Me Ajude.

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Me vejo totalmente en pânico, como assim ele está no meu quarto?
-Pai, está tudo bem?
-Pai?!
Ele ri de mim pelo efeito do álcool, não que ele não fosse rir se não estivesse alcoolizado.
-Ahh por favor me polpe Joana faz tem que você não me considera um "Pai".
- Não é verdade, mesmo depois qu você virou um alcoo...
Sou interrompida por um forte empurrão, caio e bato fortemente minha cabeça no chão.
Não desejo morrer neste quarto, e muito menos ser morta por meu pai.
- Vamos rasteje até mim Cláudia!!.
Cláudia?!?!?! Ele está falando da minha mãe! !
- Pai se acalma.
Digo tentando levantar-me. E quando finalmente consigo me levantar, ele me agarra pelos ombros diz uns palavrões e me joga com mais força ainda ao chão.
Consigo pegar meu celular e faço o mais rápido uma ligação à Josh.
Quando ele atende logo escuta um grito de meu pai e bem baixinho eu digo
-Chame a polícia!
-Então você não pode se virar sozinha e pede ajuda pro namoradinho.
Meu pai diz com raiva. Ele pega meu celular e joga no chão quebrando-o .
- Socorro! !!!
Grito repetidamente.
- Ninguém pode te escutar querida filhinha, ninguém.
Quando penso que tudo vai dar errado ouço a sirene da policia.
- Saia da casa com as mãos para cima.
Diz um policial no alto falante.
- Chamaste mesmo uma viatura para teu pai Joana.
O policial repete mais cinco vezes.
E quando ele tira um canivete de seu bolso eu penso que esse é meu fim. Mas por sorte os policias entram na casa arrombam a porta do meu quarto e quando ele estão dentro do quarto no corredor atrás dos policiais vejo Josh e sua mãe a me olhar com um olhar de dó.
Os policias pegam meu pai e o levam para fora da casa. Todos vizinhos estão à olhar, e isso é meio constrangedor. Estão me olhando e pensando 'Nossa ele não merecia um pai desses!' Ou 'Coitada!'
Mesmo que eu esteja mal não quero me sentir coitada.
A mãe do Josh me abraça e diz.
- Pode passar à noite conosco.
- Obrigada.
Digo e nao consigo segurar as lágrimas. O que está acontecendo comigo? Ontem eu estava tão bem, e agora estou... destruida.
[...]
Dona Julia estava conversando com o policial, explicando que eu não tinha onde ficar e até conseguir contato com minha vó iria demorar, e que então eu iria ficar com ela. O policial concorda e se vai.
Josh e eu entramos na casa para pegar minhas coisas. Subimos as escadas e entramos no meu quarto, dou uma olhada no quarto e começo a chorar, não aguento essa pressão toda. Quase fui morta pelo meu próprio pai e agora vou morar com a vizinha, que calhou de ser a mãe de Josh.
Faço cinco malas de roupas, pego minha mochila, os materiais escolares e estou pronta.
[...]
Na casa de Josh tem quatro quartos, e a Dona Julia me levou até um deles.
-Pode arrumar suas coisas que eu vou fazer a janta.
- Okay, e muito obrigada, nem sei como agradecer.
Ele dá um sorriso sutil e saí.
Meu quarto é no mesmo corredor que o de Josh, e por isso ele veio aqui me ajudar a organizar as coisas no guarda roupa.
Terminamos e antes de sairmos do quarto ele dá-me um beijo na testa e diz bem baixinho
-Eu tô contigo, tudo vai passar!
- Sempre passa.
Jantamos e vou tomar um banho, preciso de água quente a correr em meu corpo. Preciso que isso saia de mim.
Visto meu pijama, ponho minhas pantufas e deito.
Sem sono algum fecho os olhos e as lágrimas entragam minha tristeza, e acabo dormindo.

Believe | OriginalOnde histórias criam vida. Descubra agora