D.Malfoy

Aceitação

Num ultimo impulso, Daphne colocou-se entre Harry e Draco, sendo atingida em cheio. Daphne apagou e caiu ao chão, onde já se conseguia ver algum sangue derramado.

- O que se passa aqui?- perguntou uma voz rude. Era Snape que tinha dado conta do duelo e aparecido.- Daphne? O que aconteceu?

Draco aflito tentava explicar ao padrinho que tinha usado o feitiço que ele mesmo lhe ensinou, e que era suposto acertar Harry mas acabou sendo dirigido a Daphne.  Na mesma hora, o adulto usou um contra feitiço. Todo o sangue que antes banhava o chão do pátio tinha desparecido e Daphne tinha recuperado um pouco de cor.

-Afastem- se, vou leva-la para a enfermaria. Draco acompanha-me. Harry diretor. Resto para as aulas.

Num silencio, sem nenhuns protestos, todos foram para os seus respetivos lugares.

Duas horas depois, Daphne já estava acordada na sua cama da enfermaria, tudo parecia bem. Draco já tinha voltado á sala do diretor depois de confirmar que a sua irmã estava bem.

As aulas estariam a acabar e Daphne esperava visitas para passar o resto do dia, uma vez que só poderia sair de lá no dia seguinte para ir para as aulas.
Não demorou muito para logo entrar Luna com uma bolinha de pelo.

-Snowball também queria ver se estavas bem. Claro que tive que o trazer comigo.

Daphne riu enquanto Luna colocava o coelhinho em cima da sua cama, onde se foi aconchegar mesmo perto do coração de Daphne.

- Eu ouvi o Harry a dizer á Hermione que não se perdoava pelo que te tinha acontecido.- Luna falou com ar despreocupado.

- Ele não teve nada a haver.

- Então porque é que te meteste?

Daphne ficou em silencio, não tinha o que responder á amiga. Mas também não era preciso. Sempre tinha sido uma habilidade especial de Luna ler os olhos das outras pessoas.

- Só para que saibas que ele não tem coragem de te visitar. -os olhos de Daphne encheram-se de duvidas e apesar de não perguntar nada Luna continuou. -  Ele culpasse pelo que aconteceu, porque se tu não tivesses te metido ele podia já não estar cá. Ele não se apercebeu que te meteste porque gostas dele.

- Certo…

- Ótimo, já não temos negações.

As duas soltaram uma gargalhada e continuaram na conversa por mais duas horas até que Draco entrou com vários livros e uma florzinha. Luna seguiu o seu caminho até á saída com o seu coelhinho. Draco sentou-se, colocando os livros na mesinha ao lado da cama.

- Trouxe-te os trabalhos de hoje se quiseres fazer.

- Obrigada.

A tensão estava no ar. Eram irmãos mas os dois sentiam que tinham feito asneiras com o outro.

-Daph… desculpa mesmo.

- Draco… eu…

A coragem desaparecera dos dois e o silêncio tentou instalar-se novamente.

-Gostas mesmo dele? Com tanta opção?

- Não é sobre opção… É sobre conexão. Ele é aquele sorriso que eu dou sem perceber. Não o consigo tirar da minha cabeça.

A resposta foi silencio.

- Mano, eu sei que é difícil e que estou a fazer uma escolha fora do esperado. Não quero que te tornes amigo dele ou algo do género. Nem te estou a dizer que vou casar com ele. Estou aqui a dizer-te o que sinto e que pretendo seguir este sentimento. Não vou esconde-lo nem nega-lo. Vou seguir o meu coração.

Draco finalmente a abraçou com toda a sua força.

- Tens todo o meu apoio.  Tenho tanto orgulho de te chamar de irmã, és a melhor coisa na minha vida.