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A Obsessão por uma única pessoa, é corrosiva, e se duradoura, leva-nos diretamente ao suicídio indireto

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A Obsessão por uma única pessoa, é corrosiva, e se duradoura, leva-nos diretamente ao suicídio indireto. - M.M. Bellucci


Me pergunto onde está a minha sorte em momentos assim, eu nunca pensei que teria que vir atrás de uma trouxa para impedir uma atitude tão tosca, ou pelo menos ver a cena com meus próprios olhos, de fato eu estava de olho em Cecília, é quase simples de mais manter alguém sob sua visão com magia, quer dizer, manter um trouxa sob vigília claro. Eu vi que ela parou de fazer as coisas que costumava fazer, se trancou em casa na maldita biblioteca praticamente devorando os livros religiosos, eu me pergunto que estágio de loucura é esse, nunca vi nada igual e com toda certeza deve ser algum tipo de caso raro.
Mas deixando tudo de lado, é quase difícil acreditar que ela fez tudo isso por mim, difícil e estranho ao mesmo tempo, mas inegavelmente existe uma satisfação mórbida dentro de mim que aprecia as ações dela, se essa pirralha fosse uma bruxa de sangue poderíamos ser ótimos parceiros, eu a levaria ao auge da loucura e deixaria solta pelas ruas, em um ou dois dias o mundo estaria em chamas provavelmente.

Infelizmente não é esse o caso, e o único mundo em chamas e destruído é o meu, tive que sair mais cedo das aulas dizendo passar mal para vir ao encontro de um parasita, eu quase sinto ódio de mim mesmo, mas bem, eu deveria, eu sei deveria ter deixado ela apenas sucumbir a loucura e por fim morte, mas talvez por um castigo de Merlin eu não consigo fazer isso, algo em pensar, ou ver a morte de Cecília me deixa estranho, não diria que é empatia, tão decrépito eu ainda não estou, mas acredito que seja algo entre possessão e obsessão, a necessidade de possuir algo, acaba te deixando insano também.

— Certo, chega chega...- Digo já sem paciência, em primeiro momento apenas fiquei a encarando, suas lágrimas descendo por seu rosto quase calmo enquanto vez ou outra sua respiração falhava e ela buscava ar por desespero da dor, era prazeroso ver isso, mas os gritos voltaram então eu tive que fazer algo, me aproximo e abaixo ficando mais próximo, vejo seus cabelos dourados soltos com ondas, como um mar de ouro, ela usava um vestido de seda branco, deixando visível o sangue e também seu corpo, me atentei a muito detalhes, o que me tirou desse pequeno deleite foi o soluço de choro dela. — Você é patética sabia disso?- Ela não responde, preciso conter um riso enquanto tiro de uma vez a faca da mão dela, um grito agudo preenche o cômodo enquanto eu jogo a faca para o lado, vejo os olhos dela pousarem em mim, seguro o seu pulso firme fazendo Cecília se assustar um pouco. — Para quem você fez isso Cecília?- Eu não perderia a oportunidade de brincar com um ratinho tão ridículo.
— Você...- Ela murmura depois de alguns segundos tomando ar, aperto mais seu pulso fazendo-a soltar um gemido.
— Diga o nome Cecília... o meu nome.- Ela me olha como se eu tivesse dito que a amo, é quase doentio de mais até para mim.
— Tom Marvolo Riddle.- Consigo sentir o gosto com que ela falou cada letra do meu nome, tento conter um sorriso enquanto balanço a cabeça.
— Você vê o quanto você é inútil? Eu tive que vir até aqui te parar, uma atitude tão besta!- Repreendo enquanto ela continua a me olhar como se eu estivesse dizendo a ela as mais belas coisas. — Cecília?- A chamo mas ela não me responde, pelo contrário, isso foi provavelmente o suficiente para ela me agarrar e me beijar. Em primeiro momento eu só tentei afastar Cecília com toda a força mas ela não saiu de cima de mim, pelo contrário, se agarrou ainda mais, suas mãos foram para o meu rosto, pude sentir o sangue sujo dela no meu rosto me causando o maior nojo que já senti em toda a minha vida.

Já tinham se passado alguns segundos mas eu ainda não tinha parado o beijo, em algum momento o sangue dela escorreu para a nossa boca, e agora o nosso beijo tinha gosto de ferro, minha mente esvaziou por completo, como um apagão, eu já estava por cima dela e seu vestido em algum lugar no quarto, minhas roupas manchadas de sangue estavam ao lado. Não precisávamos dizer absolutamente nada, o olhar dela me confirmava que queríamos a mesma coisa, ela ficava linda em baixo de mim, seus cabelos estavam esparramados no carpete em tons de vermelho escuro, os fios loiros se destacavam, assim como a pele nevada dela com o vermelho do próprio sangue, era uma visão turva em um momento eu já estava dentro dela com Cecília gemendo, uma coisa tomou minha atenção por alguns momentos; eu finalmente tinha tirado a expressão alheia do rosto dela, tudo o que sua expressão passava agora era prazer, dor e uma paixão descomunal em misto de obsessão.

Enquanto eu ia fundo dentro dela, podia sentir suas pernas trêmulas, a mão ensanguentada foi sagrada durante nosso momento de prazer, quando vi minha boca estava agindo sozinha, mordendo a mão de Cecília enquanto lambia seu sangue, em baixo de mim ela gritava, porém de prazer, isso era um bagunça, eu nem ao menos entendia o que estávamos fazendo.
Foi quando com o resto das forças que restavam Cecília me empurrou, vindo por cima de mim, nem ao menos me deixando falar, sua mão tapou minha boca, eu apenas aceitei, era como se o sangue dela fosse alucinógeno.
Em mais alguns minutos e nós apenas nos desfazemos, me certifiquei de não fazer isso dentro dela, o que não foi do agrado de Cecília mas bem, eu posso ter tido um momento de fraqueza, mas jamais seria burro a esse ponto.

— Me sinto tonta...- Ela murmura deitada sobre mim.
— Provavelmente é sua mão, vou cuidar disso...- Digo sem muito ânimo, sem qualquer cuidado eu apenas empurro ela para o lado vestindo minhas roupas novamente, no meu bolso eu pego um frasco de poção e bandagens. — Levante, precisamos ir até o banheiro.- Digo mas vejo Cecília negar.
— Tom... eu não consigo...- Um leve arrepio passa por mim ao ouvir meu primeiro nome saindo da boca dela, mas entendo o caso, ela está fraca.
— Quanto trabalho por alguém tão dispensável...- Resmungo enquanto puxo a varinha, conjurando um pouco de água e limpando o ferimento, apesar de mole Cecília olhou tudo atenta.
Depois de lavar e aplicar a poção eu finalmente enfaixo tudo, ela parecia bem fraca, fiz o esforço de colocar ela na cama e trazer uma comida da cozinha, mas é óbvio que ela fez uma desfeita e não comeu o que eu preparei, porém, pelo menos bebeu a água, no fim Cecília apenas dormiu enquanto eu fiquei ali a olhando.

— Eu nunca deveria ter olhado para você na loja de joias..- Suspiro me arrependendo amargamente, mas eu sabia que iria voltar, ela já tinha feito morada no meu cérebro, era apenas questão de tempo para eu me tornar um inútil como ela.

Eu sai da casa de Cecília, mas continuei a vigiando, eu sabia que não iria dormir, eu nem ao menos tinha vontade de deitar a cabeça no travesseiro sabendo o que tinha feito, trai meu próprio nome, meus próprios princípios e nem ao menos poderia dizer que foi ruim.
Em determinado momento durante a manhã ela acordou, comeu o lanche que eu tinha deixado no quarto, e voltou a rotina de sempre, pelo visto ela não mentiu quando disse que sua vida estava em minhas mãos.

Olá mais uma vez caros leitores, como vocês estão? Espero que estejam bem, finalmente estou lançando o capítulo no horário certo, eu já escrevi mais uns dois capítulos além desse, vou só revisar e postar aqui, espero que ainda hoje

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Olá mais uma vez caros leitores, como vocês estão? Espero que estejam bem, finalmente estou lançando o capítulo no horário certo, eu já escrevi mais uns dois capítulos além desse, vou só revisar e postar aqui, espero que ainda hoje. Caso você goste considere votar, me motiva e ajuda muito a história, caso queira comentar também sinta-se livre.

Mais uma vez obrigada a todo o apoio.

Beijos de repulsa.

Miah

Sangria - Tom Marvolo Riddle Onde histórias criam vida. Descubra agora