Ives

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Entramos na grande casa de leilões e nos sentamos entre os outros participantes. A antecipação no ar era palpável enquanto nos preparávamos para saber mais sobre o Greed Island, o jogo que nos trouxe até aqui.

Quando nos acomodamos, a curiosidade despertou e eu sussurrei para Feitan:
— Quando você acha que eles vão anunciar o jogo? —

—Logo — Ele deu de ombros, seu olhar ainda fixo no palco.

Eu estava pensando em como iríamos roubar um jogo. Desde que me juntei à Trupe, nunca tive um momento sequer de paz. Os primeiros dias foram realmente difíceis, e a morte da Pakunoda me pegou bastante. Eu estou tentando não pensar muito nisso, mas percebi como escolhi o pior momento para me juntar a eles.

Meus pensamentos foram subitamente interrompidos pela aparição inesperada dos dois garotos que nós havíamos capturado dias antes. Eles se sentaram apressadamente ao nosso lado antes de seus olhos encontrarem os nossos. Sem hesitação, eles dispararam, correndo rapidamente em uma tentativa desesperada de escapar.

A perseguição foi bem rápida, pois logo alcançamos os garotos que fugiam. Feitan e eu nos posicionamos atrás deles, enquanto Phinks bloqueava o caminho pela frente, impedindo com que eles escapassem.

— Meio rude sair correndo assim, cara — Phinks disse, com os braços cruzados sobre o peito.

— Oi! — Eu entrei na conversa sendo mais amigável, oferecendo um sorriso. Desculpa, eu gosto desses garotos.

— Não se preocupem. Não temos intenção de matar vocês — Feitan assentiu com um tom firme

Os garotos ficaram confusos com nossas declarações, talvez esperando um destino diferente em ao encontrar a gente. Phinks interveio, explicando melhor a situação:

— Não temos mais razões pra perseguir o cara da corrente. Não seria seguro matar o cara que acorrentou o coração do Chrollo —

— Não era para ser ao contrario? — o menino moreno questionou, já o outro parecia nervoso.

— Em alguns casos, torna-se ainda mais forte. O chefe sofreu uma condição e não pode mais usar nen. É por isso que não podemos matar seu amigo
—  Phinks respondeu pacientemente

O garoto de cabelos brancos pareceu entender a explicação, uma expressão de compreensão cruzando seu rosto, ao contrário do outro que ainda estava processando.

— Ele não tá falando muito? —murmurei para Feitan.

— Demais... — ele sussurrou em resposta.

Phinks provavelmente ouviu nossos comentários e lançou um breve olhar para nós, um traço de preocupação em seu rosto, como se tivesse entendido o que queríamos dizer.

— Bem, em outras palavras, não temos nada contra vocês —  Eu falei tentando tranquilizar os garotos de que nossas intenções eram inofensivas.

— Nós somos apenas clientes no leilão. — Feitan adicionou.

— E a Pakunoda? O que aconteceu?" O menino perguntou. Eu tive que me forcar a relaxar, sua fala me pegou desprevenida.

Naquele momento, eu paralisei. Pensando friamente, seria muito mais fácil recuperar o nen do chefe se nós sequestrássemos essas crianças e transformássemos elas em reféns. Com certeza eu não faria algo desse tipo, mas Phinks e Feitan com certeza sim; por que eles não fazem isso, então?

A atmosfera ficou pesada com um silêncio ensurdecedor. Era diferente ver eles tão vulneráveis com uma pergunta, por mais que eles fizessem de tudo para esconder.

Your Umbrella | Feitan x F!OCOnde histórias criam vida. Descubra agora