Urgência

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Boas? Ou não? 👀

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Depois de não conseguir sair da garagem, por causa do enorme contingente de segurança que foi montado, por não ter um distintivo policial que o permitisse, a Marília parou dentro do carro e esmurrou o volante, entre lágrimas.

Ouviu batidas no vidro.

Capitão Correia: Vem comigo - pediu e percebeu-lhe a urgência na voz

Marília: Eu quero participar na operação - saiu do carro e limpou as lágrimas

Capitão Correia: Marília - respirou fundo

Marília: Foda-se as regras, foda-se os protocolos - aproximou-se dele - se não me deixar participar a bem, eu vou procurá-la sozinha

Capitão Correia: Vou para o departamento, vem comigo e falamos lá - pediu

Marília: Os pais da Maraisa?

Capitão Correia: Estão em segurança, vem comigo - pediu novamente

Ela entrou no carro dele. O homem ligou a sirene do seu carro e saiu em alta velocidade dali com a Marília ao lado.

Ele conduziu sempre ao telemóvel, no caminho até ao departamento, e a Marília dava voltas à cabeça sobre o que estava a acontecer, e como encontrar a solução.

Quando chegaram, o departamento estava um verdadeiro rebuliço por tudo o que estava a acontecer.

O capitão pediu-lhe que esperasse só uns minutos no seu gabinete e a custo ela acatou o pedido.

Marília: Já sabe alguma coisa?

Ela levantou-se assim que ele entrou no gabinete.

Capitão Correia: Marília, tu és uma civil, não devias estar aqui - suspirou - eu não te posso pôr em perigo também

Marília: Sabe tão bem como eu a minha competência - disse exaltada - e sabe muito bem como amo a Maraisa, diz-me que ela foi raptada e quer que eu vá para casa?

Capitão Correia: Eu sei - respirou fundo - mas não te posso entregar um distintivo só por minha vontade

Marília: Não preciso de um, só preciso de uma arma, e material para investigar - disse nos olhos dele

O capitão viu-lhe os olhos cheios de lágrimas, como só se lembrava de ver uma vez, há muitos anos, quando o seu camarada e melhor amigo não voltou de uma missão, e a Marília era uma criança.

Desde aí, a Marília foi uma fortaleza, que nada a abalava, até aparecer a Maraisa. E foi exatamente nesse seu ponto fraco que alguém tocou.

A porta do gabinete abriu de rompante. Entrou o diretor nacional da polícia.

Diretor: Não pode estar aqui - disse para a Marília - já não é uma agente

Marília: Eu quero estar envolvida nesta investigação - disse para ele sem vacilar

Diretor: Não - disse altivo

Em cima da mesa do capitão Correia estavam a arma e o distintivo que ela tinha entregue há um par de semanas.

Marília: Se não me deixar participar nesta investigação irei fazê-la por minha conta - aproximou-se do diretor - e se acontecer alguma coisa à Maraisa porque não me deixa participar, eu juro que vou até ao fim do mundo à sua procura e o faço pagar por isso

Diretor: Não me ameace - arqueou a sobrancelha

Marília: Não me ponha à prova diretor - disse sem tremer - eu vou encontrar a minha namorada, com ou sem o departamento

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