𝐄𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨!

45 2 0
                                    

𝗔𝗲𝗿𝗼𝗽𝗼𝗿𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝗟𝗼𝗻𝗱𝗿𝗶𝗻𝗮

• LR

Estava em um sono tão gostoso quando meu pai me chacoalhou e avisou que já havíamos chegado ao nosso destino. Abri os olhos com um bico grande nos lábios e cocei os olhos com o dorso da mão, me acostumando com a claridade do avião. Olhei para a janelinha ao meu lado e pude ver o sol se pondo, deixando o céu com uma coloração laranja incrivelmente linda. Meu pai já estava em pé, apenas esperando as pessoas passarem, e já estava com nossas bolsas em mãos. Tirei meu cinto e me levantei, peguei minha bolsa, colocando-a nas costas, e esperei as pessoas que estavam no corredor saírem. Após um tempinho, as pessoas saíram e eu e meu pai pudemos sair também. Fomos quase os últimos a sair de lá. Assim que pisei os pés fora do avião, soltei um suspiro baixo, ainda não acreditando que havia aceitado mudar da minha cidade e vir para um lugar totalmente desconhecido.

Meu pai me chamou, tirando-me dos meus pensamentos, para que fôssemos logo pegar nossas malas. Ao chegar no local exato do despacho das malas, demorou um pouco até as nossas chegarem. Assim que vi a do meu pai vindo, peguei-a antes que passasse reto por nós e, após mais longos minutos, as outras malas chegaram. Bufei ao ver o estado da minha mala preferida: estava toda arranhada e meu nome, que tinha colado nela, estava pela metade. Após pegarmos nossas malas, saímos e logo pude ver o menino das fotos com a tia Irene. Não lembrava o nome dele. Nos aproximamos mais do garoto e eu pude ver todos os detalhes de seu rosto: pele morena, cabelo médio bem alinhado, bochechas meio rechonchudas, porte físico malhado, mas nada muito marcado, e lábios avermelhados e chamativos... calma, o que estou pensando? Ele é praticamente meu irmão agora. Fui tirado dos meus pensamentos com a voz do meu pai.

Luiz: Olá, você deve ser o Renato, né?

Reh: Sou sim, você é o Luiz, certo?

Luiz: Isso mesmo, esse é meu filho Leonardo.

— Olá, Renato, prazer em conhecê-lo. — Estendi a mão em direção ao garoto e senti um choque percorrer todo o meu corpo ao sentir a mão quente dele se juntar à minha em um aperto fraco.

Reh: Vamos? Dona Irene está ansiosa para ver vocês.

Luiz: Vamos sim.

Caminhei em silêncio junto com eles até o lado de fora do aeroporto, empurrando o carrinho com minhas malas. Ao chegar no carro, arrumamos nossas malas no porta-malas e algumas tiveram que ir no banco de trás.

• RG

Já havia chegado ao aeroporto e estava esperando o Luiz há um tempo. Começava a ficar impaciente e olhava o relógio a todo momento, que marcava 17:50, e nada deles. Após alguns minutos, finalmente os vi vindo e suspirei aliviado. Meus olhos focaram no menino que vinha atrás do Luiz. Ele era baixinho, com cabelos lisos e bem alinhados, pele clara, bochechas avermelhadas, e coxas torneadas bem marcadas pela calça. Balancei a cabeça, saindo dos meus devaneios, quando eles se aproximaram e me cumprimentaram.

Após toda a apresentação, fomos em direção ao carro. O caminho até em casa foi tranquilo e silencioso. Às vezes, meus olhos escapavam da estrada e iam para o espelho, que refletia a imagem do menino distraído no banco de trás. Após alguns minutos de estrada, chegamos em casa. Parei na porta da residência e destravei o carro. Do lado de fora, minha mãe e meus irmãos esperavam nossos convidados. Assim que saímos, minha mãe correu até o Luiz, dando um abraço caloroso no rapaz, e meus irmãos vieram falar com o Léo, que estava meio tímido. Minha irmã elogiava ele, e suas bochechas ficavam cada vez mais rosadas. Soltei um riso baixo, observando a cena. Minha mãe se aproximou do menino e o abraçou também, e ele retribuiu meio sem jeito e desconfortável com o contato.

Irene: Léo, como você cresceu! Está mais bonito!

Léo: Obrigado, tia Irene. Você também está ainda mais bonita do que da última vez.

Irene: Obrigado, querido. Vamos entrar? Fiz um jantar delicioso para nós comermos.

Todos concordaram rapidamente e entraram. Eu fiquei um tempo lá fora para tomar um ar fresco.

Enquanto ouvia a conversa animada lá dentro, tentei organizar meus pensamentos. Sabia que dar uma chance para conhecer o Luiz e o Léo era o certo a fazer, mas a ansiedade e as memórias do passado ainda me assombravam. Decidi que, pelo menos por hoje, iria deixar as preocupações de lado e tentar me concentrar em fazer com que todos se sentissem bem-vindos. Com esse pensamento, entrei na casa para me juntar aos outros.

– – – – – – – – – – – – – – – – – – –

Não consigo postar semana passada, pois estava doente 😞

Vou tentar soltar mais um capítulo essa semana para recompensar o atraso

Amo vocês, beijocas

Meu meio irmão - LeonatoOnde histórias criam vida. Descubra agora