𝖢𝗈𝗇𝖼𝗅𝗎𝗂𝖽𝖺 › 𝖺𝖻𝗈
❝𝐋ee Félix é um ômega solitário que luta para sobreviver a cada inverno em sua alcatéia, trabalhando arduamente na confeitaria de Seo Changbin para poder bancar a família e sobreviver. Ansiosamente, ele espera para co...
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FÉLIX SE encontrava receoso antes mesmo de entrar na casa. Uma garoa ainda caia e seu corpo e de Hyunjin estavam, superficialmente, molhados. Colocou a mão no trinco, observando-a tremer enquanto fazia o esforço de abri-la e se perguntou o porquê do nervosismo. Hwang, notando a respiração entrecortada do menor, abraçou-o por trás, apoiando o queixo no ombro dele e beijando seu pescoço.
— O que foi, amor? — questionou o mais velho preocupado. — Por que está com medo?
Maldita marca, pensou o ômega, logo se arrependendo e a abençoando milhões de vezes. Mordeu os lábios, refletindo sobre o momento e percebeu que não sabia. Não sabia do que tinha medo.
— Eu não sei... — sussurrou quase inaudível. Virou-se e selou os lábios do alfa, pegando-o de surpresa. — Você vai entrar comigo?
— Se você quiser... — disse Hyunjin, escorregando sua mão até a do menor e apertando-a, passando alguma espécie de coragem silenciosa.
— Eu quero... — atropelou Félix rapidamente e ficou envergonhado ao ver um sorriso brotar no rosto do mais velho. — Eu gosto de como você me faz sentir seguro...
Hyunjin abraçou seu corpo pequeno, passando todo o conforto que conseguia. Beijando sua testa e se afastando em seguida.
— Isso é porque eu sou o seu alfa e o amo demais... — sussurrou contra o seu ouvido. — É só a sua família, você não precisa ficar assim. Vou proteger você de qualquer coisa, sempre...
Segurando o choro, o ômega assentiu e abriu a porta da frente, arrastando o maior junto para dentro. Antes de irem para lá, pararam na confeitaria de Changbin onde o ômega mais velho se acabou de chorar, sufocando Félix num abraço e dizendo ameaças para Hwang. Tomaram café da manhã na presença do confeiteiro e depois seguiram para a casa do Lee.
Ao entrarem na sala, a primeira coisa que notaram eram os móveis destruídos. Tamanha era a surpresa que nem repararam na alfa bebada largada no sofá. Félix correu ao encontro da irmã, se perguntando onde estavam os mais novos e a levantou.
— Jiyoung? Acorde! — chacoalhou ela, mas a alfa parecia estar numa espécie de letargia. — Jiyoung! — gritou, fazendo ela abrir os olhos.
A mais velha abria e fechava os olhos, sua inconsciência ganhando numa briga interna. Ela tentava olhar, mas via apenas um rosto embaçado muito parecido com o do irmão. O do falecido irmão, pensava ela.
— Ah, Lixie, eu já sinto sua falta... — murmurou acariciando o rosto delicado a sua frente. — É tudo culpa minha...
— Eu estou aqui, Jiyoung... — sorriu para ela, mesmo que a alfa não pudesse enxergar. — A culpa não é sua, não é de ninguém...