𝖈𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 16

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𝕶𝖆𝖑𝖊𝖇

bebemos um pouco na casa do Colin para comemorar seu aniversário, os membros principais e alguns outros integrantes da equipe estavam lá.
não fiquei muito tempo, para ser sincero fiquei lá por menos de uma hora.

quando cheguei no hospital uma enfermeira desorientada me parou antes que eu pudesse chegar até o quarto em que Amber estava.

"ela sumiu, senhor."
"ela não está com você?"

de qualquer forma, corri até o quarto para ter certeza.
infelizmente, Amber realmente não estava lá.

sai do hospital enfurecido e histérico, sem saber ao certo o que fazer.

peguei meu celular e liguei para o Lucas, talvez ele soubesse de algo.

-oi. (ele atendeu)

-a Amber teve um problema e eu a trouxe para o hospital, sai por um instante e quando voltei ela havia sumido. (comecei a falar de maneira eufórica) -eu não sei se ela fugiu ou alguém a levou embora, você sabe de algo?

um silêncio mórbido prevaleceu por 5 segundos.

até que o bastardo respondeu.

-é melhor seguir sua vida, Kaleb. (ele falou de maneira fria, com indiferença) -deixe Amber em paz, não vou deixar que a machuque novamente.

-o que? (ri com escárnio) -o que você fez com ela? para onde a levou, seu merdinha??

-ela veio comigo por vontade própria, não vou lhe dar mais explicações, nos deixe em paz.

-não seja ridículo, ela odeia você, porra! (comecei a tremer de ódio, sentia uma onda de ansiedade e raiva se apoderando de mim)

-ela odeio VOCÊ, Kaleb. (ele disse em um tom de superioridade insuportável) -você é um nada, um pedaço de merda sem valor. é assim que Amber e todos a sua folga o enxergam.

-seu... (cerrei os punhos, minha respiração estava desregular)

a ligação foi desligada.
tentei ligar novamente mas dava como desligado ou fora de área.

corri para casa, em busca de rastrear o número que havia me ligado, mas não encontrei, ele já deve ter se livrado do mesmo.

esfreguei as mãos em meu rosto, derrubando os móveis ao meu redor.

-PORRA, QUE MERDA!!! (minha voz já estava começando a ficar rouca) -não, não... não pode ser.

me sentei no chão, tentando recuperar o fôlego.

olhei para o sofá em que Amber dormia, senti meu peito apertar.
me levantei e andei devagar até a cozinha, peguei uma garrafa de whisky e voltei para a sala.

joguei um pouco do líquido pelo sofá em minha frente, depois retirei um isqueiro que havia no meu bolso e então, observei o sofá ser consumido pelas chamas, pouco a pouco.

Amber.
eu vou foder a sua vida.

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𝕷𝖚𝖈𝖆𝖘

estávamos comendo panquecas com café, havíamos acordado a pouco tempo.

cada vez que eu olhava para a Amber, um sorriso se formava em meu rosto.
acho que eu nunca estive tão feliz em toda a minha vida.

ela parecia pensativa, meio dispersa.

-e então, o que vai querer fazer hoje?

-humm... seria legal sair para conhecer essa nova cidade! (ela sugeriu)

-bem, na verdade estamos em outro estado... (ela pareceu surpresa) -mas podemos começar conhecendo nossa nova cidade! (sorri)

ela concordou com um sorriso no rosto, dando mais uma garfada em sua panqueca.

em alguns minutos já estávamos nos arrumando, o clima estava nublado, mas acredito que além de mim, a Amber também gosta disso.

colocamos as roupas novas que havíamos comprado, admito que eu estava precisando.
olhei para a Amber e foi quase impossível disfarçar meu olhar para a mesma.

tudo ficava tão bem nela.
mas essa saia preta e esse cropeed de manga longa marcavam perfeitamente suas curvas.
o corpo de Amber era lindo, assim como seu rosto.

fui esperar ela na rua, eu sempre sentia que não conseguia controlar bem minhas atitudes perto dela.
logo ela saiu para fora também, então começamos a caminhar para fora do quintal.
andamos por várias ruas, descobrindo tudo que havia ao nosso redor.

pizzarias, lanchonetes, padarias, shoppings, bares, academias, centros de treinamentos e etc.

ah, esse último parece ter chamado a atenção da Amber, pois ela ficou tão fascinada com o local que quis se inscrever para iniciar aulas lá depois de assistir apenas uma aula.

era um centro de treinamento que ensinava todos os tipos de luta, era realmente fascinante.
eu já sou um bom lutador, mas admito que a idéia de deixar Amber sozinha me incomoda.
então, me inscrevi também.

quando saímos de lá, ela não parava de dizer o quanto estava ansiosa e o quanto seria divertido.

paramos em uma praça para tomar um sorvete, estávamos sentados em um banco que havia perto de uma fonte.
era um lugar realmente bonito.

-por que se interessou tanto por aquele lugar? (perguntei curioso)

-quero aprender a lutar! (ela respondeu simplista)

-isso eu sei, né. (dei risada) -mas... por que do nada? você nunca se interessou muito em aulas de lutas.

-porque eu não quero mais sentir medo. (ela me olhou e eu senti um nó na garganta) -eu não quero mais ter medo de ninguém, eu quero me sentir forte, por dentro e por fora.

então, ela olhou para frente novamente.

ficamos em silêncio, olhando a água da fonte escorrer.

de fato, Amber já não era mais a mesma pessoa.

mas eu sentia que logo, ela estaria ainda mais diferente.

Entre máfiasOnde histórias criam vida. Descubra agora