Capítulo 10.

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Manhã, Seul.

— É... Lino? Estou apreensivo...será que podemos visitar o Jisung? — O Lee mais novo abriu um bico em direção ao irmão.

Estavam em casa, assistindo ao filme escolhido por Lee Know, receberam uma folga e aproveitaram daquela forma.

— Nós fomos lá ontem, garoto... — Prosseguiu com a atenção na TV.

— Sim... mas eu não pude visitar ele! O Ji não estava no quarto, levaram ele sei lá 'pra onde! Eu só espero que ele esteja bem... — Minho percebeu o menor preocupado, de verdade.

— Você me deve a sua vida e o seu dinheiro para encher o tanque  — Suspirou alto e levantou-se do sofá, à procura de seus pertences: chave do carro, celular e outros.

— EBA!! — Gritou, pulando nas costas do seu irmão, tal qual uma criança mimada.

Com um sorriso de orelha a orelha, Felix adentrou no carro, colocando uma
música: Chk Chk Boom, de um dos grupos de K-pop favorito de Felix. E assim, partiram rumo ao outro lado da cidade.

— JEONGIN! — O Lee mais novo berrou, em um tom agudo, assim que entrou porta a dentro ao centro de pesquisas, e, então, abraçou o menor, sem receio algum.

Jeongin e Seungmin estavam revisando alguns papéis...? Felix não soube identificar o que era.

— Lix! Como você 'tá? — o ruivo se afastou, observando o Lee partir para abraçar Seungmin.

— Bem... Eu vim visitar o Jisung. Ele deve estar acordado, 'né? — O sorriso não abandonou sua face em nenhum momento.

— Acredito que sim. Vamos lá! — Seungmin disse, largando os documentos na bancada da recepção e seguiu para o quarto de Han.

— Eu vou ficar na porta, ok? Cuidado. — Lee Know comentou,  pouquíssimo interessado, então sentou-se nas cadeiras dispostas à frente do quarto, observando apenas Felix assentir e estar junto aos outros dois.

Avistou eles abrirem a porta, entraram e fecharam, no entanto, quando respirou fundo, em breves segundos, escutou o grito de seu irmão, chamando pelo nome do monstrinho.

— J-Jisung! Jisung, Meu Deus! — Felix falou apreensivo.

Sangue.

Muito sangue.

Um Han inconsciente, sangrando, na sala antes branca e agora manchada pela cor vermelha, era o momento desesperador que os dois médicos e o hacker enfrentavam.

Um choro sôfrego do loiro, com o monstro em seus braços , era deprimente para qualquer alma que pisasse naquele lugar. As lágrimas do Lee desciam até o rosto "adormecido" do amigo.

Era agonizante. Até mesmo os de jaleco tentavam profissionalismo nessa situação que se passava lentamente diante dos olhos deles. Jeongin saiu em busca dos equipamentos. Seungmin permaneceu na tentativa de estancar o sangue que ainda jorrava em abundância.

Os olhos grandes estranharam a movimentação inquieta justo no quarto do recém-preso, do monstro. Avistar Jeongin às pressas, numa feição preocupada, escutar um soluçar aparentemente do irmão e a curiosidade bater em sua portinha, foi o estopim para Minho adentrar no local imediatamente. As imagens que se sucederam não foram nada boas: Seungmin usando a camisa do Lee menor, como alternativa a fim de estancar aquele tanto de resíduo que saía, e, o dono da vestimenta com a testa colada na do Han.

— O que aconteceu?! – o oficial arregalou as orbes escuras, se aproximando dos três, virando-se para o moreno. — Kim, ele ficará bem, certo??

— Sinceramente....faremos o possível para ele sobreviver à essa hemorragia.

Que monstro te mordeu?' ( Hiatus )Onde histórias criam vida. Descubra agora