Quando acordei, Feitan cutucava minhas bochechas. "Acorda", ele disse no seu tom entediado de sempre. Sério, por que desmaiei? É muito raro eu não conseguir controlar minha própria aura, talvez eu já estivesse cansada. Fui informada de que eu e Fei estávamos indo procurar o desgraçado da Corrente. No entanto, eu não podia ir vestida desse jeito, ainda mais de dia.
Falei com as garotas sobre minhas roupas, já que com certeza elas simpatizariam mais comigo. Alguns minutos depois, me entregaram uma pilha de roupas para eu trocar. Entrei no quarto com Machi e Pakunoda, e experimentei a regata preta e a calça vermelha escura. Era bem confortável mas me perguntei de quem seriam aquelas roupas, não tive muito tempo para pensar nisso pois Feitan não parava de me apressar do lado de fora. "Pakunoda, né?" perguntei, quebrando o silêncio.
Ela me olhou como se eu fosse um ratinho em uma casa cheia de gatos, como se estivesse me estudando, mesmo já sabendo tudo. "Posso... posso perguntar o que você viu na minha mente?" perguntei relutantemente mas ela me respondeu com um rosto gentil. Encostou-se na parede, braços cruzados sobre o peito. "Bem, acho que não vai fazer mal te contar." Ela fez uma pausa e eu e Machi ficamos esperando uma resposta.
Ela mencionou a fome na pequena cidade onde eu morava e meu desejo de cuidar do meu irmão. No entanto, ela não se aprofundou muito nisso, mas eu não queria que eles sentissem pena de mim ou algo assim. Essa mulher, que era fria, agora tinha olhos suaves enquanto me olhava. Eu não sou pior do que eles, não sou frágil nem nada.
Fiquei envergonhada com aquele momento e, quando estava prestes a dizer algo, fomos interrompidas por batidas na porta. "Apresse-se", ouvi a voz de Feitan dizendo.
Pakunoda deu um leve sorriso de lado, mas era um sorriso triste. Tentei adivinhar o que ela estava sentindo, mas agora não era simpatia por mim. Na verdade, não tinha nada a ver comigo. Ela provavelmente tinha um pressentimento ruim sobre algo que aconteceria.
Ao sair do quarto depois de me vestir, Feitan estava esperando na frente da porta e seus olhos examinaram minha nova roupa por menos de três segundos. Ainda assim, seu rosto estava pleno, mas me olhava com as sobrancelhas franzidas, como sempre. Ele se encostou no canto da porta, com os braços cruzados sobre o peito. "Finalmente", murmurou.
Feitan e eu fizemos nosso caminho pela feira movimentada, nos misturando com os outros visitantes. O ladrão que costumava usar máscara agora caminhava ao meu lado com o rosto exposto, a máscara no pescoço fazia parecer que ele estava usando uma gola alta. Nosso objetivo era fingir sermos duas pessoas comuns aproveitando as festividades.
Enquanto passeávamos juntos, Feitan mantinha uma expressão guardada no rosto, os olhos constantemente vasculhando os arredores em busca de qualquer coisa suspeita. "Como está seu ombro?" perguntei, referindo-me a o que eu fiz quando o esfaqueei naquela noite.
Feitan me olhou rapidamente e deu de ombros de maneira indiferente, como se não o incomodasse. "Machi costurou"
Nós nos sentamos em uma aconchegante mesa ao ar livre no café local. A área estava cheia de gente, e o ar estava cheio do aroma de café fresco, doces e as fragrâncias misturadas dos perfumes das pessoas que passavam.
Feitan se recostou na cadeira, seus braços estavam cruzados sobre o peito, bem relaxado eu diria. Mas estávamos vigilantes, seus olhos escaneavam os arredores, constantemente alertas apesar da atmosfera aparentemente casual, ainda tínhamos um objetivo. "Bom dia, pombinhos, o que posso oferecer a vocês hoje?" perguntou o garçom ao chegar à nossa mesa.
A expressão de Feitan se transformou em uma leve careta com as palavras do garçom. Ele claramente não estava surpreso de ser confundido como um casal comigo, e isso me incomodou. Eu odiava como ele era indiferente a tudo. "Ainda estamos escolhendo", respondeu.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Your Umbrella | Feitan x F!OC
FanfictionIvy tenta roubar o leilão de Yorkshin mas seus planos, que geralmente dão certo, acabam falhando dessa vez. Será que falharam mesmo?