one shots,too one shorts.

my alibi.

Os tons de vermelho estavam entrelaçados por todo o chão,o salão estava escuro e tudo o que eu mais desejava era sair dali.

- Vai logo porra,você quer que todo mundo descubra que nós que matamos esse desgraçado? - eu tentava limpar mais rapidamente o chão,que agora não era mais tão branco como foi um dia.
- Se soubessem aposto que nos agradeceriam,menos um filho da puta no mundo. - a cabeça do cadáver estava em suas mãos,e ele fazia um ótimo trabalho em rir na cara do indivíduo como se ele pudesse nos ouvir.
- Se formos presos,a culpa é sua. - observava com atenção todas as portas e câmeras de todo aquele labirinto espelhado,talvez,eu tenha que limpar os vidros também.
- A doutor Woodson irá nos salvar,mas,bem que eu gostaria de te ver algemada. - ensacando o corpo do homem e sorrindo para mim,ele não parecia tão mal assim.

O local que antes se aproximava do caos agora estava mais brilhante que os brincos perolados que roubei do bolso do falecido,eu o passava nas mãos pensando em qual jantar eu os usaria,com qual peça eu poderia utilizar para que eles se tornassem o centro principal da ocasião.
Os sacos de lixo foram levados pelos caminhões da " CFBI",conhecido pelos da empresa como,o caminhão que nos impede de morrer na prisão.Basicamente,todos os corpos que nunca foram encontrados ficam lá,enterrados embaixo da cede da FBI.
Eu e o meu parceiro somos responsáveis por administrar os casos,investigar alguns suspeitos e quando precisamos de uma grana extra matamos algum deles,na verdade nunca precisamos de renda extra, temos o trabalho mais bem remunerado e perigoso do mundo,mas,particularmente eu gostava do processo depois de todo aquele sangue e facas afiadas.

- Acho que tem que guardar isso Swift,pode não ser presa pelo assassinato,mas roubar continua sendo crime. - ele arrancou os brincos da minha mão e os colocou em sua visão,girando e girando o par de pérolas.
- Kelce,me devolva. - estávamos dentro do caminhão de lixo,caminhado em direção a empresa milionária que destruía vidas.O espaço era quase inexistente,ao me inclinar para tentar pegar o par de brincos acabo me encontrando um pouco demais com a respiração ofegante de meu parceiro.
- O que eu ganho em troca,hm? - sussurrou em meus lábios.

O homem e eu vivíamos juntos,era quase impossível não me encontrá-lo com ele todos os dias,éramos uma dupla dinâmica e infalível.Aos 21 anos embarcamos nessa jornada juntos,e como jovens adultos imaturos acabamos comentando muitos deslizes tanto profissionalmente quanto romanticamente,mas foram poucas vezes.Apenas me lembro da noite de Halloween,o 4 de julho,aquele ano novo em Paris,aquela vez em Roma e,bom,mais algumas vezes.

- Não quero te fazer perder a linha em um caminhão de lixo Kelce,recomponha-se. - eu também sussurrava em seus lábios,pois se ele queria fazer joguinhos eu os jogaria da forma mais suja do mundo.
- Engraçado te ver falar sobre perder a linha,quem implorou de joelhos para eu parar naquele hotel em Roma foi você.Não está lembrando querida? - ele segurou meus maxilares e fixou seu olhar no meu.
- E em Paris foi você,então estamos quites. - sorri em seu rosto me lembrando do quanto aprontamos em nossas viagens de trabalho.
- Teremos que fazer mais uma para desempatar. - ele soltou meus maxilares e piscou para mim.
- Qual é a próxima próxima viagem? - perguntei.
- Grécia. - ele respondeu.

Rapidamente o caminhão parou,estávamos na minha sede.
- Nos vemos lá. - me retirei do caminhão o deixando sozinho,na verdade,ele e o cadáver.
Meu sorriso era evidente,eu amava saber que tinha efeito sobre os homens,inclusive quando era o meu álibi.
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notas da autora:

Amo escrever umas coisas na pegada dark.
M 🫶