Queda de braço

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Paku entrou na sala, Pakunoda era seu nome real, sua figura alta e magra certamente chamou a atenção. Seus cabelos loiros curtos estavam bem cortados e enquadravam seu rosto, realçando seus olhos afiados e inteligentes.

Ela se aproximou de mim sem dizer uma palavra e gentilmente colocou sua mão no meu ombro. Eu pude sentir uma estranha energia, quase imperceptível, fluindo do seu toque. Uma pessoa normal não conseguiria, mas sou muito sensível à aura.

Os olhos de Pakunoda se arregalaram ligeiramente quando sua mão tocou meu ombro. Sua surpresa era evidente, sua expressão normalmente composta momentaneamente quebrada. Ela retirou sua mão, os olhos faiscando com uma mistura de incredulidade e inquietação. Por um momento, ela não disse nada, claramente surpresa com o que quer que tenha sentido. "O que é isso?" Eu e Feitan perguntamos ao mesmo tempo, nos olhando com sobrancelhas franzidas.

"Eu preciso mostrar isso para o Chefe", respondeu Pakunoda, enchendo a sala de tensão. O franzir de sobrancelhas de Feitan se aprofundou, uma mistura de curiosidade e irritação em seu rosto.

"Ah? O Chefe está aqui?" perguntou Nobunaga.

"Quase."

Sua confirmação causou diversos cochichos de curiosidade entre o grupo, talvez eles não o tivessem visto por um tempo. Os olhos de Feitan se voltaram para a porta enquanto a sala zumbia com conversas sussurradas e o som de passos enquanto os membros se reuniam. Era claro que estavam discutindo algo importante, já que suas vozes eram baixas. Feitan recostou-se em sua cadeira quando um homem loiro alto veio cumprimentá-lo com um toque diferenciado, devia ser uma coisa particular deles.

"Então a pessoa usa uma corrente", disse seu chefe com um tom profundo, referindo-se à pessoa que havia sequestrado o 11º membro, Uvogin.

"Sim, danchou."

"Ele é um manipulador ou um conjurador. Uvogin pode vencer quase qualquer um, mas eles provavelmente o vencerão em um confronto direto."

Merda! Eu sabia que deveria ter ido com ele", reclamou Shalnark.

A voz profunda de seu chefe ecoava pela sala, cada palavra que saia de sua boca era extremamente carregada por mais simples que seriam elas. Os outros membros concordaram com suas observações, seus rostos solenes. O cara loiro, Shal, parecia ser próximo do membro anterior.

"Se ele não voltar ao amanhecer, vamos mudar os planos."

"Chefe, posso mostrar o que vi na mente da garota?"

"Por favor, Pakunoda." Ela e o chefe desapareceram em outra sala, o som de um único tiro ecoou de repente. Eu não conseguia imaginar o que eles estavam fazendo, e não queria também. Senti um calafrio de medo e apreensão me dominar. Paku estava lendo minha mente? O que ela viu? Mil perguntas inundaram minha cabeça.

"Vamos esperar até o amanhecer. Deixe-me apresentar a nós mesmos."

"Eu desamarro ela?" perguntou Feitan, com as sobrancelhas franzidas.

"Sim", respondeu ele, e os outros membros pareciam muito surpresos com o pedido do chefe. Merda, quando eu vou poder ir para casa? Feitan assentiu e se aproximou de mim, desamarrou as cordas que me prendiam, sua expressão insondável, mas ele aparentava estar querendo fazer o que fora pedido o mais rápido possível. Meus pulsos estavam dormentes, marcados, e ardentes por conta das cordas.

Não pude deixar de notar o contraste perturbador entre a situação que eu me encontrava minutos atrás e a que eu estava sendo submetida agora. Eles se apresentaram com expressões quase que alegres, como se eu fosse bem-vinda como um convidado, e não como uma prisioneira. "Que tipo de doentes são esses?", pensei, sentindo-me inquieta com esse comportamento.

Your Umbrella | Feitan x F!OCOnde histórias criam vida. Descubra agora