capacidade de gerar algo tão lindo.– Disse o homem se afastando da mulher largada no sofá e indo até o menino que tinha suas feições de raiva e respirava profundamente.
–Qual seu nome doçura?– Ele perguntou em tom de curiosidade porém oque recebeu foi um silêncio onde a única coisa que se dava para ouvir era a respiração ofegante do garoto, que desviou seus olhos do homem para sua mãe na intenção de verificar se ela estava bem, então viu ela ajeitando as roupas e se levantando e indo até o homem, tocando de maneira carinhosa nas costas do homem.

—Você não quer alguém inexperiente.– Ela disse perto do ouvido do homem enquanto passava a mão pelas suas costas, ombros e braços, mas viu que não tinha conseguido sua atenção de volta. –Vamos, ele é um chorão e fraco, não irá aguentar um homem como você.– Dizia sua mãe tentando ter a atenção do homem novamente que parecia fascinado pela beleza jovial do menino, isso a enfureceu, ela olhou para Asher com um tom de raiva. –Vá embora, garoto!– O expulsou com raiva e repulsa, Asher no entanto só desviou os olhos da mãe para o homem novamente.

–Eu iria adorar ver esse rostinho se contorcendo de dor.– Ele passou a mão de maneira delicada pelo rosto de Asher que apenas esquivou com feição enjoada e raivosa.

É isso não foi bom, o homem grande e asqueroso foi tomado por uma fúria por conta da rejeição do mais novo, o fez agarrar seus cabelos curtos loiros e o fazer olhar na direção dele. –Acha que pode me rejeitar moleque? Você não passa de um filho de uma puta drogada, seu destino é se tornar uma putinha como a sua mãe!– Após terminar de falar o homem cuspiu na direção do pequeno Asher e então deu um soco em seu rosto que o derrubou.

Asher não chorou, não gritou de dor, apenas caiu no chão, poderia ter quase certeza que sentiu gosto de sangue na sua boca mas queria provar para mãe que ele poderia ser forte.

Nas Asas do Destino- I Dark EmpireOnde histórias criam vida. Descubra agora