Capítulo 7.

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— Mãe? Pai? Quem são esses? — Chegando a sala, Han Jisung, deparou-se com policiais, junto a... pessoas de jaleco branco.

— Filho, saiba que isto tudo é para o seu próprio bem... — O pai, falou sério, porém cabisbaixo, olhando nos olhos do adolescente.

Jisung encarou a sua mãe, esperando que ela lhe desse alguma informação, mas, a mulher apenas desceu o olhar e permaneceu calada.

— Você é Han Jisung? — Um dos fardados perguntou, vendo-o assentir. — Preciso que venha comigo, agora — E então, aproximou-se.

É claro que Jisung recuou, encostando-se no corrimão da escada.

— Não encosta em mim! Mãe? — Gritou para mãe, que, só se encolheu mais e começou a chorar — Porra, me respond- Ei, ei, não chegue mais perto! — Apontando o dedo na cara do policial, disse assustado.

O policial não obedeceu-o , apenas foi em direção a Jisung novamente, segurando com força o braço esquerdo do menor.

— Desgraça! Não encosta no meu braço! Me solte já. Pai, fala pra ele me soltar! — Visto que a força da policial era mil vezes maior que a sua, começou a se debater, tentando se soltar a todo custo.

— Jisung, apenas vá, você irá voltar em breve — Seu pai se levantou, contudo não moveu um dedo ao ver aquela cena.

— Mas....voltar da onde? Você não me disse nada. Você nunca me diz nad- Ai caralho, solta o meu braço... Argh! — Resmungou e fez uma cara de dor, olhou para o seu próprio braço sangrando, todavia, ainda se debatia, o mais forte que podia, gritando, gritando muito.

Agulha.

— Epa! O que você vai fazer com isso? Para! Para! Não! — Assim, um sedativo foi injetado de imediato, deixando Jisung desacordado em minutos.

Abriu os olhos, contorcendo o rosto por conta da luz que estava diretamente em si, e então, sentou-se e olhou ao redor. Um quarto, estava em um quarto totalmente branco, com paredes da mesma cor, dando-lhe enjoo somente com aquela paleta sem vida. Ao lado da cama, havia uma escrivaninha, contendo um copo de água e um remédio para dores de cabeça.

— Oh, olá, Jisung! — Entrou pela porta um homem, no qual ergueu as duas mãos após ver que assustou o garoto. — Desculpe, não quis assustar você... Como se sente?

Jisung nada disse, estava confuso, assustado. Deu mais uma averiguada no cômodo, depois em suas roupas e corpo, prestou atenção em seu braço enfaixado, fitou aquilo por longos minutos sem retornar o contato visual com o homem à sua frente.

— Me desculpe pelo policial ter apertado com grande força o seu braço, ele é um brutamontes! — Tentou chamar a atenção de Jisung, puxou uma cadeira e sentou-se em frente a cama.

— Q-quem é você? — Gaguejou, olhando alarmado para o homem de jaleco.

— Oh, me desculpe, esqueci de me apresentar. Eu sou Yang Hyunsuk, prazer! — Estendeu a mão, esperando que Jisung a apertasse, o que não aconteceu... Fechou um pouco o sorriso, recolhendo a mão em seguida.

— Hum... O que eu 'to fazendo aqui? Cadê os meus pais?

— Bom... Essas perguntas poderemos responder depois. Só vim lhe dar as boas vindas. Logo mais, virão trazer sua comida, você deve estar morrendo de fome! — Deu um último sorriso e então saiu da sala, deixando que Jisung se afundasse nos próprios pensamentos.

Por que ele estava ali?

O que ele havia feito para ter que merecer isso?

O que iria acontecer consigo?

Por que com ele?

Por que?

Fixou as orbes escuras uma última vez para seu braço, após isso, deitou-se e adormeceu.

— Jisung? Ou, Jisung! Porra! — Hyunjin deu um peteleco na nuca do Han, observando ele voltar de seu transe.

— O que é, caralho? — O fitou irritado, para o amigo, um olhar mortal.

— Não está escutando eu falar com você? Como eu ia dizendo.. fui ao centro hoje e encontrei Felix! Ele estava tãoooo gatinho! Mas não é isso... Adivinhe a surpresa que ele me contou — Sentou-se na frente do amigo, com três mudanças de humor distintas com essa fala: irritado, bobo e sério.

— Ai, eu não sei, fala logo!

— Hoje é o dia em que eles virão atrás de você. Como vamos reagir a isso? Você sabe que eles são pancada dura, 'né?

— Ah... Eu já tenho um plano.

— Espero que esse seu plano dê certo. — Comentou, retirando-se da mesa, mas, parou quando ouviu um barulho de fora do abrigo, virou e encarou o amigo que já estava olhando-o.

— 'Cê tá brincando? Eles vão vir tão cedo? Ainda são 19h35, porra! – Levantou-se, andando até a janela do escritório, avistando um policial contra a parede.

Provavelmente, ainda continha mais trinta desses espalhados pelo lado de fora.

E só vendo isso, Jisung parou para refletir... Eles não podem adentrar no abrigo, metade deles são monstros, eles estão atrás apenas de si...

Saiu da janela e percebeu seu amigo o olhar desacreditado.

Ele já imaginava o que Han iria fazer, tirou a conclusão assim que escutou os helicópteros sobrevoarem o recinto. Em todos esses anos, os únicos que foram atrás de Jisung eram policiais civis, no máximo cinco!

Assim que perceberam Han na janela, abriram fogo, sem mais nem menos, começaram a atirar.

De imediato Jisung se agachou, vendo Hyunjin fazer o mesmo.

Fechou a janela, manteve contato visual para o ruivo com o olhar cabisbaixo.

— Ah, não... Você não vai fazer isso! — Se aproximou do amigo, pondo a mão no peitoral dele, finalmente percebendo o tal plano do monstrinho.

— Hyunjin, eles vão aproveitar essa oportunidade para capturar todos. Os humanos vão prendê-los, usar os monstros que estão por aqui como cobaias, eu não posso permitir!

Estava com medo, claro que estava com esse sentimento, porém, tinha de fazer isso, era tudo ou nada.

— Você volta, certo? Você precisa voltar! — Jisung era osso duro de roer, como sempre, não iria desistir de uma ideia. Jisung assentiu e saiu da sala, no entanto, continuou o seguindo.

E mais tiros foram disparados contra o prédio.

Eles queriam derrubar o edifício ou o quê? Faltava pouco até que eles atacassem com uma bomba. Num piscar de olhos, uma granada foi jogada dentro de um cômodo que continha a janela aberta.

Esse foi o estopim para todos do prédio entrarem em desespero.

— Hyunjin, preciso que tu fique aqui! Você está responsável enquanto eu estiver fora — Girou para estar na direção do maior, ditando rígido na cara do amigo, sendo a resposta somente um assentir do Hwang.

Jisung correu em direção ao portão principal, que, felizmente, estava aberto. Se escondeu atrás de uma parede e tentou zarpar para o lado de fora, até outra bomba ser desferida contra o prédio.

Respirou, respirou muito fundo, mais uma vez, levantou-se, com as mãos para o alto ele atravessou o portão, e, se ajoelhou diante dos policiais presentes.

Olaaaa! Não se esqueçam do votinho, viu?

Ate a próxima!

Que monstro te mordeu?' ( Hiatus )Onde histórias criam vida. Descubra agora