Luta sem fim

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Oii 👀

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Enquanto era arrastada dali, a Maraisa tentava debater-se com o homem. Apesar de não ter metade da força dele ou da Marília, tentava atrapalhar os passos dele da forma possível.

Conseguiu dar-lhe um pontapé no estômago, que a fez dobrar o corpo e aliviar um pouco a pressão que lhe fazia no braço. Depois, ela usou o ponto fraco dele, deu-lhe uma joelhada bem no meio das pernas.

X: Vaca - resmungou no meio de um gemido e ela sorriu de canto

Ao mesmo tempo que a morena ia sendo arrastada pelo corredor e se tentava debater com quem a estava a tentar levar dali, a Marília tentou voltar à consciência o mais rápido possível.

Tinha levado um golpe forte na cabeça, e isso afetou-a bastante.

Quando conseguiu ter a consciência mínima de onde estava e do que estava a acontecer, olhou para a frente e viu a Maraisa, com o agressor.

Marília: Filho da puta - disse entre dentes

Sem saber onde, ela conseguiu força para se levantar, e correu na direção deles.

Ao mesmo tempo conseguia ouvir passos a subir pelas escadas do prédio. Eram os reforços a chegar.

Como ela os ouviu, o invasor também e isso fez com que ele fosse com a mão à cintura e tirasse uma arma.

Marília: Nem penses - disse para si própria sobre ele

Foram segundos que pareceram horas, e a Marília continuava entorpecida. Tinha um traumatismo na cabeça, quase de certeza.

Enquanto correu pelo corredor, tirou uma arma da cintura também.

A Maraisa estava no chão, depois de ter sido empurrada pelo agressor, e apesar da esperança que lhe cresceu no peito ao ver a Marília na sua direção, o medo estava a ganhar.

Num gesto a loira disse-lhe para se encolher, e foi isso que ela fez, enrolada sobre si própria.

X: Ele vai aprender que devia ter ficado calado e assumido tudo - disse depois

A Marília gelou quando viu a arma apontada ao corpo da morena. Passou por ele a correr.

Ao chegar perto da Maraisa, virou-se para ele.

X: Devias estar morta - gritou para ela

Marília: Nos teus sonhos - disse-lhe

X: Ela morre e se tu tiveres de morrer também, que seja - disse com raiva

Os passos dos polícias eram cada vez mais próximos, e num impulso o homem disparou, a Marília fez o mesmo, e depois abraçou o corpo da Maraisa.

Aqueles tinham sido os segundos mais longos da vida de cada uma delas.

A Maraisa no chão, e agora com o corpo da Marília abraçado ao seu, depois dos tiros não ouviu mais nada.

Maraisa: Amor - disse baixo - Marília - não obteve resposta

Sentiu o corpo da loira muito mole. Começou a sentir o coração a um ritmo alucinante. Afastou-se um pouco e viu a cara da Marília.

Estava de olhos fechados e sem força. Quando a abraçou, sentiu algo quente nas costas dela, e quando percebeu que era sangue, soube que ela tinha sido ferida.

Milissegundos depois, os polícias apareceram. Tudo aquilo tinha acontecido em menos de dois minutos.

Ela entrou em desespero por ver a Marília assim.

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