𝖢𝗈𝗇𝖼𝗅𝗎𝗂𝖽𝖺 › 𝖺𝖻𝗈
❝𝐋ee Félix é um ômega solitário que luta para sobreviver a cada inverno em sua alcatéia, trabalhando arduamente na confeitaria de Seo Changbin para poder bancar a família e sobreviver. Ansiosamente, ele espera para co...
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HYUNJIN SENTIU que o dia estava ruim ao abrir os olhos, sentindo seu alfa chorar silenciosamente dentro de si. Seu corpo parecia pesado e não era porque tinha acabado de acordar, algo ao redor o incomodava intensamente.
Se levantou a contragosto, irritado pela falta de sono e olhou para o despertador. Eram quase meio-dia e meio e seu corpo agia como se ainda fosse de madrugada. Se obrigou a caminhar até o banheiro, lavando o rosto e vendo olheiras que não estavam até ontem. A resposta para aquilo era simples: Lee Félix. O ômega permanecia em sua cabeça após o beijo, constantemente, lembrando-o do quão idiota foi ao deixar ele ir sem ao menos tentar impedir. Não ficaria surpreso se o garoto o odiasse. Entretanto Hyunjin não ia mentir, se sentiu muito feliz em receber a confissão, embora não esperasse-a naquele exato momento. Ele sorria bobo toda vez que se lembrava de ouvir daqueles lábios rosados o eu te amo. Seu coração disparava e ele queria dizer que também o amava, mas com vergonha e receio de ir até o ômega, guardava para si, enquanto esperava cruzar com ele em algum lugar. Uma ideia totalmente idiota e egoísta.
Após colocar um conjunto de moletom, caminhou até a porta, dando uma última olhada no quarto, vendo a caixinha embrulhada em cima da cômoda. Na caixa, havia um novo aparelho de som que comprou no dia anterior, antes de voltar para casa, para substituir o que estava quebrado na última gaveta do seu criado-mudo. Esperava que Félix gostasse, mas primeiro precisava entregar a ele. O que era a parte mais difícil.
Hwang desceu o lance de escadas, encontrando a mesa posta para o almoço e vendo seus pais sentados conversando.
— Bom dia... — resmungou ele por educação, percebendo a barriga roncar ao se sentar de frente para comida.
— Boa tarde. — corrigiu seu pai com uma sobrancelha arqueada. Mesmo que fosse domingo, era estranho o filho acordar a aquela hora.
— Uh? Ah é... — disse, notando o erro.
— O que houve para acordar tão tarde? — perguntou Sukja preocupada, olhando carinhosamente para o filho.
— Ér... problemas, mas não se preocupe... — desconversou Hyunjin, sabendo que a mãe era tão curiosa, quanto era preocupada com o único filho.
— Você está mesmo pedindo que eu não me preocupe com o meu próprio e único filho? — comentou irônica, arrancando um olhar divertido do pai para o filho.
— Você devia aprender a escolher melhor as palavras. — aconselhou Soohyun, sorrindo enviesado, arrancando um suspiro de Hyunjin. — Você não deve dizer a uma mãe para não se preocupar, ainda mais com olheiras tão evidentes...
