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O amor, em sua essência mais pura, possui uma força extraordinária, capaz de suportar as tempestades mais intensas e as incertezas que a vida nos impõe. Essa indagação, que ecoava na mente de Sarah, era um reflexo de sua jornada emocional, marcada por idas e vindas, por desafios que se desenrolaram ao longo de três anos. Um tempo em que o coração, em sua fragilidade e força, buscava respostas nas nuances do amor.

Existem partes de nós que anseiam pelo calor de outro ser, por aquele toque suave que traz conforto e compreensão. A presença de alguém especial é como uma chama que ilumina os recantos mais sombrios da nossa alma, aquecendo os dias frios e dando sentido às noites solitárias. Somos criaturas sociais, seres feitos para compartilhar risos e lágrimas, para construir memórias em conjunto. Apesar de a jornada do amor-próprio ser fundamental, ainda assim, a busca por um abrigo emocional é uma necessidade intrínseca do nosso ser.

É na vulnerabilidade de estar com alguém que encontramos a verdadeira beleza do amor. A paciência de um olhar acolhedor, a ternura de um abraço que dissolve as inseguranças, e a força de um coração que não hesita em se entregar, mesmo diante das adversidades. O amor é um elo que nos une, um lar construído com os tijolos da confiança e do respeito mútuo.

Nosso coração, por mais resiliente que seja, anseia por conexão. O amor verdadeiro é aquele que nos transforma, que nos faz querer ser melhores, não apenas por nós mesmos, mas pelo outro. É um convite à entrega, à descoberta de que, juntos, somos mais fortes. E mesmo quando as dificuldades se acumulam como nuvens escuras no horizonte, é o amor que nos impulsiona a seguir em frente, a acreditar que as tempestades podem ser superadas.

Sarah, em sua reflexão, percebeu que o amor não é uma linha reta, mas um caminho repleto de altos e baixos, de sorrisos e lágrimas. Cada desafio enfrentado ao longo desses três anos foi uma oportunidade de crescimento, uma chance de aprender sobre si mesma e sobre o outro. E, ao final de cada ciclo, ela entendia que o amor, com toda a sua complexidade, sempre vale a pena. Ele é um abrigo seguro em meio ao caos, um farol que nos guia em meio à escuridão, e a resposta para a pergunta que a assombrava. Sim, o amor tudo pode suportar, desde que haja disposição para cultivar e nutrir essa chama que, quando bem cuidada, pode iluminar até os dias mais sombrios.




Dois meses após a partida de Fernando (Nando, irmão de Sarah)

Em uma noite tranquila, Mayck e Sarah estavam aconchegados em sua casa. O relógio já marcava tarde, e seus filhos, assim como os pets, já dormiam. O casal desfrutava da companhia um do outro, enquanto Sarah saboreava uma taça de vinho. Foi então que a conversa tomou um rumo profundo.

Sarah: Amor, às vezes penso que o que temos é uma obsessão um pelo outro, sabe?

Mayck: Como assim, amor? Não viaja, né? Eu te amo, isso não tem nada a ver.

Sarah:Será? Porque, por tudo que vivemos até agora, deveríamos estar longe um do outro, sabes disso, né?

Mayck: Amor, isso acontece porque nos amamos e nos damos bem. Obsessão é quando um não quer e o outro tenta de todo jeito, ou quando fica obcecado a ponto de deixar o parceiro sem viver. E eu não faço isso, não, amor. Você faz suas coisas, trabalha, sai, e eu também não fico perguntando "onde você está?" ou "o que você está fazendo". Isso é coisa de maluco. E antes que você diga que fui assim, eu era no início, mas porque tinha outra cabeça. Hoje confio de olhos fechados.

Sarah:Amor, eu te amo, mas sei lá, minha cabeça às vezes dá um nó.

Mayck:Amor, vamos deixar isso para lá, que papo louco.

Sarah: Não invalide meu sentimento, por favor! Não faça isso!

Mayck: Não, não é isso, amor. Desculpa se pareceu assim.

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