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Savannah segurou o bebê-conforto com um pouco mais de força do que devia, enquanto esperava o elevador subir.

A essa hora, a garotinha já devia ter morrido e Klaus devia estar massacrando todas a bruxas que existem na cidade. Ela garantiu que não fosse seguida, ou vista saindo da cidade e agora, ela precisava dar um jeito de mandar o bebê para um lugar seguro.

A bruxa estava exausta. A unica hora em que ela parou, foi pra comprar algumas coisas para a criança. Conhecendo bem a história dos originais, ela não poderia se dar ao luxo de descansar, já que logo ela começaria ser caçada. Se já não estivesse.

O elevador finalmente parou no andar certo e ela andou rapidamente até a porta e bateu nela freneticamente. - Já vou droga! Espera! - O homem gritou do outro lado, enquanto abria a porta. - O que foi? - Ele perguntou zangado e Savannah removeu o lenço e óculos. - Savannah? - Ian a reconheceu imediatamente. - O que você ta fazendo? - Ela entrou de vez no apartamento e deixou o bebe o chão, preso ao bebe-conforto. - Preciso de ajuda. - Ela pediu sabendo que podia confiar no vampiro.

"O que ouve?" Ele perguntou percebendo a tensão da bruxa. "Os ancestrais pediram o sacrificio do bebe Mikaelson." Ela contou e o viu arregalar os olhos e observar a criança dormindo. "Mas havia outra criança e eu não queria ter que participar, mas não tinha escolha. Mas sobre isso eu tenho e escolhi salvar essa criança." A bruxa explicou e o vampiro ficou furioso pelas bruxas. A conduta questionável do clã de Savannah, foi o que fez ele se afastar da bruxa e agora ela voltou a procurá-lo.

O vampiro suspirou derrotado e então cruzou os braços. "O que você precisa?"

Leah se sentou na beira do lago e ficou observando a paisagem. Já era a noite e ela não queira voltar para casa ainda.

Renesmee Cullen finalmente nasceu e os lobos atacaram. Ela e Seth defenderam o bebê junto aos Frios, mas o que salvou a criança, foi Jacob ter tido um imprint por ela. Isso aliviou um pouco a dor que ele sentia pela morte da Bella, mesmo que ela não tenha desaparecido completamente.

A loba decidiu se afastar da reserva por um tempo, após a batalha. Depois de observar toda a gestação de Bella, ela começou a perceber algumas coisas em si mesma. Como por exemplo, que seu ciclo menstrual havia parado.

Ela não poderia ir a um médico de verdade, e nem morta iria ao Cullen, apesar de serem aliados temporariamente. Ela conversou com sua mãe e a mulher teve a mesma teoria que ela.

Era muito provável que Leah não pudesse ter filhos.

Isso pesou na garota, já que ela ja havia sonhado em criar uma familia um dia. Apesar desse sonho ser com o homem que a traiu e que agora ela odiava. Mas ela ainda tinha esperança de encontrar outra pessoa e superar isso, assim como ela vivia dizendo a Jacob. Agora mesmo se ela encontrar outro alguem, ela nunca poderia ter sua familia e tudo isso por conta da magia estúpida, por causa dos Frios.

Leah finalmente se permitiu chorar de tristeza e odio de tudo o que ouve em sua vida. Ela queria entender porquê o universo decidiu que ela deveria ser infeliz, mas dar a todos ao seu redor o final feliz de conto de fadas.

Quando a loba finalmente se acalmou, ela ficou deitada no chão olhando para o céu e pensando no que deveria fazer. A garota passou longos minutos assim, ate um cheiro estranho atingir seu nariz, seguido do som de passos.

Ela se levantou rapidamente e analisou a área. O som da pessoa se aproximava rapidamente, mas não tinha o cuidado de se esconder. Ela esperou em alerta e um homem desconhecido apareceu segurando um bebê.

Ela não sabia o porquê, mas imediatamente ficou alerta com ele. Como se ele fosse perigoso e despertasse seu instinto predador. Apesar de parecer, ela não tinha certeza se ele era humano. Seu cheiro era estranho, mas ele não se parecia e nem cheirava como um vampiro.

- Ainda bem que achei alguem. - Ele disse e ela ficou atenta. - Quem é você? - A loba perguntou tentando não ser hostil. - Não importa. - Ele disse e se sentou no chão e ajeitou o bebe nos braços. - O que vou dizer vai parecer loucura, mas eu sou um vampiro. - Ele contou e ela ficou surpresa. Não por ele ser um deles, mas por não se parecer com um.

- Fui mordido por um lobisomem no caminho e estou morrendo agora. - A loba o analisou mais uma vez e notou como ele respirava forte, o suor escorrendo, como se estivesse com febre e a pele pálida. Mas o último ela não sabia se era normal ou não.

Ela também notou pela primeira vez a marca de mordida em sua perna. A ferida estava visível e haviam veias negras se espalhavam por toda area, subindo ate ela não poder mais velas por conta da calça. - Você não aparece um Frio. - Ela disse ainda hesitante e ele sorriu levemente. - Então você sabe. - Nao foi uma pergunta. - Sou de outra espécie, digamos. Eu prometi levar essa criança ate um lugar seguro. Ia levá-la ate um orfanato em Forks, conheço alguem la que vai saber lidar com ela, mas não posso ir para a cidade assim e não tenho mais muito tempo de vida. - Ele explicou sua situação e ela já percebeu o que o homem queria.

- Por favor, sei que é pedir muito, mas eu preciso que você faça isso por mim. Leve ela para um lugar seguro, pode ate ficar com ela se quiser, mas não posso deixá-la morrer comigo. - Ele pediu e Leah não conseguia negar. Era um pedido absurdo, mas que tipo de monstro o negaria. Ela se aproximou hesitante e pegou o bebe dos braços do vampiro que a entregou prontamente com a bolsa.

Leah observou a garotinha enrolada nos cobertores e percebeu como ela era pequena e frágil. - Qual o nome dela? - Ela perguntou, mas o vampiro deu de ombros. - A mãe não a batizou. Ela é recem nascida ainda, tem apenas 3 dias. Mas ela é especial, se você me entende - Ele disse e Leah sentiu pena da garota. - Tudo bem eu faço isso. - Ela concordou com o vampiro que se levantava.

Ela observou desconfiada e não tinha certeza se deveria deixá-lo sozinho por ai. E se ele atacasse alguem. Mas antes que ela pudesse pensar em algo, o vampiro quebrou um galho da arvore e o enfiou no peito. Leah gritou assustada com a ação dele e então viu o corpo cair no chão e começar a ficar cinza, como se tivesse anos de decomposição e não segundos.

Respirando fundo, ela saiu de la segurando o bebê firme em seus braços. A certo momento da caminhada o bebê acordou e começou a resmungar. Ela procurou na bolsa e encontrou uma mamadeira pela metade. Pelo cheiro ainda estava bom, então ela se sentou em um tronco caído e começou a da o leite a criança.

O que ela estava fazendo despertou todos os sentimentos que ela vinha sentindo. Ela nunca poderia ter um bebê seu. Nunca seria mãe.

A garotinha parou de mama e olhou para a loba com seus olhos azuis brilhantes. Leah a fitou novamente notando a beleza inocente da criança e então a garotinha sorriu para ela.

Leah sentiu as lágrimas encherem seus olhos, mas não as deixou cair. Leve ela para um lugar seguro, pode até ficar com ela se quiser. A loba se lembrou das palavras do homem e observando a garotinha em seus braços tomou a maior decisão de sua vida.

Ela iria cuidar dela.

A chama perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora