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Pitel

Aquele início de noite foi difícil. Vi a preocupação no rosto de nossa mãe assim
que voltou pra casa, o cansaço emocional
em Buda e a inquietação em Alane.
A garota morena trazida da Colômbia que
sempre costumava estar paciente e focada
em algo ocupante, agora andava pela casa
observava qualquer coisa em busca de
algo que lhe interessasse para tirar o foco.

Fernanda

Era fim de tarde e eu tinha acabado de
chegar a Colômbia. Daniel me guiava
pelos corredores do bunker com cerca
de 7 homens fazendo minha segurança.
Por mais que eu ordenasse tudo ali,
imprevistos poderiam acontecer e minha
vida podia sim ser colocada em risco.
Adentrei uma sala parcialmente escura,
Daniel se afastou ficando próximo a
parede e cruzando os braços para trás,
em descanso. Os 5 homens ficaram ao seu lado enquanto 2 mantinham a segurança na porta fechada. Todos os 7 portavam armas de alto calibre, bem... eu estava segura
O silêncio era tremendo, tanto que eu podia ouvir a minha respiração. As luzes foram acesas e no fim da sala
notei Maycon acorrentado, as correntes
se prendiam na parede o mantendo de
braços abertos e ajoelhado no chão.

-Ainda tem fetiche em adolescentes? -
questionei provocativa e ele se manteve
sério. - Eu desenvolvi o fetiche de torturar
antes de matar. - comentei enquanto
escolhia um adereço torturante em uma
pequena bancada móvel a poucos metros do homem.

Virei de frente pra ele e senti o medo
nos seus olhos, suas mãos trêmulas e
acorrentadas me mostravam seu temor.

-Você é tão abominável quanto eu.. - ele
disse falho. - Tão abominável quanto seu papai querido....

Sorri involuntariamente me agachando
a sua altura. Ele me olhou nos olhos,esperando que eu falasse, e assim o fiz.

-Você armou a chacina da própria família
quando resolveu encostar seu corpo
imundo na minha irmã contra vontade
dela. - ele me olhava fraco, indefeso. -Você armou guerra quando veio atrás
da minha família, e por isso vou te fazer
sofrer como só eu posso. Afinal... sou filha do "papai querido". - ressaltei. Ele abaixou a cabeça, fechando os olhos depois que me afastei, peguei uma moeda dentro de uma bolsa de grife que eu carregava, me agachei outra vez. Segurei firme em seu maxilar, mantendo contatovisual.
-Vamos tirar na moeda... - eu disse
divertida e ele me olhou paciente. -
Se cair "cara" eu peço que drenem seu
sangue e te sufoco nele até a morte...e se, cair "coroa" eu te espanco até ficar fraco e te mato em seguida da forma que eu escolher.

-As duas formas te beneficiam. - ele disse óbvio e falho.

-É eu sei... mas gosto de me divertir com
elas. Ultimamente tenho caído no costume e é entediante...

Daniel

A moeda foi jogada e Fernada olhou
sorridente quando Maycon notou a
posição da maldita moeda e a encarou
nervoso.

Fernanda

Maycon estava morto, dentro de um saco jogado ou enterrado em qualquer
lugar do mundo. Espancado brutalmente por mim, e morto com um tiro em seu rosto depois de tanto sofrimento.Seus gritos de dor ainda rondavam minha memória, seu choro ainda me relembrava a sensação de estar naquela sala. E o alívio me deixava bem... o alívio de saber que agora Pitel tinha um dos maiores pesos em suas contas vingado.

Meu corpo sujo de sangue demostrava a atrocidade que eu tinha feito. O chuveiro em água fria foi ligado e eu fechei os olhos deixando a água percorrer meu corpo e levar com ela o vermelho sangue e o cheiro ferroso do líquido.

Deslizei pela minha própria pele uma
quantidade necessária de sabonete
líquido de um cheiro atípico e doce.
Retirando de mim todas as impurezas e
marcas sanguíneas insistentes...

Depois de um tempo, mãos femininas
tocaram minha cintura, um corpo nu se
colou ao meu enquanto me abraçava por trás. Senti seu cheiro marcante e suas delicadas mãos passarem pelas curvas do meu corpo.

-Se sente melhor? - uma voz delicada soou como um calmante.

Respirei fundo e senti seus lábios
beijarem meu pescoço com cautela.

Virei-me de frente para Brunet, e quando olhei em seus olhos não encontrei o castanho que esperava. Sua feição não era a mesma, seu toque não era igual e sua pele não me fazia arrepiar. Não era ela. Aquela calmaria ao sentir sua chegada havia passado, e agora eu só sentia,inquietação é culpa.
Me afastei
Ela não tinha aquele olhar doce, a fala
gentil ou o jeito atencioso e encantador.

-O que foi? - ela me questionou paciente.

-Não quero. - ela assentiu em silêncio, se aproximou lentamente e voltamos a
antiga posição.

-Estou a sua disposição, queira me carnalmente ou não... podemos beber
um vinho ou só ficar aqui em silêncio.
Ok? - ela disse atenciosa e eu assenti em
silêncio.

Eu queria, só não conseguia... não era
Alane ali. E por mais que eu tentasse
negar, a alguns dias involuntariamente
ela já vinha me controlando.
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Oii povo, vocês querem q eu solte mais 1 cap hj?

Se tiver algum erro q não vi mil perdões 🙏

[Revisado✅️]

Lá marfia • FerlaneOnde histórias criam vida. Descubra agora