Agiota? !?!

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Acordo com algumas pedrinhas sendo jogadas contra a minha janela. Dou uma olhada no celular e são 4:18 da madrugada.
Chego perto da janela e... Josh???
Ele fez sinal para que eu abrisse a janela, obedeci.
-O que é que você quer aqui em "Sr. Josh Singer Morell" ?. Digo entre risos irônicos.
-Preciso de ajuda, a sua !!. Ele diz e me espanto.
-Ahhh não,  qual robada tu se meteu desta vez??. Falo como se ele fosse um dos maiores procurados da América.
-Sabe o Sandro? O primo da Stella??
-Sei sim, o que tem ele?
Sandro esse sim é um dos maiores procurados da América, ele é um Agiota dos bons,  daqueles que se não pagar no dia, hora, minuto e milésimo que ele lhe falou, os capangas dele ja vai fazer pressão no "devedor".
-Então... Talvez eu tenha pego dinheiro imprestado com ele e... Ele não termina pois eu o corto gritando.
-Josh ele é um Agiota! !!!!. Digo espantada, Josh Singer Morell "O certinho" se meteu com o mais perigoso Agiota de San Carlo.
-Eu sei, fala baixo, quer que a vizinhança acorde?!?!
-Por que você se meteu com ele?
-Minha mãe tem as campanhas publicitárias, e esta fundando uma nova ONG.
-Ai você pede dinheiro para um Agiota, por que isso ia ajudar e muito, em tudo! . Grito ironicamente enquanto rio de nervosismo.
-Meu Deus, não dá pra falar com você!!, Para de gritar e me escuta! !.Ele manda.
-Tá.  Falo num tom de derrota.
-Ótimo, voltando ao princípio da conversa, tenho que pagar o Sandro até semana que vem.
-Só pra você saber eu te odeio,  e tá te ajudo, mas o que eu faço pra te ajudar?
-Dinheiro. Ele diz com um sorriso perverso nos lábios.
- Dinheiro? ?
- Sim, o que mais agiotas querem? ?
- Isso eu sei né!
-Hey até que Joana Johnson não é tão patética quanto eu pensei. Ele diz enquanto da gargalhadas da minha cara.
- "Há Há Há" estou morrendo de rir! !
- Okay foi mal aí, mas eu venho planejando uma cena pra ele acreditar em mim.
- Por que eu só não te empresto o dinheiro,  você dá o dinheiro para ele e pronto?!
- Aí não tem graça.
- Ficar devendo pra um agiota tem que ter graça? ?, E quanto que você deve?
-Mais ou menos,  28.000 mil reais
-Só ?!.Cuspo sarcasticamente.
- Tem ou não?
-Claro que não,  nem trabalho ainda.
-Humm... Podemos pensar numa maneira de ganhar dinheiro.
-Tá desisto vem cá. Falo e ele entra pela minha janela, atravessamos o quarto cruzamos o corredor subimos uma escada e entramos na sala "privada" de meu pai, lá tinha um cofre do meu tamanho e em volta tinha vários livros, apesar dele não ler nada por estar oculpado bebendo.
A última vez que eu entrei nessa sala eu tinha uns 7 ou 8 anos, quando meus pais ainda estavam juntos.  E foi só pra avisar ao meu pai que uma encomenda tinha chegado,  era um pacote grande, devia ter meio metro e veio da Nova Zelândia, não sei o que estava lá dentro, mas meu pai nunca o abriu.
-Nossa essa sala é sua?.
Ele fala, quebrando o silêncio e me tirando das minhas lembranças.
-Não, é do meu pai.
-Pensei que ele era só um gordo bêbado.
Olho para ele com um olhar mortal, ele percebeu o que acabou de dizer e se desculpa.
-Okay, eu também acho isso, mas não deixa de ser meu pai.
-E o que viemos fazer aqui?
-Pegar seu dinheiro pro Sandro.
-Você vai roubar dinheiro do teu pai? !?!
Ele parece desesperado e com um leve toque de medo.
Pego um pequeno bolo de dinheiro me sento no chão, cruzo as pernas e conto as notas uma a uma.
-To segura, aqui tem 5.000 mil reais.
Coloco as notas contadas em suas mãos.
-São 28.000 mil reais.
-Eu sei tá, fica calmo.
Ponho mais 25.000 mil reais no chão, saio da sala vou no meu quarto pra pegar uma das minhas bolsas de mão. Volto a sala e jogo a bolsa em Josh, ele me olha bravo mas logo entende, pega a bolsa e guarda todo o dinheiro lá.
-Ahmm.. nem sei como agradecer.
-Não é nada.
Estou meio envergonhada,  nunca passei tanto tempo com Josh como agora, é estranho.
Voltamos para o meu quarto ele sentasse na janela e põe as pernas do lado de fora. Minha janela é bem larga, então me apoio numa ponta enquanto ele está sentado na outra.
-Seu rosto fica muito lindo à luz da lua.
Josh fala e eu automaticamente sinto minhas bochechas queimarem.
- Obrigada.
Estou tão envergonhada que não tiro os olhos do chão.
-Bom sinceramente muito obrigado e tô te devendo essa.
Ele diz enquanto da um leve beijo em minha bochecha.
- Ohh sim, deve mesmo, 30.000 mil reais pra ser exata.
Digo ainda com vergonha, mas num tom brincalhão.
- Okay, então te vejo amanhã na escola Ana.
- Ana?
- É, já que agora não nos odiamos seria bom se nós conversamos mais, você é legal Joana Johnson, Boa Noite.
Ele fala e me encanto.
- Boa Noite.
É a única coisa que consigo dizer.

Believe | OriginalOnde histórias criam vida. Descubra agora