XIX - σ ԃҽƈʅίɳισ ԃҽ υɱα σɾɠαɳιȥαƈ̧α̃σ ƈɾιɱιɳσʂα

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Aviso: o fim do capítulo terá menção a drogas e crises, se você é sensível, passe. ️⚠️

-Ele não te contou?
-Contar o quê? Porque estavam perseguindo ele?
-Eu não queria contar o passado dele por ele... Vai ter que fingir que não sabe de nada viu?
-Prometo. Agora fale.
-Então, não sei se sabe, mas o Chuuya supostamente teria um gêmeo. Era o Arahabaki. Nakahara e Arahabaki eram irmãos gêmeos. Mas durante o parto, a mãe de Chuuya não aguentou e faleceu antes mesmo de dar à luz o gêmeo do Chuuya. Arahabaki acabou por morrer também. Toda a família estava extremamente triste, Verlaine, que é o irmão mais velho de Chuuya, tentava acalmar o pai de Nakahara, Kansuke, mas não conseguia. O pai do Chuuya ficou totalmente destroçado, e como grande narcisista que é, ele botou a culpa toda no Chuuya. Achou que ele matara Arahabaki ainda antes de nascer e que era a causa da morte da mãe. Ficou tão louco que disse que Chuuya tinha comido a alma de Arahabaki e agora ele estava preso dentro do ruivo. Segundo ele, Chuuya era possuído por um demónio e merecia ir para as catacumbas do inferno. Então Kansuke começou a beber, começou a se drogar, começou a desenvolver problemas de saúde mental. Eles eram extremamente ricos, então Kansuke gastava rios de dinheiro em bebida e drogas. À medida que o ruivo crescia, ele abusava dele de todas as formas possíveis. Ele lhe batia, apagava cigarro na pele dele, o trancava no porão da casa semanas sem comer, arrancava os cabelos dele, até chegou a estrupar ele. Chuuya esteve à beira da morte diversas vezes. De tanto ouvir o pai o acusar de prender Arahabaki dentro de si, Chuuya comeou a ter crises de ansiedade, crises de identidade, atawues de raiva. Parecia um monstro. Ele já nem sabia se ele era Nakahara ou Aeahabaki. Nos seus ataques, parecia wue Arahabaki o controlava e fazia ele destruir tudo à sua volta. Ah, isso tudo começou a acontecer depois de Verlainde sair de casa e ir viver com seu namorado Rimbaud. Quando o Paul soube o que estava acontecendo com o irmão, ele levou o ruivo para viver consigo e denunciou o genitor às autoridades. Ele foi preso, e ficaria na prisão por 25 anos. O ruivo passou a viver com Verlaine e Rimbaud, mas ele já estava muito doente, fisica e mentalmente. Nem conseguia falar ou andar de tantos traumas que tinha. Ele ficou enternado no hospital por seis meses, começou consultas com psicólogos, fisioterapeutas, especialistas em saúde mental, terapeutas, nutricionistas... Por fim ele começou a falar novamente, voltou a andar e a se alimentar bem. Voltou a estar saudável. Apesar de ainda existirem, seus ataques e crises deixaram de ser frequentes. E seu cérbero o fez esquecer daqueles anos traumáticos, como um mecanismo de autodefesa. Por um tempo ele teve aulas em casa, até ao terceiro ano do primeiro ciclo se não me engano. Depois disso ele começou a frequentar colégios privados e a ter aulas de dança, cinco ou seis estilos diferentes, pois o desporto também melhora a saúde mental. A forma é desconhecida, mas 9 anos depois, Kansuke entrou em contacto com a Máfia do Porto a partir da cadeia, e lhes ofereceu mais de sete bilhões em notas para torturarem e executarem o Chuuya, então as buscas por ele se iniciaram à um ano e meio. Mori se infiltrou como professor de matemática assim que soube que o Chuuya tinha aulas aqui, e me escolheu a mim para fazer o trabalho sujo. Se não cumprir todas as indicações, esse ship explode. Bom, essa é a mesma organização que criou o acidente de seus pais, então a polícia fez buscas e perseguições. Eles realmente chegaram a descobrir o esconderijo. O policial que os descobriu foi silenciado, como é óbvio, mas foi tarde demais. Existe um documento com todas as informações sobre a máfia. Esse documento foi criado à nove anos. Mas a Máfia Do Porto os roubou, neste momento eles estão com Mori Ōgai.
-Como você sabe disso tudo? - Dazai perguntou por fim.
-Tudo isso foi dito na minha frente naquele telefonema.
-Meu Deus. - Itazura falava para Osamu de olhos vidrados no chão e sem emoção, parecia uma máquina de informação. Certamente ele também sofrera muito.
-Bom, esse deve ser um adeus.
-C...como assim?
-Agora que expus tudo, vou ser executado, sem contar que se descobrirem a quem eu contei isso essa pessoa também é silenciada, então é melhor eu morrer pra ninguém saber mesmo. - Deve ser horrível a sensação de saber quando vamos morrer, ainda que esse seja o maior passatempo de Osamu.
-NÃO ME DIGA QUE SACRIFICOU A VIDA...
-Pelo Chuuya. - Itazura sorriu e chorou ao mesmo tempo, parecia finalmente ter a consciência um pouco mais leve. - Não deixe a Máfia levá-lo, estou confiando em você. Eu continuarei vindo à escola até eles me pegarem, ok?
-Itazura... - Osamu já chorava também - Desculpa. Te julguei muito mal.
-Não tem culpa, a única coisa que viu até hoje tinha sido eu batendo com a cabeça do Chuuya na mesa.
-Eu...eu tenho que ir pegar o manual de matemática pra meu tio não suspeitar... Até amanhã.
O moreno lentamente se levantou e saiu.
Durante o caminho, Osamu agradeceu na sua mente por ter tomado um calmante antes de sair para prevenção. Ele só se lembraria das coisas mais superficiais e importantes, como o facto de haver um ship na cabeça de Itazura. Ele poderia não recordar a razão, mas defunitivamente estava marcado na sua mente; Ichiro não é babaca como parece.

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Osamu se trancou no quarto depois de terminar seu banho. Enrolado na toalha, ele sentou no chão e deixou a mesma cair sobre suas pernas, deixando todo o seu corpo descoberto e todas as cicatrizes expostas. Sua cabeça latejava, aquelas notícias não lhe fizeram bem. Sua pele arranhada e cheia de marcas ardia. A sua saúde mental já teve melhores dias.
Olhou para a tesoura em cima da sua secretária. Lentamente ele a pegou e a encarou por longos instantes. Quando deu por si, a lâmina já raspava pelas suas cochas desenhando um picotado. A tesoura ficou suja de sangue, mas ele não se importou.
-Onde estão... Meus comprimidos...
O moreno arrastou seus pés pelo chão do quarto. Abriu a gaveta da sua mesa de cabeceira e pegou uma das várias paletas de comprimidos aleatórios que ele já nem sabia de cor para que serviam. Retirou uns três da embalagem e os colocou na boca, engolindo-os com um pouco de água.
Sua cabeça começou a delirar. Ele se deitou no colchão de barriga para cima, seus olhos estavam pesados.
-Eu não devia me drogar assim... Só queria esquecer tudo... Fingir que sou feliz parece mais fácil do que tentar sê-lo... Quando o efeito começa?...
Osamu se levantou. Da sua prateleira, pegou gazes, desinfectante, pomada e ligadura. Primeiro molhou a gaze com desinfectante e rncostou gentilmente em todas as suas feridas, incluíndo a que fez segundos antes; em seguida aplicou um pouco de pomada com os dedos e cobriu tudo com a ligadura. Era um pouco difícil passar nas costas, mas ele já tinha costume.

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(1204 palavras)

Próximo capítulo já tem rascunho, e gente, até a mim faz impressão os abusos do mori

Em princípio depois dessa parte acabar, eu vou avançar no tempo tipo "dois meses depois" ou assim porque aqui eles ainda só vão a dia 23 ou 24 de setembro

GENTE, eu comecei a ilustrar a minha "percepção" do Arahabaki
Ainda não tá pronto, quando estiver eu vou mostrar pra vocês

*capítulo não revisado, qualquer erro comente para eu corrigir*
Obrigada por ler 😊😊😊 Espero que esteja gostando
*Qualquer desenho utilizado nessa fic daqui para a frente é da minha autoria e serão todos feitos em papel, não esperem grande coisa. Poderão utilizar em trabalhos vossos se indicarem que o desenho é meu*
Vota aí família
Bjs,
Martha

ιɠυαʅɱҽɳƚҽ ԃιϝҽɾҽɳƚҽʂ: ʂσυƙσƙυ - ԋιɠԋƚ ʂƈԋσσʅOnde histórias criam vida. Descubra agora