Capítulo 32 • Lanterna dos Afogados

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O plano de Snape envolvia - enquanto ainda não estava boa em oclumencia - que Elle continuasse tendo pesadelos. E foi isso que aconteceu. Severo explicou que como Voldemort já era espírito, seu domínio sobre a mente não era tão forte.

Nas primeiras noites Draco quase não dormiu de preocupação. Observava a menina se contorcendo e tremendo na cama as vezes, acordando-a sempre que sentia que ela estava próxima ao seu limite. Depois, sentia que as aulas estavam funcionando, pois a garota não acordava mais no susto ou suando frio. Em alguns dias já conseguia dormir tranquilo novamente.

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Gabrielle (pov)

Me sento na sala de Snape, nervosa, enquanto ele reunia o material para nossa aula de oclumencia. Já havia melhorado bastante, e os pesadelos diminuído, mas ainda não era o suficiente. Você-sabe-quem ainda aparecia na minha mente, me ameaçando, ameaçando todos que eu me importo.

- Então Gabrielle. Sei que não está sendo fácil manter Voldemort fora de sua mente. Está pronta para mais uma lição?

- Sim, professor.

Ele logo começou a ensinar as técnicas, que causavam dores de cabeça intensas, mas absorvia muito rápido todo o conteúdo.

De repente, a porta se abre e la está Dray, meio suando, parecendo desesperado.

- Professor Snape, preciso falar com vocês.

- O que é, Malfoy? - Severo pergunta com desdém.

- Descobri algo sobre o ritual. Algo que pode mudar tudo.

Ficamos em silêncio por instantes, como uma pausa dramática. Sinto um ímpeto de rir, mas me seguro.

- Pois? Fale o que é, criança tola.

- Eu e Mattheo estávamos pesquisando na biblioteca maneiras de desfazer o ritual. E encontramos isso. - ele mostra uma página de livro arrancada, que faz Snape quase partir para cima dele por tamanha irresponsabilidade, mas se contém. - Precisamos de um pedaço da alma de Voldemort, para mandarmos ele embora. Para sempre. Ele não estaria mais no mundo dos espíritos. Ele apenas seria... Esquecido. Como há de ser.

Agora o silêncio torna-se desconfortável. Onde conseguiríamos um pedaço da alma de Voldemort? Até que tenho um vislumbre. O pai de Mattheo morreu após deixar a cicatriz em Harry Potter. A cicatriz... A cicatriz era a marca que significava que...

- O pedaço de alma de Voldemort está em Harry Potter.

- Nao pode ser, Elle. - Draco diz. - Como isso seria possível?

- Pense bem, Dray. Ele morreu após tentar matar Potter. A cicatriz, meu bem. Há um pedaço dele dentro de Harry.

- Bom, isso muda tudo, naturalmente. - Snape começa. - Harry Potter é a última pessoa a qual gostaríamos de recorrer. Protegido de Dumbledore, queridinho de Hogwarts, e praticamente inimigo declarado de Mattheo Riddle. Mas só precisaríamos de um pouco de seu sangue, na teoria... O que faz você pensar, Bragança, que Potter nos ajudaria?

- Porque tenho certeza que se ele soubesse que há uma chance de Voldemort voltar, ele estaria do lado certo, tentando impedir que isso aconteça.

O professor pensa. - Ok. Mas Harry não é alguém que devemos subestimar. Ele tem muitos amigos. O garoto deve manter segredo sobre isso, senão estamos todos ferrados. Eu incluso. Poderia perder meu emprego se alguém do corpo docente souber.

- Como chegaremos no Harry? - Dray pergunta mas logo me olha, e devo estar com uma cara de culpada. - Ah não, Elle. Você não vai até ele.

- Vou sim. Nós éramos amigos afinal.

A Garota dos SonserinosOnde histórias criam vida. Descubra agora