#6 Gasolina

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"As pessoas vão esquecer o que você disse, as pessoas vão esquecer o que você fez, mas as pessoas nunca esquecerão como você as fez sentir." - Maya Angelou


Daniel havia preparado o almoço para os dois. Era algo simples, macarrão com molho de tomate. Ele era um bom cozinheiro, mas provavelmente Leonardo nunca iria admitir isso.

— O que achou? — perguntou Daniel, esperando ansiosamente pelo feedback sobre seu prato.

— Dá para comer, até que está razoavelmente bom — respondeu Leo, olhando para o prato enquanto dava mais uma garfada no macarrão.

— Mentiroso — murmurou Daniel para si mesmo, voltando a lavar o seu prato, já que havia terminado de comer.

Logo após Leonardo terminar de comer, foi escovar os dentes e se jogou na cama novamente. Daniel não queria ficar trancado dentro do quarto o dia inteiro, era um domingo de sol, e ele sabia que precisava tirar Leo do quarto.

— Ei — chamou Daniel, atraindo a atenção de Leonardo, que o olhou do sofá. — Vamos dar uma caminhada pela escola?

Leonardo revirou os olhos. — Não. Estou com preguiça — disse, voltando a mexer no celular.

Daniel levantou-se do sofá e foi até Leonardo, puxando-o pelo braço e fazendo-o levantar e ficar sentado. — Deixa de drama, vamos! Não pode ficar dentro do quarto pegando poeira, ainda mais nesse estado.

Leo tentou resistir, mas viu que era inútil. — Tudo bem! Vamos então.

Daniel deu um sorrisinho quase imperceptível. Ele abriu a porta do quarto e os dois saíram pelo corredor, que estava relativamente vazio, com apenas algumas pessoas que dava para contar nos dedos. Alguns passos foram dados e nenhuma palavra foi proferida até então, mas Daniel não gostava do silêncio.

— Acho que era disso que precisávamos — disse, ainda olhando para frente, fazendo Leonardo encará-lo um pouco confuso.

— O quê? — perguntou Leo, sem entender.

Daniel olhou para Leonardo com um semblante calmo. — Cinco minutos de conversa, sem insultos.

Leonardo compreendeu e pareceu concordar. — É, tem razão. Mas ainda vou te insultar uma vez ou outra — disse Leo, fazendo o outro rir.

— Te digo o mesmo.

Os dois voltaram a prestar atenção no caminho para não esbarrar em ninguém. Daniel liderava o caminho e Leonardo o seguia. Eles estavam indo para o pátio da universidade, onde poderiam respirar um pouco de ar fresco e talvez, quem sabe, falar mais sobre o que sentiam.

 Eles estavam indo para o pátio da universidade, onde poderiam respirar um pouco de ar fresco e talvez, quem sabe, falar mais sobre o que sentiam

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Chegando ao pátio, o sol brilhava intensamente, mas uma brisa suave tornava o clima agradável. Sentaram-se em um banco, e Daniel olhou para Leo, rompendo o silêncio.

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