8.

67 8 2
                                    

Não devemos mostrar a nossa cólera ou o nosso ódio senão por meio de atos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Não devemos mostrar a nossa cólera ou o nosso ódio senão por meio de atos. Os animais de sangue frio são os únicos que têm veneno. - Arthur Schopenhauer

 - Arthur Schopenhauer

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

+18

- Você não vai mesmo dizer onde estamos indo?- Pergunto a Tom pela milésima vez, ele me obrigou a colocar um véu e roupas escuras, me senti indo para um funeral, vejo ele a minha frente me olhar.
- Vamos a sua amada igreja, agora sem mais perguntas, apenas me siga.- Vejo ele continuar a andar, eu faço o mesmo, mas é quase como se meus instintos estivessem me dizendo para não o fazer, Tom estava com uma capa estranha, como se não quisesse ser visto.
Continuamos a andar fazendo o caminho da igreja, ao chegar nós entramos pela frente, Riddle me coloca em sua frente, eu caminho um pouco imaginando que iríamos sentar em um dos bancos, mas um barulho alto chama minha atenção, ao me virar vejo Tom com a varinha em mãos, ele tinha fechado a porta da frente da igreja.
A esse ponto eu já sabia que algo terrível iria acontecer, e não podia mais fugir de qualquer que fosse o destino dessa visita a igreja no meio da noite.
- Quem está aí?- Ouço a voz de Frei Aurélio. - Cecília?- Vejo ele parado no altar, tudo estava muito escuro aqui dentro, a pouca iluminação das velas não era capaz de mostrar os cantos escuros, e ao olhar para trás e não ver mais Tom imaginei o porquê de virmos aqui nesse horário.
- Sinto muito atrapalhar sua noite...- Digo ao padre que regia as missas, ele já estava se aproximando mesmo desconfiado.
- O que veio fazer aqui tão tarde irmã Cecília?- Abro os lábios mas nada sai, eu não sabia o que estava fazendo, não sabia o que Tom queria, e acima de tudo estava com medo.
- Eu estava passando...- Começo a gaguejar. - E então pensei em fazer uma pequena visita ao senhor...- Meus olhos se arregalaram, eu não queria ter dito essa frase, ela saiu sozinha, como se outra pessoa estivesse falando por mim. Tom.
- Visita? Irmã Cecília eu aprecio seu gesto, mas andar por ai tão tarde é algo que uma dama não deveria fazer, especialmente uma tão bonita quanto a senhorita.- As palavras de Frei Aurélio por mais inofensivas que pareçam estão cercadas por malícia e em nenhum momento ele para de andar, é como um animal em minha direção, olho ao redor sem mover minha cabeça, não tinha sinal algum de Tom, o que ele está planejando?.
- Sim, o senhor tem razão, em especial com esses casos de assassinato acontecendo...- Ele para de andar.
- Oh, sim, claro...- Ele ri voltando a andar. - Mas me pergunto como a senhorita consegue ser tão gentil... mesmo com tantos perigos veio me fazer uma visita.- Me encolho e apenas balanço a cabeça. - É mais do que justo eu te recompensar por isso, gostaria de vir comigo? Poderíamos tomar um vinho Cecília, ainda sobrou comida do jantar...- Ele para a centímetros de distância de mim, sinto todos os meus ossos congelando, meu estômago embrulhar e simplesmente não parecia que acabaria por aqui.
- Não será preciso Frei Aurélio, eu sei o que o senhor quer... - Meus olhos começam a arregalar mais ainda, eu quase sinto vontade de chorar, nada do que eu queria de fato dizer sai da minha boca, é então que eu posso dizer que se o mal do mundo tem um rosto, eu acabo de ver. A feição de Frei Aurélio está como a mais impura e desprezível.
- Irmã Cecília, espero que saiba o que está fazendo... não sabe o quanto eu esperei...- Tento dar um passo para trás mas meu corpo não se mexe, o despero toma conta de mim quando sinto as mãos dele na minha cintura. - Por um momento eu cheguei a acreditar que você era de fato uma bruxa...- Suas mãos começam a subir. - Olhe para você, sua beleza é diabólica Cecília...- Balanço a cabeça em um gesto de negação quando lágrimas já se formam nos meus olhos.
As mãos do padre continuam a subir, ele nem se preocupa em tirar meu véu, ele não tira os olhos do meu decote, quanto mais as mãos dele sobem mais desesperada eu fico, e finalmente quando suas mãos estão prestes a tocar meus seios ouço um barulho, parecia o mesmo barulho de quando Tom aparata em meu quarto.
- Ignis Umbrae...- A voz de Tom sai pela minha boca, um lampejo de luz surge e eu sou jogada para trás, me escorro na porta da igreja quando ouço o grito ensurdecedor de Aurélio cortar o ar, ao olhar para ele chamas negras o queimam de dentro para fora e em sua frente vejo a silhueta de Tom se formar.
- Você achou que dentro da sua maldita igreja a morte não iria te alcança? Seu Deus pode ter perdoado o seus pecados, mas eu não perdoei...- Tom fala em meio aos gritos excruciantes de Frei, eu estava desesperadamente assustada tapando os ouvidos com as mãos, enquanto meus olhos não pareciam querer deixar a cena em minha frente. - Vamos! DIGA ALGO!- Tom para o feitiço e sem dizer nada faz o padre voar longe batendo no altar.

Eu me levanto devagar cambaleando, meus passos fazem um barulho leve no piso, posso ouvir Aurélio gemendo de dor.
- Por favor... não...- Uma risada de escárnio me pega de surpresa, Riddle praticamente corta o ar com sua voz me fazendo não dar mais um passo.
- Vocês sempre dizem as mesmas coisas, eu não sou misericordioso Frei, na verdade sou o oposto disso.- A voz de Tom era baixa novamente, era como se ele estivesse insano.
- Que... que...- O Frei iria dizer algo mas seu grito é mais uma vez ouvido ao mesmo tempo que Tom grita também.
- Crucio!- Tom segura a varinha com tanta força que parece que vai quebrar, vejo o corpo de Frei suspenso no ar, parece que o feitiço o levitou e depois do grito ele apenas murmurava coisas sem sentido, eu não entendi nada mas a última coisa que Riddle fez foi recitar outro feitiço por fim. - Avada Kedrava.-
Um lampejo de luz verde cortou o ar, e com isso o corpo de Aurélio caiu diante o altar, eu nunca tinha visto algo assim antes, meus olhos estavam ainda mais arregalados, minha espinha gelada e cada mínima parte do meu corpo sentia um arrepio, o arrepio da morte.

Tom voltou o seu olhar para mim, e a passos rápidos começou a andar na minha direção, eu apenas fiquei parada sem entender nada, e antes mesmo que eu pudesse dizer qualquer coisa Tom arranca meu véu e me beija, da forma menos gentil possível, foi tão de repente que eu quase não consigo retribuir a tempo, o beijo dura poucos segundos, logo ele segura minha cabeça afastando sua boca da minha.
- Agora sem perguntas, apenas obediência.- Aceno com a cabeça, ele me puxa até o início das escadas que davam ao altar me jogando no chão.
O olho assustada mas ao ver ele guardar a varinha me sinto um pouco mais aliviada, sua mão me fez virar para frente. - Reze. - Riddle comanda com a voz rouca. - Agora.- Começo a rezar em latim, são murmúrios, altos o suficiente para só Tom ouvir, ele me empurra para frente levantando o meu vestido. - Não pare.- Mais um comando, eu tento ao máximo me concentrar, minhas mãos tremem enquanto eu olho o corpo do padre no altar.

Ouço a fivela do cinto de Tom e entendo tudo, no mesmo momento começo a pedir perdão em orações. Ele afunda minha cabeça no chão frio, e sem piedade entra em mim, é estranho, quase como se ele quisesse que o padre visse de alguma forma, porém ele estava morto, solto gemidos em meio as palavras que saiam da minha boca, minha testa apoiada no chão frio, enquanto Tom batia seu membro no fundo do meu colo, eu quase podia gritar, ouço gemidos dele também, em algum momento eu só me perdi, e esqueci tudo, minha mente estava em branco e a oração em meus lábios saia sozinha.
- Então eu te mando fazer algo, e você simplesmente faz, mesmo que seja uma blasfêmia...- Riddle ri contra meu pescoço me empurrando cada vez mais fundo, um gemido longo junto de um suspiro é a única coisa que sai da minha boca, por algum motivo senti que eu não deveria o responder, então continuo rezando. - Isso... você lembra tão bem das minhas palavras Cecília. - Nós continuamos esse jogo estranho e sinuoso, dentro de uma igreja com um cadáver a frente. Até Tom bater em mim uma última vez antes de se desfazer por completo junto comigo. Ele me solta e eu suspiro apoiando as mãos no chão, enquanto ele ajeita suas vestes eu faço o mesmo, mas não ouso perguntar nada.
- Vamos logo, é questão de tempo até que eles venham.- Não entendo o que ele quis dizer mas não questiono nada, apenas seguro sua mão e nós aparatamos daquele lugar.

Olá, como estão? Espero que tenham gostado, queria deixar um ponto da história aqui, como a visão da história é de Cecília, e ela é uma trouxa, obviamente não temos isso na descrição dela mas a maldição cruciatus de Tom foi tão forte por seu ódio ...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Olá, como estão? Espero que tenham gostado, queria deixar um ponto da história aqui, como a visão da história é de Cecília, e ela é uma trouxa, obviamente não temos isso na descrição dela mas a maldição cruciatus de Tom foi tão forte por seu ódio e o desejo de executar era tão grande que o padre no mesmo instante que recebeu o feitiço enlouqueceu, assim como os pais do Neville depois de horas de tortura, porém ao padre foi apenas uma vez.

Ignis Umbrae: Faz o alvo se incendiar com uma chama de aspecto negro e esfumaçado. Este feitiço 'queima' a energia vital do alvo até que este fique em estado de semimorto. Causa uma dor excruciante embora não chegue a matar a vítima de fato. Durante a recuperação a pessoa sente como se o corpo estivesse queimado.

Beijos de blasfêmias.

Miah

Sangria - Tom Marvolo Riddle Onde histórias criam vida. Descubra agora