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O Min colocou as caixas onde o Kim havia dito para colocar enquanto Jungkook buscou o restante das coisas no carro, os rapazes sentaram no sofá e ficaram um tempo largado ali, e logo Connor apareceu miando e pulou no colo do Jeon.

— Oi, meu lindo, sentiu saudades do papai?

— Que mocinho lindo. — Yoongi fez um carinho no gato que ronronava no colo do dono.

— Ah, Kook, eu falei com meu chefe, ele disse que é tranquilo você ir trabalhar lá, e que talvez era você quem iria me cobrir quando eu tivesse plantão no hospital.

— Sério? Eu já tinha até pedido emprego no cassino, mas não iria poder nem jogar, mas trabalhando no café, eu posso ir ao cassino jogar.

— Você deixou currículo lá? — Yoongi questionou.

— Não, devia?

— Sim... Mas se você não deixou, então é uma possibilidade de você não ser contratado, o cara vai só te indicar, vão te pedir um currículo, mas você já trabalhando, não precisa mandar, a menos que você realmente queira trabalhar lá!

— Não, de jeito nenhum, quer dizer, até queria, se ainda pudesse jogar, mas posso fazer uma espécie de hora extra lá caso eu precise, né?

— Se você achar tranquilo, pode sim.

— Ótimo, vai dar certo! — Sorriu confiante.

Yoongi ficou mais um tempo com os dois ali e logo voltou ao trabalho, mesmo que na noite anterior o Jeon tivesse sido expulso de casa, ele não se sentia triste, pelo contrário, ele se sentia aliviado, e até mais leve, sem precisar mais se esconder por conta de algo que gostava, ou de sua sexualidade.

Organizou suas coisas para facilitar não só a passagem pela sala de Seokjin, mas para também ser mais fácil no dia em que fosse se mudar oficialmente, para sua casa, e só de pensar nisso ele sorriu genuíno, ele estava mais perto que longe de ter sua própria casa, própria liberdade.

— Preciso dormir, me acorda quando as duas Coreias estiverem unificadas! — Falou ao tio que lia um livro sentado na mesa do quarto.

— Tá bom...

Jungkook riu negando com a cabeça, o Kim estava tão entretido no livro que ele poderia falar qualquer coisa, da mais louca possível como "tio, vou assaltar um banco e colocar você como culpado" e o mais velho só iria lhe responder um "tá bom" ou "uhum, vai lá" sem nem se dá conta do que foi dito.

Não demorou muito para que o moreno apagasse na cama, ao ver o sobrinho dormindo o Kim sorriu e ajeitou o lençol que o cobria, saiu do quarto apagando totalmente as luzes e caminhou para a cozinha para preparar o jantar, mesmo imaginando que Jungkook não iria comer a noite, ele fez questão de fazer a mais para que ele comesse quando acordasse, independente da hora.

Enquanto comia, Jin recebeu uma mensagem de sua irmã avisando que iria passar em sua casa para conversarem, aquilo deixou o rapaz um tanto apreensivo, mesmo sabendo que a irmã tinha uma noção de que o filho estivesse ali, ele temia que houvesse um encontro dos dois e resultasse outra briga, e logo ouviu a campainha tocar e foi atender a porta.

— Entra... — Disse ao ver a irmã ali parada.

— Ele largou as coisas dele aqui, como imaginei... — Falou ao ver as coisas de Jungkook na sala.

— Eu não poderia deixar ele no meio da rua!

— Devia, ele trouxe desonra para nossa família.

— Olha, vou fingir que não ouvi isso, para poder te deixar falar, mas se veio aqui para insultar, ou tentar me convencer de negar ajuda para Jungkook, pode pegar sua bolsinha e se retirar da minha casa!

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