Capítulo XII - Esmeralda

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O barulho da tesoura cortando galhos e um cantarolar baixo eram os sons que dominavam o ambiente do laboratório

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O barulho da tesoura cortando galhos e um cantarolar baixo eram os sons que dominavam o ambiente do laboratório. Adara tinha um leve sorriso nos lábios avermelhados enquanto colhia os frutos do seu primeiro experimento de sucesso desde que servia mestre Muzan.

As últimas semanas corriam com tantas coisas boas acontecendo na rotina da botânica, que às vezes ela se pegava questionando se era um sonho.

Ela e Kokushibo estavam mais unidos que nunca. O Lua Superior 1, depois que decidiu assumir para si mesmo os sentimentos que tinha por Adara, dificilmente passava muito tempo afastado dela. A visitava no laboratório, aumentava o tempo dos treinos e até arriscava auxiliar Adara em seus experimentos. Apesar de ainda manter-se reservado e posturado na maioria do tempo, escolhendo os momentos adequados para demonstrar afeto, Adara percebia que Kokushibo estava se esforçando para permitir que os sentimentos de sua atração fluissem. E ela não poderia estar mais radiante - mesmo Kokushibo sendo o total oposto dela, que não se continha em mostrar o que sentia quando estavam sozinhos.

Além disso, seus experimentos estavam dando mais do que certo após acidentalmente descobrir que seu sangue era mais potente que qualquer adubo para suas criações vingarem. Foi em uma noite qualquer,  estava cortando algumas folhas de hortelã para cercarem a muda do Lírio Aranha Azul quando sem querer cortou o dedo e algumas gotas de sangue caíram na terra do vaso. Imediatamente a muda se revigorou, crescendo e esbanjando saúde. Uma pena que não gerou flores, mas ainda assim foi um avanço significativo, o suficiente para Adara regar todas as mudas com seu sangue desde então.

Não é preciso salientar que Kokushibo quase surtou ao descobrir, uma vez que esse novo costume de Adara passou a fadiga-la com mais facilidade. Uma fraqueza do qual o Superior 1 nem de longe aceitaria. 

O laboratório tinha um aspecto novo, estava abarrotado de experimentos diversos. A estufa aumentou de tamanho, havia plantas e vasos dos mais diversos tamanhos por todos os lados, até perdidos pela estante de livros,  a mesa não tinha mais espaço para utensílios e Adara estava no seu terceiro caderno de anotações.

Seu orgulho do momento era a árvore pequena do qual colhia os frutos do tamanho de um pêssego, de cor amarelada, casca lisa e um cheiro doce semelhante ao de uma maçã. A chamou de Pengon, o fruto ilusório dos Onis. A ingerindo, o usuário teria sua forma física modificada, assumindo exatamente a aparência humana antes de ter sido transformado, o seu cheiro também era disfarçado, mas não o suficiente para enganar Caçadores de Onis mais habilidosos e sensíveis do olfato.

Pengon foi uma criação audaciosa de Adara, que utilizou uma mistura de plantas, seu sangue e conhecimento genético que atingissem diretamente as células do corpo, penetrando em seu DNA para capturar a estrutura humana e maquiar a estrutura Oni com a mesma. Os efeitos da Pengon variavam, a estudou em um grupo de dezenas de Onis que Tyuru organizou  - segundo o azulado, foram cuidadosamente seduzidos por sua lábia não tão convincente, Adara desconfiava que tinha dedo de mestre Muzan nisso. Nos Onis que possuíam aparência muito distante da humana, o efeito de um único fruto durou apenas algumas horas, mas aqueles que eram semelhantes o efeito durou por um dia inteiro.

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⏰ Última atualização: Jun 25 ⏰

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