Pequenas Histórias de S/N e Katie McGrath e Seus Personagens
Neste cativante conjunto de contos, mergulhamos nas vidas e aventuras de S/N enquanto ela interage com Katie McGrath, a talentosa atriz irlandesa, e seus icônicos personagens. Em cada hist...
E um casamento sem paixão e carinho, ainda é casamento?
Trilha sonora ( indicação)
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S/n ( 14:47)
Acabei de entrar em casa, estava sem fazer nada e decidi passear um pouco no shopping.
Estou faminta, tinha combinado com Lena de almoçarmos no nosso restaurante favorito, mas obviamente ela desmarcou por causa de uma reunião de última hora.
Adentro a cozinha e avisto Débora, uma das mulheres que trabalham nessa enorme casa.
— Boa tarde, Débora, tudo bem? — digo, colocando minhas sacolas na bancada e a abraçando.
— Bom dia, senhora Luthor, tudo bem e a senhora? — diz a mais velha, ajeitando algumas coisas na cozinha e recebendo o abraço da ruiva.
— Tudo certo também, só com muita fome — digo, saindo do abraço e indo em direção à geladeira.
Abro a geladeira e observo as duas portas, mas nada me interessa, então acabo pegando alguns tomates "cereja".
— Vou preparar seu almoço então, senhora Luthor. Vou pedir para que Alice monte a mesa. O que a senhora prefere? — diz Débora, pegando seu avental no canto direito da parede.
— Não precisa, Débora, vou fazer um chá e vou me deitar. Não estou me sentindo muito bem — digo, incomodada com tanta prestatividade. — E eu já te disse que pode me chamar de S/n — digo, rindo e deixando o ambiente até a sala de bebidas quentes.
Eu e Lena estamos casadas há quatro anos e, como esperado, somos muito diferentes.
Enquanto Lena cresceu em um lar luxuoso e teve uma infância cheia de glamour, com vários empregados, motoristas e etc., eu tive uma infância normal, sem empregados ou motoristas e definitivamente sem glamour.
Desde que nos casamos, Lena fez questão de deixar bem claro que eu não precisaria trabalhar ou ajudar com alguma coisa, e no começo foi muito bom.
Eu tinha um emprego horroroso como gerente de uma startup e sair de lá foi um verdadeiro privilégio.
Lena nunca me impediu de voltar a trabalhar e muito menos usou isso como motivo para que eu fizesse tarefas de casa; não me lembro da última vez que cozinhei alguma coisa. E mesmo depois de tanto tempo nessa vida, eu ainda não me acostumei.
[...]
Adentro a sala de bebidas quentes e faço uma xícara relativamente grande de chá de camomila, então deixo o cômodo rumo ao meu quarto.
