Você?!?!

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[...]

Tocam a campainha e eu vou até a porta, passo a mão em meus cabelos e na roupa. Para ter cer certeza de que estou apresentável, apesar de acabar de acorda.
Abro a porta, e uma mulher está de costas para mim e com uma criança pequena, de mais ou menos 3 anos.
- Joana!!
-Vera?!?- Digo espantada.-Oi, ahnn quanto tempo...
-É ela mamãe? -diz o menino
-Sim, Bruno é ela sim. Não vai me convidar para entrar? Você já foi mais educada.
- Ohh sim... entre- Ela entra e o menino a segue.
- Uau que casa grande...-ela diz isso com uma pitada de inveja.
- Pois é, aqui é a casa do Josh... você lembra dele? Né?
- Aquele bonitão que seu pai não gostava nem um pouquinho? Sim, lembro sim.
-É... o bonitão que meu... pai não gostava...
- Pois bem, espero que saiba que você namorar esse menino aí só dá mais desgosto pro teu pai do que você já deu! E ainda por cima mora com ele- o modo que ela diz estas palavras me dói.
-Nunca fui um desgosto para ele, nem tempo para mim ele tinha!
E é por causa dele que moro com o Josh!- contra-ataco.
- Era um desgosto sim, por isso ele descontava tudo na bebida. A filha que você não era e nunca será.
- Ele bebia porque queria tirar a raiva que ele sentia de si próprio, por tudo oque havia acontecido, mas não por minha culpa!!- sério que essa mulher veio aqui para me falar que tudo oque vinha acontecendo com meu pai é por minha causa?!?
-Bom, diga oque quiser. Eu sei o porque seu pai bebia e o porquê mataram ele! Já você... Não sabe e nem é nada! -aquela nojenta ia ficar falando esse tipo de coisa com todos os assuntos. Respiro fundo e esfrego minha testa.
- O que é que alguém do seu tipo vem fazer aqui?- falo isso para tentar competir com ela no mesmo tom de arrogância e ignorância.
- Repito, você já foi mais educada. E vim primeiramente dar meus pêsames e falar que vou querer a minha parte e a de Bruno.
- O que?- meu subconsciente queria que isso saísse firme e imponente, mas saiu mais como um gemido.
- Ai queridinha, segura aqui o Bruno, vou falar com a Dona Julie, Janete, Jamira, qual é o nome dela mesmo?- ela diz colocando Bruno em meu colo, que logo ponho o mesmo no sofá. - É Julia, Dona Julia. E ela não está. Ela trabalha sabia? diferente de muitos.- vou ser arrogante até ela se estressar.
Ela me olha e dá um sorrisinho bem do falso.
- Ai lindinha, voltando ao assunto, eu era a mulher de seu pai, e Bruno o filho. Queremos nossa parte.
- Você não tem direito de nada, não era casada com ele no papel e nem nada do tipo. E Bruno só terá algo se for comprovado que ele é mesmo filho dele. Se é que é verdade, mas é bem capaz que nem você saiba quem é o pai!
- Claro que sei! Esse menino é seu irmão!
- Não é até que se prove o contrário! Agora, vá embora!
- Não, não irei embora até ver a Dona Jamira!
- É Julia! E você vai embora sim!.
Começo a arrastá-la até a porta, pego Bruno e coloco-o fora também.
-Tenham um Ótimo Dia!- digo fechando a porta na cara dos dois.
Se essa mulher veio aqui e agora sabe onde estou morando ela não vai parar de vir aqui, merda.

Believe | OriginalOnde histórias criam vida. Descubra agora