Clima

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As horas iam passando e nada de ninguém os encontrar. Harry e Daphne começaram a sentir o frio da noite.

- Está muito frio.- Comentou Daphne bem afastada de Harry.

- Chega-te mais para a minha beira. Vamos ficar mais quentes. -Daphne, novamente sentiu as bochechas ficarem vermelhas e Harry reparou- Não fiques vermelha.- falou soltando uma risada.

Agora Daphne estava nervosa. Nunca tinha pensado muito nos seus sentimentos por Harry apenas assumia que era ódio como o irmão mas ela sentia-se muito bem ao lado dele.

Ali no meio da floresta e da noite, ela deixou-se levar e quando deu conta já tinha a sua cabeça apoiada no ombro de Harry. O silencio permaneceu até Harry o quebrar.

-Tu estás a tentar expulsar-me da escola? Por este andar é o que vai acontecer.- Daphne não respondeu, soltou apenas umas risadinha.- A sério mesmo? Depois com quem vais ter os teus conflitos na escola?

- Ainda tenho o resto do trio de ouro para me divertir, e além do mais duvido que te expulsem.

- Não sou mais do que os outros lá dentro.

- Ah mas és.- Daphne respondeu deixando escapar um pouco de desdém

- Achas que tenho tudo que quero?- Harry perguntou esperando uma resposta sincera.

- Por favor… és o escolhido, o menino de ouro, o menino que sobreviveu. Aposto que é só estalares os dedos e a professora McGonagall dá-te uma fatia torta de melaço.

Harry caiu na gargalhada sendo seguido por Daphne

- Nem tudo que eu quero eu tenho.
Daphne levantou a cabeça e o seu olhar encontrou com os olhos verdes de Harry. Cada um navegava em pensamentos diferentes.

Daphne tentava comparar a cor verde daqueles olhos penetrantes. Não era um verde comum tal como o menino que os tinham. Não era um verde que fizesse lembrar a grama ou até as folhas. Não era um verde que fazia lembrar as esmeraldas. Era um verde que raramente era encontrado nas ondas do mar, um verde fugido para o azul dos mares paradisíacos. Mar calmo, caloroso e bonitos que escodem as tempestades já passadas.

Já Harry tinha em atenção aquela cor escura. Aquela cor preta que lembrava a noite. Apesar dos olhos escuros esconderem a confusão era visível um pequeno brilho, como se acaba-se de aparecer a primeira estrela naquele céu escuro.

A conexão desligou-se quando Harry tossiu quebrando o contacto visual.

- Bem… já é tarde. Será que alguém vai dar connosco?

Daphne piscou algumas vezes antes de ajustar a voz para responder.

- O Draco sabe que eu estou aqui.- Harry bofou

- Porque é que todas as nossas conversas acabam nele?- Daphne riu antes de continuar

- Odeias assim tanto o meu irmão?

- Depende.

O silencio manteve-se durante uns segundos enquanto Daphne pensava antes de responder.

- Como assim?

- Se precisar dele para ter o que eu quero, então eu ponho o meu ódio de lado.

Harry novamente encontra os olhos de Daphne curiosos, quase entrando novamente na grande conexão quando os dois ouvem alguém a tossir atrás deles. Os dois levantam- se assustados e encontram Draco e Snape.
Draco trazia uma lanterna numa mão e na outra um pequeno saco com comida. Snape trazia também uma lanterna numa das mãos e 2 agasalhos na outra.

- Vocês sabem os sarilhos em que se meteram?- resmungou Snape esticando os agasalhos para cada um deles vestir.
Daphne correu para os braços do irmão, que a abraçou com toda a força que tinha.

-Daph estás bem?- ela respondeu com um abandar de cabeça apenas.- Ainda bem.

Harry e Draco trocaram olhares antes de continuarem.

- Obrigada.- Draco disse não especificando nem obtendo uma resposta verbal, apenas um aceno de cabeça de Harry Potter.

- Vamos. O diretor está á vossa espera para falar com vocês. – Falou Snape guiando as crianças para fora da floresta em direção á escola.

D.MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora