Believe | Original

Revendo Conceitos

Bom, meu nome é Joana tenho 15 anos e moro com meu pai. Ele gosta de mim, quer dizer gostava.
Em 2005 quando minha mãe nos deixou por culpa de meu pai ele meio que passou a me odiar, pois ele sempre diz que eu me pareço com minha mãe, mas já estou me acostumando.
Acabo o ignorando pois mal nos vemos, manhã eu tô na escola e ele esta desmaiado e muito bêbado pra lembrar que existo, tarde estou voltando da escola mas ele vai trabalhar e na noite nos dois estamos em casa porém não nos olhamos nem nos falamos.
[...]
7:00 a.m.
-Okay Joana você é forte, você consegue, só precisa levantar da cama. Digo a mim mesma enquanto arranjo coragem para me levantar.
Ótimo, mochila arrumada, material separado e agora só preciso de um banho.
Vou pro banheiro que é em frente ao meu quarto, ligo o chuveiro e a água fria cai sobre meu corpo ainda quente da cama.
Saio do banho e meu celular toca, mensagem da Mary. Ela é a minha melhor amiga e vive falando que eu devia pelo menos tentar falar com o Josh, e ele é um idiota só por que é filho de um dos professores ele acha que manda nas salas e nos alunos, e pra piorar ele não só estuda na mesma escola que eu, como também é meu vizinho.
Sim, meu vizinho!
Os pais de Josh acham que ele devia ir comigo pra escola porque sou uma "boa influência". Mas ele nunca mais veio falar comigo.
[...]

Duas primeiras aulas de física, terceira foi química e é o intervalo. Me sento com "meu pessoal" que na verdade é só Mary, Stella e o Rick (o nome dele é Richard, mas ele não gosta e fala que é nome de velho).
Toca o sinal, e parecem loucos correndo pra ir para as salas, e eu esbarro logo em quem...?
Josh Singer Morell , o menino mais insuportável de todos!!
-Hey Joana, estás cega?. Ele zomba de mim.
-Com gente que não importa eu passo por cima!. Digo já nervosa, me sinto ficando vermelha, e meus nervos estão à saltar de mim.
-Acho que alguém deve ir numa aula de meditação, ei Joana. Ele aponta pra minha boca e prossegue - limpa aqui, ta escorrendo raiva. Ele sai rindo de mim enquanto me pedrifico ali mesmo.
[...]

Chego em casa, vou na cozinha e abro a geladeira.
-Meu pai não lembra que existo, mas lembra de comprar pizza. Digo em vão.
Pego um maltito pedaço de pizza enfio-o no prato, encho um copo de Coca-Cola e vou pro meu quarto.
Chegando lá, como meu "lanchinho", faço a lição e mando uma mensagem dando um "Oi" pra Mary, duas horas depois ela responde, dizendo somente "Oi". Fico um pouco revoltada, pensei que ela no mínimo fosse começar uma conversa, mas nada disso aconteceu.
Não tava afim de assistir TV então me deitei e coloquei o cobertor até meus ombros.