𝖈𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 26

1.1K 115 155
                                    

𝕬𝖒𝖇𝖊𝖗

o horário marcado chegou.
Kaleb colocou suas roupas pretas como de costume, seu coturno e um revólver na cintura.
ele colocou a mão na maçaneta e deu uma última olhada para trás antes de sair pela porta.
nossos olhares se encontraram e ficamos em silêncio por longos segundos.
ele abaixou a cabeça e olhou novamente para frente, abrindo a porta e saindo por ela.
o barulho da mesma se fechando fez meu peito se apertar.
não sabia o que aconteceria a partir de agora, mas torcia para que tudo desse certo.

alguns minutos se passaram, dei um pulo do sofá com o susto que tomei.
diversos tiros começaram a ser disparados do lado de fora.
desci para o chão e fiquei escondida atrás do sofá.
a porta foi arrombada e prendi a respiração quando escutei passos se aproximando.

-ela está aqui. (escutei um homem falar)

olhei para cima, um homem com cerca de 30 anos olhava para mim, ele tinha cabelos pretos e olhos castanhos.
soltei um grito quando ele me jogou nos ombros e começou a andar comigo em direção a porta.
quando saímos pude ver os homens de Kaleb mortos do lado de fora.
outros homens desconhecidos estavam na frente da casa, reconheci alguns, eram os homens de Saimon.

-ei, o que está havendo? me solta! (me debati nos ombros do brutamontes que me carregava)

o homem não respondeu, apenas me jogou na parte de trás de um carro e entrou na parte da frente.
haviam mais três homens no mesmo veículo, sem chances de lutar, fiquei quieta e atenta.
tentando entender o que estava acontecendo.

☆ ☆ ☆

𝕶𝖆𝖑𝖊𝖇

cheguei pontualmente no lugar marcado, Saimon não estava lá, mas chegou alguns minutos depois.
por algum motivo, ele me parecia familiar.
estávamos cerca de 6 metros de distância.

-se atrasar não é muito educado da sua parte, Saimon. (falei de maneira irônica)

-sabe meu nome? (ele deu um sorriso de lado)

-Amber me contou.

ele riu, lambendo os lábios.

-eu realmente achei que ela tinha potencial. (ele disse fingindo tristeza)

-estou curioso... algum motivo em particular para querer tanto acabar comigo? (abri os braços, colocando uma expressão confusa no rosto)

-você é um idiota com um poder desnecessário em mãos. (ele disse simplista) -e também tirou de mim, a mulher que amei.

agora a expressão confusa em meu rosto era real, olhei bem para o seu rosto, tentando reconhecer esse homem que me parecia tão familiar.

ah, merda.
como não percebi?

-fez quantas cirurgias plásticas? (cerrei os punhos) -devia estar com medo de que eu te encontrasse.

-finalmente reconheceu seu padrasto? (ele riu)

-você não é meu padrasto, é só um doente possessivo. (grunhi irritado)

Entre máfiasOnde histórias criam vida. Descubra agora