Marcas da promessa

Doce Sonho e a Nossa Realidade

Definitivamente, não existia uma parte de Christopher que não tivesse um dedinho de Seungmin. Engraçado seria se pudesse começar a dizer quando Chan conheceu o Kim.. Afinal, desde que se entendia por gente, Seungmin estava lá. Cresceram juntos e eles se completavam, apesar de tantas diferenças. Ou, daqueles em que Jungha parecia amar mais Chan do que o próprio filho e Yeji parecia amar mais Seungmin. Seungmin definitivamente é o maior presente da vida dos pais.

Aos dezenove anos, Jungha e Yeji engravidaram por poucos meses de diferença. Jungha namorava DongWook na época, e ambos planejavam ter um filho cedo para poderem dar a ele todo amor possível na juventude. Já Yeji, provou do que muitos gostariam de ter se envolvido. Hyubin era um empresário metido a gostosão, que se aproveitava de sua beleza física e ingenuidade de adolescentes para relacionamentos mais complexos do que um simples contato entre professor e aluna deveria ter. Tudo corria bem, até a palavra "gravidez" chegar aos ouvidos do homem mais velho. Para felicidade de Yeji, às vezes pessoas se tornam tão especiais que podem lhe oferecer outra perspectiva de vida.

Era cultural da Coreia, e no mundo inteiro em geral, levar a sério todas promessas. A final, elas formavam pequenas marcas, porém reconhecíveis a olho nu, que significavam se elas estavam sendo cumpridas ou não. Algo simples ou complexo, não importava. A marca da promessa simplesmente estaria lá e lhe lembraria de sua existência pelo resto da vida.

2004

Era somente mais um dia normal, estritamente comum. Onde, por volta do fim da tarde, mães e pais se juntavam nos parques públicos afim de cansarem seus pequenos filhos. Jungha e Yeji conversavam alegremente, colocando os assuntos em dia. O dia estava radiante, o pôr do sol deixava o céu digno de uma pintura à aquarela. Os tons entre rosa, laranja e amarelo deixavam a todos maravilhados.

Por outro lado, do lado de inúmeras árvores e flores bonitas, lá estava Kim Seungmin e Bang Chan. Fazia menos de cinco minutos que haviam brigado por um brinquedo em comum, ambos queriam brincar com um Darth Vader que Chany possuía. E o mais novo, fascinado por Star Wars do jeito que era, tinha uma afeição enorme pelo boneco, deixando poucas pessoas brincar com ele, ou seja, somente sua mãe e Seungminnie estavam permitidos. Já Seungmin, com espírito extremamente empático, viu uma criança brincando sozinha e rapidamente ofereceu o brinquedo para brincarem os três.

Chris, definitivamente não gostou. Baixou a guarda somente quando Seungmin fez a carinha de cachorro abandonado que aprendeu vendo "Up! Altas aventuras"

—— Ya! Chany, mamãe disse que não é pra deixar ninguém sozinho. Tem que dividir com todo mundo! - Dando ênfase em suas últimas palavras, e com uma carinha emburrada, Seungmin dizia apontando o dedinho gordinho para Chan. Este, que só escutava.

Chris, ainda meio contrariado, sentiu seu coração apertar ao ver a expressão emburrada de Seungmin. Mesmo que estivesse levemente incomodado com a ideia de compartilhar o tão amado boneco do Darth Vader, ele não podia resistir à carinha de cachorro abandonado que Seungmin fazia.

—— Tudo bem, ele pode ficar com o Darth Vader. Mas só porque é você, Seungminnie hyung.. Ele nem ao menos sabe que o Darth Vader é pai do Luke! Como eu poderia deixar ele brincar? . - Ele resmungou, forçando um bico em resposta à carinha pidona de Seungmin, claramente indignado por encontrar um carinha avulso dos assuntos que condizem à Star Wars. Ao liberar o brinquedo, Chan percebeu que, de alguma forma, estava se divertindo mais ao ver Seungmin brincando com ele próprio do que com o outro amiguinho. Apesar de gostar de como ele ria abobalhado com os cabelos da franja mexendo pelo vento forte.

Seungmin, notando que Chan cedeu, soltou um sorriso radiante, abraçando o Darth Vader com entusiasmo. A tensão entre eles se dissipou, substituída por risadas e brincadeiras compartilhadas. O parque continuou a ser um cenário de alegria, enquanto as mães observavam a cena, satisfeitas com a amizade bonita que os filhos claramente tinham.