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Naquela manhã de segunda-feira, Sarah estava no consultório veterinário, terminando o atendimento de um cãozinho que havia sofrido um acidente. Enquanto acariciava o pequeno animal, seu telefone começou a vibrar incessantemente em cima da mesa. Ela franziu a testa ao ver a quantidade de mensagens e chamadas perdidas. Algo estava acontecendo.

Pegou o celular e viu várias mensagens de seu irmão, Nando, e de alguns amigos. A tragédia havia ocorrido no Rio Grande do Sul. Enchentes devastadoras destruíram cidades inteiras, deixando muitas famílias desabrigadas. As notícias mostravam cenas de destruição, pessoas desesperadas e animais abandonados.

Nando: "Sarah, você viu o que aconteceu no Rio Grande do Sul? É horrível! As pessoas precisam de ajuda, e os animais também."

Sarah: "Vi agora nas notícias. Precisamos fazer algo! Vou organizar um grupo de voluntários."

Sarah sentiu um aperto no coração. Ela sabia que precisava fazer algo. Lembrou-se de Mayck, que estava com as crianças e os cães. Precisava falar com ele.

Sarah: (no telefone) "Mayck, você viu as notícias?"

Mayck: (com uma voz preocupada) "Sim, Sarah. É terrível meu Deus."

Sarah: "Eu preciso ir para lá, Mayck. Preciso ajudar. Sei que você está com as crianças e os cães, mas não posso ficar aqui sabendo que posso fazer a diferença."

Mayck: "Sarah, eu entendo. E quero ir com você. Sei que estamos passando por um momento difícil, mas essa é uma situação de emergência. Podemos deixar as crianças com minha mãe. Ela vai cuidar bem delas, e eles vão entender."

Sarah: "Mayck, eu... não sei o que dizer. Não esperava que você quisesse ir. Mas se você realmente quer, podemos ir juntos."

Mayck: "Quero sim. Vou arrumar tudo aqui e nos encontramos na casa para organizar as coisas."

Sarah desligou o telefone e sentiu uma onda de alívio. Mesmo separados, eles ainda se apoiavam.

Na casa de Sarah, eles se reuniram para planejar a viagem. As crianças estavam na escola, e os cães brincavam no quintal.

Mayck: "Já falei com minha mãe. Ela está a caminho para ficar com as crianças e os cães. Temos que estar prontos para sair hoje à noite. Falei com um pessoal, já arrecadamos comida, cobertores, rações e casinhas. O caminhão já saiu."

Sarah: "Ótimo. Vou pegar algumas coisas que podemos levar. Medicamentos, roupas, e claro, alguns equipamentos veterinários. Vamos de avião, um pessoal também vai."

Mayck: "Eu vou pegar água, comida e roupas de cama. Podemos ir para o aeroporto juntos."

Horas depois, eles foram para o aeroporto e pegaram voos juntos para o Rio Grande do Sul. A viagem era longa e silenciosa, com ambos perdidos em seus pensamentos. No entanto, a tragédia trouxe um novo sentido de propósito para eles.

Quando chegaram, a devastação era ainda pior do que imaginavam. A água havia destruído casas, lojas e até mesmo hospitais. Havia pessoas por toda parte, procurando por familiares e tentando salvar o que podiam. Sarah e Mayck rapidamente se apresentaram como voluntários e foram direcionados para áreas onde suas habilidades eram necessárias.

Sarah foi para um abrigo de animais improvisado, onde muitos cães e gatos estavam sendo cuidados. Ela não conseguia segurar as lágrimas ao ver o estado dos animais. Alguns estavam feridos, outros traumatizados.

Mayck se juntou a um grupo de voluntários que estava resgatando animais e pessoas. Ele viu de perto a dor e a tristeza nos olhos das pessoas, mas também a força e a resiliência.

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