Que monstro te mordeu?' ( Hiatus )

Capitulo 1.

Encarando seu copo de café que já estava ficando frio, esperando que ali tivesse a resposta para todas as suas indagações.

11 anos após o ocorrido do apocalipse, em que era apenas uma adolescente em um grupo de sobreviventes, agora atualmente operante das forças especiais, para matar, capturar e prender monstros que se mostram um perigo para a nova sociedade.

— Lee Know? — Seu superior chamou-o, visto que ele estava absorto em seus devaneios, não prestava atenção em nada do que lhe era dito.

— Hã? Sim, estou ouvindo...

— Preciso que esteja preparado para esta missão. Você pode fazer isto, certo? — Encara-o sério, até demais.

Mas Lee já estava acostumado com seu chefe aborrecido.

— Claro, quando te fiz duvidar do meu trabalho? — o Lee retribuía a seriedade, deixando de encarar o copo de café, para fitar o seu chefe, com desdém.

Odiava seu chefe, odiava seu narcisismo, mas odiava ainda mais quando ele duvidava de suas capacidades.

— Já acabou? Eu preciso preparar uns equipamentos. — comentou despreocupado, bebendo o último gole de café que sobrou no copinho descartável.

— Já, pode ir. Mas antes... quero que ao te chamar para conversar, você preste mais atenção. Talvez, se tivesse responsabilidade, os seus pais ainda estariam vivos. — Disse o delegado, virando-se e saindo, não deixando oportunidade de que o Lee refutasse de alguma forma, apenas, sentiu o seu sangue ferver com aquela frase ressoando na mente.

Todos daquela rede de polícia sabiam o que havia acontecido consigo há uns anos atrás. Perdeu seus pais no apocalipse, que eram os chefes que lideravam o grupo de sobreviventes.

Todos daquele grupo tinham carinho pela pequena família, e assim que os pais do Lee se sacrificaram para poupar de um fim trágico do grupo.

Levantando da cadeira em que estava assentado, para sair da sala jogando seu copinho no lixo que ficava na porta.

— O que ele te disse? — Felix, seu irmão mais novo, apareceu em seu cangote, perguntou, afastando-se assim que viu o olhar mortífero do outro Lee.

Neste momento Felix já sabia que o papo não tinha sido bom.

— Ele nos passou uma missão. Capturar um monstro qualquer por aí, nós podemos fazer isso, sempre fazemos isso há anos. —  disse, não parando de andar, mas, com Felix atrás dele, como um pintinho.

— Não parece que ele tagarelou apenas isso. Você parece irritadiço, aconteceu mais alguma coisa. Sinto isso.— O Lee mais novo conhecia muito bem o irmão que tinha, ele sempre foi doce, exceto quando algo o estressa. E ele também conhecia o chefe que tinham.

Park Jinyoung, um coronel das operações especiais chato, ambicioso e ganancioso, não ligava pra nada nem ninguém, contando que seu dinheiro estivesse em sua conta após uma missão.

— Não, eu apenas acordei de mau humor hoje. E você? — Parando enfim de andar, se sentou nas cadeiras do lado de fora da delegacia. Decidiu por não dizer ao seu irmão a coisa emporcalhada que ouvira há minutos atrás, de seu superior.

Felix sabia que tinha algo errado, mas decidiu respeitar o silêncio de seu irmão.

— Estou bem, tirando o fato de que os seus gatos cagaram no tapete do meu banheiro. Sinceramente, Lino, controle eles! Não posso acordar toda manhã com um cheiro horrível pela casa. — Disse o Lee menor, com nojo estampado na face.

— Quando tiver tempo, vou tentar treiná-los e instruí-los a usar a caixinha de areia, por hora, tenha mais paciência e menos frescura. — Após dizer aquilo, se levantou da cadeira, dando fim ao seu breve descanso. Precisava repassar as informações para o grupo de policiais, a qual lideraria nesta missão.

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Girou a chave na fechadura, abrindo assim, a porta de casa; sentiu os seus músculos relaxarem depois que se sentou em seu confortável sofá, permanecendo ali por alguns minutos até descansar um pouco antes que retornasse aos afazeres.

Aguardava o  irmão caçula enquanto cozinhava algo para os dois jantarem.

Felix ficou na sede para resolver o que era da sua área, afinal, ele era um hacker nato. Quando o Lee mais velho estava em busca de um emprego, seu irmão o ajudou, então, Lee Know apenas juntou o útil ao agradável.

O loiro, inicialmente, hackeava pequenos sites desde criança, pois achava divertido, sempre se deu bem com isso. Logo, Lee Know indicou seu irmão para as Forças Especiais, já que havia escassez de hackers nessa organização; ele era excelente no que fazia, não foi surpresa a integração dele na equipe.

Abriu a geladeira, e suspirou em seguida após visualizar que não tinha muita coisa no eletrodoméstico. É uma cena comum, visto que os dois Lee 's quase não paravam em casa por conta dos seus trabalhos .

Fechou a geladeira dando um riso anasalado, procurando seu celular, passeando o olhar até encontrá-lo para mandar uma mensagem para o seu irmão, avisando que iria até o mercado e deixaria a porta aberta para o menor. Após isso, calçou seus coturnos novamente e saiu de casa. Desceu pelo elevador, deixando a portaria para trás e rumando em direção ao supermercado.

Lee costumava ser muito observador, precisava ser observador. Quando estava adentrando no estabelecimento, espreitou um pequeno homem na qual passava ao seu lado, ele possuía bonés e capuz, junto com um tapa olho feito de algodão.

Lee Know percebeu que ele tinha um cheiro inebriante, doce, muito bom. Mas, deixou para lá, entrou no mercado, começando a fazer suas compras assim que lembrou o porquê de estar no estabelecimento.

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Assim que pôs os pés em sua casa, deu de cara com o caçula esparramado no sofá enquanto assistia um desenho que ainda não tinha identificado o qual era.

— Lino! — Exclamou o Lee mais novo, com um sorriso de orelha a orelha, levantando de uma vez, correndo e se jogando nos braços do irmão.

Eles ainda eram uma família. Eles se amavam.

— Lix! Como está? Deve estar faminto. - Disse ao se  afastar do abraço apertado e ir para a cozinha a fim de deixar as sacolas repletas de comidas gostosas. Umas saudáveis, já as outras.... sabia que seu irmão gostava.

— Nem tanto. Eu encontrei com Jeongin no caminho para casa, ele me deu um pedaço do lanche dele, não podia recusar mesmo. — Felix sentou-se nas cadeiras dispostas no balcão da cozinha, para conversar melhor com o seu Lino.

Rindo das atitudes pouco maduras do seu irmão, pegou uma panela, enchendo-a com água e pondo no fogo.

— Já que não está com tanta fome, vou preparar macarrão instantâneo. Também estou com preguiça.

Como se soubessem o que fazer, os dois seguiram para sala somente enquanto a água fervia. Só assim Lee Know pôde ver o que Felix estava assistindo antes.

— Turma da Mônica? Pensava que você já tinha passado dessa fase! — Zombou do irmão, na brincadeira, claro. Sabia que o loiro gostava de ver estes tipos de desenho, desde sempre.

O caçula nada disse, apenas mostrou seu dedo do meio junto com a sua língua para fora, o que só fez o irmão rir mais alto.

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Aquela noite se desenrolou daquela forma. Assim, quando o macarrão instantâneo ficou pronto, eles comeram no sofá, assistindo Supernatural.  Felix dormiu ali mesmo, sem se importar na sua cama. Lee Know riu daquela cena, preparando para pegar o caçula no colo e  levá-lo para sua cama. Não queria que o menor acordasse pela manhã com dores nas costas.

Depois de acomodar o Lee menor na cama, foi para o próprio quarto, se sentou e deixou que suas preocupações viessem à tona finalmente.

Na próxima semana teria que se empenhar com a nova missão dada. O que poderia dar errado?