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Alane

Acordei com dor de cabeça,  em um quarto escuro. Tateei o ambiente e pude saber que estava em uma cama. Observei que havia um abajur ao lado da cama, e então o liguei. Quando sua fraca luz em tom amarelado se espalhou pelo ambiente, notei que havia uma sombra feminina...

-É assustador, sabia? - minha voz sonolenta soou. - acordar com você no escuro de um quarto que nunca vi na vida.

Pude ouvir um copo bater sobre a superfície de uma mesa, aparentemente ela bebia algo.

-Tem medo de mim? - Ela questionou e pude ouvir a seriedade e rouquidão em sua voz.

-É... acho que sim. - Eu disse sincera.

-Tem um comprimido ao lado do abajur, com um copo de água. Beba. - ela me guiou, ainda mesmo que não pudesse olha-la tão bem.

-Para que serve isso? - Questionei quanto ao remédio.

-Dor de cabeça, Alane... - ela disse óbvia.
-Não vou envenenar você.

-Tem motivos.

-Confesso que existe milhares formas divertidas e espetaculares para fazer isso. - ela caminhou até mim e pude notar sua expressão séria de sempre. - se eu fosse matar você, não perderia a oportunidade de torna essa ação mais legal.

Seu silêncio retornou, e eu sentei-me sobre a cama. Analisando agora ela pegar o comprimido e aproxima-lo de mim. Sua voz rouca sussurrou para que eu abrisse a boca e em questão de segundos o comprimido estava lá.

-Agora tome água, e cala a boca.

Fiz oque ela pediu sob o seu olhar controlador e intimidando. Fernanda me analisou por alguns segundos e depois coloquei o copo sobre a superfície nos encaramos por algum tempo.

Observei sua aparência e agora ela vestia um moletom vermelho, seu rosto agora não possuía maquiagem. Seus lábios rosados eram hipnotizantes, e o coque frouxo combinava com seu estilo casual.

(...)

-Esta com fome? - assenti ainda em silêncio. - vem...

Pude notar que estávamos em um lugar enorme. Assim que a porta atrás de nós se fechou percebi o enorme corredor com cerca de 4 portas do mesmo estilo.
Fernanda me pediu para me fazer silêncio e logo descemos a enorme escada...

Era uma casa enorme, com cores forte intercalando entre cinza claro, cinza escuro e preto. Aquelas cores e detalhes super arquitetados encaixavam perfeitamente na personalidade de Fernanda interpretada por mim.

-Onde estamos? - questionei confusa e ela revirei os olhos enquanto caminhava em passos lentos ao meu lado.

-Na minha casa em Minnesota. - ela disse enquanto puxava uma cadeira da bancada pra mim.

Assenti em silêncio e ela ficou em pé, na minha frente, do outro lado da bancada. Tirou do bolso um celular e o colocou próximo a mim.

-Pode escolher algo, ou podemos fazer alguma coisa. - ela disse séria, me olhando nos olhos. - sugiro que escolha a primeira opção se não souber cozinhar, mas se quiser eu preparo algo pra você.

Sorri de canto e ela retribuiu. Mas retornou a expressão séria em seguida.
Eu queria receber um sorriso seu, verdadeiro, mas seria impossível.

Enquanto eu escolhia algo, depois dela escolher obviamente. Pude sentir um cheiro diferente, e logo uma voz feminina soou atrás de mim.

-seu brinquedinho novo? - uma moça questionou desprezível.

Em silêncio eu estava, em silêncio permaneci. A cacheada passou por nós indo até a geladeira atrás de Fernanda, abrindo e tirando de lá uma garrafinha plástico de água.

Notei que parecia ser mais nova, seus olhos castanhos me encaravam com seriedade e sua expressão séria permanecia.

A mulher dos olhos castanhos sorriu, e pude ver seu olhar fixo na pulseira em meu pulso.

-Por que não a matou? Era só matar, Fernanda... um trabalho bem fácil. - notei que sua voz é expressões relembrava Fernada.

Observei Fernanda se erguer, se desapoiando da bancada com um sorriso fraco nos lábios.

-se quiser eu faço por você. - a cacheada fala.

A morena era mais alta que a irmã e isso facilitava sua dominância física sobre a outra. A vi segurar o pulso da irmã com força, e em seguida frases frias soaram com um timbre gélido.

-Uh... -pude ouvir seu sussurrou de deboche.

-Não ousem tocar um dedo nela... está ouvindo? - eu não conseguia observa a expressão da mais nova, por Fernanda estar na sua frente, mas seu silêncio era ensurdecedor.

O clima estava tenso, eu podia perceber.
Gostava de qua a psicopata que havia me trago e me poupado a vida, ainda tinha consciência para não deixar que me machucassem.

-Não vai questionar sobre minhas ações outra vez, vai beber a merda da sua água e sair daqui. - a morena a soltou. - o cheiro de bebida em você é nojento.

Assim a garota fez, mas antes de sair, sussurrou no meu ouvido enquanto encarava Fernanda nós olhos, a provocando.

-Seja lá oque você fez, agradeça... minha irmã não costuma ser gentil ao ponto de poupar vida inúteis como a sua.

Dessa vez uma voz masculina foi ouvida, quantas pessoas moravam ali?

-Pitel, cala a boca e vai pro quarto. - ele puxou o punho da mulher próxima a mim e assim que virei para olha-lós, notei em suas mãos alianças iguais. Provavelmente eram casados. - ela só bebeu um pouco de mais... não tem sido fácil, você sabe. - explicou a Fernanda que assentiu em silêncio.

Seus olhos intercalavam entre o castanho, eu não conseguia ver bem pela distância. Seus cabelos cacheados combinavam com ele...

-a mamãe vem no fim de semana. - ela sorriu forçado. - que ver o projeto de psicopata que causa orgulho nela... ou seja você.

Eles saíram em seguida e por fim estávamos a sós novamente. Fernanda me olhou como se pedisse desculpas pelas falas da irmã e eu assenti compreendendo.

(...)

Eu havia subido pra tomar banho e novamente vesti algo dela. Ela disse que comprariamos roupas no outro dia já que Colômbia estava muito longe pra que pedisse para trazer. Ela me esperou na sala e quando voltei as comidas estavam sobre a mesa ao centro... ela assistia algo na TV e sua expressão parecia mais calma. Comemos em silêncio e eu comecei a prestar atenção no que passava, já que era a única coisa a se fazer.

Fernanda apertou um botão em um pequeno controle em sua mão, e em segundo as luzes da sala se apagaram, ligando luzes mais fracas... tornando o ambiente favorável. As cortinas fecharam os grandes janelões, tapando a visão que se era possível ter.

Ricos tinham umas coisas estranhas...

Lá marfia • FerlaneOnde histórias criam vida. Descubra agora