[18 de Fevereiro de 1980]
02:46 da noiteTom caminhava por um vasto campo de rosas vermelhas, segurando uma cesta de vime repleta dessas flores. As pétalas das rosas emitiam uma luz própria, lançando um rubor fraco e misterioso sobre a paisagem. Acima de dele, o céu era um vazio absoluto, desprovido de estrelas e lua, uma escuridão opressora que parecia pesar sobre seus ombros. O solo sob seus pés era surpreendentemente macio e acolhedor, mas cada passo reverberava uma inquietação crescente dentro dele.
Enquanto avançava, ele sentia uma mistura desconcertante de paz e ansiedade. O campo se estendia infinitamente, um mar de rosas que parecia não ter fim. O ar estava impregnado com o aroma doce das rosas, mas havia uma nota sutil e perturbadora de decadência, como se algo estivesse apodrecendo sob aquela superfície encantadora.
De repente, seus pés tocaram algo diferente. Ele olhou para baixo e viu uma pequena caixa de madeira, parcialmente enterrada entre as flores. A madeira estava gasta e marcada pelo tempo. Colocou a cesta no chão e ajoelhou para abrir a caixa. Dentro, encontrou um urso de pelúcia castanho, desbotado e surrado, com olhos negros e profundos que pareciam penetrar sua alma. Ao segurar o urso, uma memória distante e fragmentada atravessou sua mente: risos, uma luz brilhante que não parecia incomodar ninguém a não ser a ele, um rosto que não conseguia distinguir claramente.
Ele se levantou com o urso nas mãos e, instantaneamente, as rosas ao seu redor começaram a murchar. O vermelho vibrante das pétalas tornou-se um tom escuro e sombrio, e o doce aroma transformou-se em um cheiro acre de decomposição. O campo, que antes parecia infinito, agora se fechava ao seu redor, sufocando-o.
Pegou a cesta novamente e começou a correr pelo caminho à sua frente. Ouviu sussurros no vento, quase inaudíveis, como ecos distantes de conversas e risadas. À distância, ele avistou sombras indistintas entre as rosas, formas vagas que lembravam pessoas, mas que desapareciam assim que ele se aproximava. O vento soprou mais forte, espalhando pétalas em uma chuva vermelha. O vazio no céu parecia descer, engolindo tudo ao seu redor.
O peso em seu peito crescia, uma sensação esmagadora de ausência que ele não conseguia identificar. Algo estava faltando, mas ele não sabia o que...
Tom acordou com um sobressalto, o coração disparado. O sonho, com seu campo de rosas vermelhas sob um céu negro, deixou uma marca profunda, um desconforto persistente que ele não conseguia compreender completamente, mas que continuava a lhe assombrar de forma sutil e inexorável. Ele olhou para seu lado e viu o urso do seu sonho ao seu lado, uma dor começou a tomar conta de sua cabeça, ele se levantou e foi para o banheiro, que era onde ele guardava os remédios para dor, ele pegou uma Aspirina e colocou ela na boca sem água, afim de que a dor passe mais rápido.
[18 de Fevereiro de 1980]
07:16 da manhãTara💝- Ok, deixa eu ver se entendi, no sonho, você caminhava por um campo infinito de rosas vermelhas brilhantes sob um céu negro, segurando uma cesta de rosas. Encontrou uma caixa com um urso de pelúcia surrado, evocando uma memória vaga. Depois as rosas começaram a murchar e o cheiro doce virou decomposição. O campo se fechava, sombras apareciam e desapareciam, e um vento forte espalhava pétalas. E o vazio do céu parecia engolir tudo.
Tom💙- Sim, exatamente...
Tara💝- ... Mas pq?
Tom💙- Não sei...
Tara💝- Talvez vc tenha irritado o Deus dos sonhos?
Tom💙- ... - Tom olha para a Tara com uma cara séria, que mostrava que ele não tinha gostado da piada feita por ela.
Tara💝- Ok, sem piadas então, mas você tem alguma pista do significado disso? Pois todos os sonhos tem significado, até os mais estranhos.
Tom💙- Infelizmente nem um palpite...
Tara💝- Ok... mas de qualquer jeito temos coisas para resolver!
Tom💙- Eu tenho, você não.
Tara💝- Tenho sim! Eu vou sair com as meninas hoje.
Tom💙- Ok, se divirta lá.
Tara💝- E eu vou!! - ela diz saltitando para a porta do guarda - Mas se você tiver descoberto o que significa esse sonho, me fala!
Tom💙- Ok. Tchau.
Tara dá um sorriso antes de desaparecer atrás da porta por completo, deixando Tom sozinho com seus pensamentos. Tom questiona-se sobre o significado das sombras que apareciam e desapareciam, e o vazio opressivo do céu negro. O sonho deixou uma marca profunda nele, uma sensação de desconforto e inquietação que continua a assombrá-lo.
–––––♥️–♥️–––––
Sonho estranho, né? Bem, esse capítulo foi inspirado em um sonho que eu tive noite passada. Eu estava num lugar totalmente vazio, as paredes eram pretas e eu só tinha uma cesta de flores comigo, e quando me dei conta o chão estava com uma gosma preta, eu sentei e depois acordei... foi estranho mas é só isso, bjs de cookies 😘🍪
~💚💜💙❤️~
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OverWorld(OW)- Eddsworld Fanfic [não original]
Storie breviNo Reino Unido de 1980, havia uma cidade grande chamada Greenfield (cidade não real), que além do tamanho geográfico também era muito reconhecida e recebia milhões de visitantes de outras partes do mundo todos os anos, havia uma oficina bem simples...