Capítulo 5 • O Bêbado e a Equilibrista

1K 80 3
                                    

Gabrielle (pov)

Quem diria que beber todas ontem me faria acordar com uma dor de cabeça insuportável. Merlin, o Sol parecia brilhar de mais e os barulhos estavam mais altos que o normal. Coloquei apenas um moletom e um short, não ligando muito para minha aparência. Me sentia descabelada, então apenas fiz um coque desajeitado e desci para o grande salão.

Chegando no café da manhã, senti olhares dos sonserinos em mim, mas ignorei e fui me sentar com Mione

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Chegando no café da manhã, senti olhares dos sonserinos em mim, mas ignorei e fui me sentar com Mione. Não estava particularmente animada para conversar sobre meu showzinho de ontem, mas se estava certa, as fofocas corriam rápidas e soltas por aqui.

- Então vai nos contar da festa ontem não é, Elle? - Gina pergunta animada, se chegando para perto. - Já sabemos por alto, óbvio, mas simplesmente não acredito no que escutei.

- Provavelmente você escutou certo, amiga. - disse dando um sorrisinho.

- Então você realmente beijou todos os amigos de Malfoy MENOS Malfoy???? Garota, se for isso, saiba que me tornei sua fã número 1.

Não consigo segurar uma gargalhada.

- Elle, como isso aconteceu? - Hermione pergunta intrigada.

- Greengrass me desafiou a ficar 7 minutos no paraíso com Draco - reviro meus olhos ao lembrar - e ele estava muito convencido de que iria conseguir algo comigo. Só provei que ele estava errado.

Vejo Fred entrar no salão acompanhado de George, Rony e Harry, e fico ruborizada automaticamente.

- E fiquei com Fred. - digo quase sussurrando às meninas, que arregalam os olhos com a revelação. - Mas mais tarde conto os detalhes.

As garotas se animaram, Mione mais que Gina (provavelmente não gostaria de tantos detalhes sobre o beijo de seu irmão). Quando Harry se senta perto de nós, noto que a ruiva se remexe de vergonha, e logo percebo que ela gosta de Potter. Merlin, eles ficam tão fofos juntos, não sei como não percebi antes.

Me tirando dos meus devaneios, Fred se senta do meu lado e põe a mão em minha coxa.

- Bom dia, princesa.

- Bom dia, Weasley. Está com tanta dor de cabeça quanto eu?

Ele sorri e não evito sorrir junto.

- Estou ótimo. O final da noite foi muito bom, não acha?

- O final de noite foi ótimo. - digo maliciosamente e ele sobe um pouco a mão, o que me faz arrepiar.

- Devemos repetir o quanto antes.

Antes que eu possa responder, Mione começa a tagarelar sobre sua rotina de estudos para os NOM'S, e no fundo agradeço por não ter respondido o ruivo. Não que não tivesse gostado, porque gostei - caralho, como gostei - mas nunca fiquei com a mesma pessoa mais de uma vez.

Quando começa a chegar perto das 9h e meia, me direciono para a primeira aula do dia - feitiços. A sala ainda estava vazia, então consigo escolher um assento mais ao fundo. Me pego rabiscando a mesa e logo um garoto com cabelos morenos cacheados se senta ao meu lado. Reconheço quase que instantaneamente. Mattheo Riddle. Sem nem ter tempo de reagir, todos da Elite Sonserina se sentam ao meu redor, todos com olhares curiosos e com um toque de divertimento, menos Draco.

- Bom dia, Bragança, como está após seu show particular de ontem? - Pansy sorri.

- Estou bem, amor - Parkinson cora com o apelido - Tirando, óbvio, o fato de que minha cabeça parece estar prestes a explodir. Zabini não tinha que ter me dado tantos shots de firewhiskey.

- Se quiser posso cuidar de você, ma belle - Lorenzo diz - Dizem que faço mágica com as mãos - meus olhos se arregalam sugestivamente e o garoto percebe que tem outro sentido pro que acabou de falar - Digo, mágica de cura né, não outro tipo de mágica. Merlin, que vergonha, por favor alguém cale minha boca ou comece a falar.

- Então principessa - o italiano Nott interrompe e começa a falar para socorrer o amigo - Hogwarts está muito diferente de Castelobruxo?

- Ah, bastante. Mas diferente para melhor, claro.

- E já está sentindo saudade do Brasil?

Meus olhos se enchem d'água - Muito. Não que tivesse amigos lá ou algo do tipo, mas o Rio de Janeiro com certeza tem parte de meu coração.

- Então não tem nenhum namorado te esperando? - Riddle diz de forma sugestiva e maliciosa.

Respondo na mesma intensidade. - Não, meninos. Nenhum namorado me esperando.

Os garotos então sorriem com expectativa e Pansy começa a falar:

- Disse que não tinha amigos no Brasil, e bem, agora tem um grupo inteiro para chamar de seu, Bragança. Se quiser, é claro.

Eu olho em volta de todos, e digo - Vou pensar na oferta. Mas para isso, precisam parar de vez de provocar meus outros amigos - Granger, Potter e os Weasley. Então pensem também na minha proposta. - pisco e me levanto para me sentar em outro lugar.

Hoje não estava afim de ser o centro das atenções.

A aula passou como um borrão, e embora minha cabeça tenha parado de latejar, ainda me sentia extremamente cansada e muito enjoada. Resolvi pular o jantar, não conseguia nem pensar em comida agora.

Chego ao meu dormitório e vejo uma mini cesta com vários chás diferentes, mel para adoçar, uma vela aromática e um biscoitinho. Junto a ela havia um cartão. De Fred Weasley.

"Imaginei que precisaria disso, querida. Nada cura melhor uma ressaca do que relaxar. Qualquer coisa estou a seu dispor.

Com amor, seu ruivo."

Merlin

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Merlin. Estava encantada. Abri a cesta com o maior cuidado do mundo, já que pretendo guarda-la. Tirei a tampa da vela para sentir o cheirinho. Lavanda. Se Fred estava tentando me conquistar, acho que conseguiu. Nunca recebi um presente do tipo, que me faz pensar se era mais um gesto romântico do que um simples cuidado.

Pego um conjunto de chaleiras e encho com água quente, deixo meu chá em difusão por uns minutos e o tomo. Fico meio perdida em pensamentos. "Será que estou começando a gostar do Weasley?" "Tenho medo de mostrar meus sentimentos" "De qualquer forma não irei tirar conclusões precipitadas. Talvez fosse apenas um gesto amigável. Eu duvido muito. Mas talvez fosse.

O chá me deu um sono desproporcional, o que me fez dar graças a deus pois estava cansada demais. Deitei com a cabeça no travesseiro e dormi pensando no "meu" ruivo.

A Garota dos SonserinosOnde histórias criam vida. Descubra agora