kiss me.

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O lugar era repleto de uma atmosfera negra,as armas pendurados traçavam um xis enorme pelas paredes azul escuro com rajados de preto.
Estávamos tendo aulas de pontaria para mais um dos projetos multimilionários da empresa que trabalhávamos.O homem negro de cabelos claros agora arremessava facas em silhuetas de bonecos.
Fomos divididos em duplas, e infelizmente fiquei com as piores pessoas possíveis,professor Jubchet e detetive Kelce,dois metidos a inteligentes com fama de insuportáveis.

- Perdida Swift? - senti a ponta gelada da faca traçar finos trajetos pela minha pele fria.
- Se me machucar,eu arregaço você. - cerrei os dentes e exclamei para o enorme homem ao meu lado.
- Calma meu amor,eu nunca machucaria você dessa forma. - ele sussurrou em meus ouvidos me fazendo horripilar.
Ele parou ao meu lado ainda com o seu olhar caído sobre toda a minha extensão.
- Precisamos de algum voluntário para ficar dentro do espaço do boneco,alguém? - o professor geral perguntou para todas as pessoas presentes na sala,e ouve uma resposta de quem estava ao meu lado.
- Kelce,ótimo trabalho! Palmas para ele pessoal. - a sala toda se estrondou em palmas,rapidamente a minha expressão tensa se tornou em nojo,como eu odiava ele e todo esse seu jeito amostrado.
Detetive Drumond,uma garota bela de longos cabelos encaracolados exclamou ao meu lado.
- Se voluntaria Taylor? - a mulher perguntou.
- Não,mas não acho um ato de bravura da parte dele. - assim que eu proferi a última sílaba descobri a borrada que eu havia me metido,as palmas já haviam parado.Todos presentes no ambiente haviam ouvido.
- Detetive Swift,escolho você como voluntária.Obrigado Kelce por nos compartilhar seu ato de coragem,mas acho que a senhora Swift deveria nos dar a honra.

Todos pararam,eu estava completamente fudida.Iria ficar dentro de contorno de papel,enquanto Travis jogava facas ao meu redor,eu confiava nele,mas não naquele momento.
Enquanto o silêncio reinava eu me encaminhei e me encaixei no lugar pontuado.Travis arremessou a primeira faca,meu coração parou,eu não respirava.
A primeira faca parou entre o meu ombro e a extensão do meu braço.
- Bravo,mais encima. - o professor me olhava como se eu fosse um grande e apetitoso pedaço de carne,e ele quisesse desfrutar de cada pedaço e me destilar por inteira.
A primeira faca acertou em cima de toda o meu cabelo dourado que estava preso em um rabo de cavalo.
- Travis,ao meio. - o professor cerrava os dentes,ele queria me ver morta.
A terceira e última faca acertou em cheio do lado da minha orelha,a dor foi certeira.Ele tinha arrancado um pedaço da minha orelha.
Ouvi um "piii" insuportável,provavelmente ficaria surda e tudo isso era culpa daquelas pessoas ridículas e daquele trabalho ridículo.
- Bravo. - o professor disse.

Minha orelha sangrava loucamente e o zumbido só ficava mais forte,meus olhos se enchiam de água mais eu não ia chorar.Todos saiam devagar e eu continuava fixada em um ponto fixo,eu estava tentando não desmaiar.Assim que a sala se esvaziou, e comecei a retomar o controle das minhas pernas eu corri para o banheiro mais próximo,precisava ver se minha orelha continuava inteira.
Fechei a porta do banheiro e olhei ao espelho,minha orelha não está destruída e nem com um aspecto estranho,mais doía e sangrava muito.Todo o meu corpo formigava,enquanto reparava na minha orelha senti a sensação de que algo me observava,e realmente havia algo,que dizer,alguém.

- Sai daqui. - rugi em suas cara- SAI DAQUI PORRA! - gritei mais forte ainda e bati em seu peito,mas como um flash minha pressão baixou e o peito que antes eu esmurrava,agora me segurava.
- Você tem que entender que fiz isso para o seu bem.  - ele me deitou no chão do banheiro,trancou a porta e tirou o meu cabelo da orelha ensanguentada.
- Tentar me deixar surda foi para o meu bem? - perguntei.
- Se eu não tivesse te machucado,ele teria te deixado lá até alguém acertar seu coração.Ele odeia você!- ele deslizava os dedos pelas minhas bochechas rosas,e tudo que eu conseguia fazer era me aninhar ao seu colo e tentar não pensar na dor insuportável que me consumia.
- Quem não me odeia nesse local? - nem meus olhos se abriam mais,toda aquela dor precisava sumir,e eu só tinha uma opção. - Travis,me beija.
Seu beijo foi como um anastelgico poderoso,seus lábios me faziam lembrar que nem tudo estava perdido,oásis,mar,bálsamo,eu o odiava,não poderia estar pensando em todas aquelas coisas estranhas.
- Nunca mais falaremos sobre isso,eu estou sobre o efeito de uma dor insuportável que você causou. - abri os olhos e sussurrei entre seu lábio inferior.
- Por mim tudo bem gatinha,irei cuidar da sua orelha e restaurar tudo que eu estraguei. - ele beijava todo o meu rosto,parecia que eu estava de férias em um lugar paradisíaco mais na verdade,nos estávamos no chão de um banheiro.
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notas autoras:

Acho que estou um pouco viciada em umas coisas de policial e crime,irei continuar.

one shots,too one shorts. Onde histórias criam vida. Descubra agora