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Fernanda

Quando o filme acabou, desliguei a TV e ascendi as luzes fortes outra vez. Seu olhar se direcionou a mim, e pude ver seu semblante sonolento.

De alguma forma, meus moletons ficavam bem nela.

O olhar da maior se direcionou em fotos sobre a parede lateral. E ao avistar meus dos filhos, sua expressão confusa surgi.

 E ao avistar meus dos filhos, sua expressão confusa surgi

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-São meus filhos. - eu disse atraindo sua atenção. - não os viu pois eles já estão na cama.

-São lindos... - ela comentou com um sorriso e eu assenti em silêncio. - Mas não se parecem com você.

-Educada forma pra me chamar de feia. - comentei levantando-me e sentando ao seu lado.

-Você não é feia. - ela disse com um sorriso sincero e espontâneo. - pra falar a verdade eu te acho linda... - ela disse leve, me encarando.

Pude notar seu que seu olhar se perdeu no meu, sua expressão paciente demonstra estar confortável ao meu lado pela primeira vez desde que nos conhecemos.
Alane não costumava me olhar assim, sempre eu podia notar um resquício de medo, mas agora não, não mais.

-Desculpa... eu só..- ela desviou o olhar eu sorri de canto.

-Está tudo bem, não precisa ficar nervosa.

-Você tem filhos e... deve ser casada. - ela disse e percebeu em seguida o que tinha falado, notei seu rosto corar. - Droga! - se auto repreendeu levando a mão ao rosto, escondendo de mim sua expressão vergonhosa.

-Está interessada? - Questionei brincando, provocando ainda mais sua timidez e vergonha.

-Não, eu sou hetero ok? - ela se explicou voltando a olhar pra mim. - sempre gostei de homens.

-Muita explicação... coisa típica de sapatão encubada. - comentei pegando whisky em uma prateleira no fim da sala e despejando uma certa quantidade em um copo. - e se perdeu me olhando, isso não pode negar.

A ofereci uma dose da bebida, mas ela negou, disse que não bebia.

-Você e casada? - perguntou outra vez, parecia mesmo querer saber a reposta.

Sentei ao seu lado novamente e ela revirei os olhos ao perceber minha implicância com sua pergunta.

-Não, não sou. - disse antes de levar o líquido a boca.

Eu não queria falar sobre meu passado ou relembrar Giovanna, não costumava ser um bom assunto ao meu ver.

A encarei por alguns minutos e assisti suas bochechas ficarem vermelhas, um risinho fraco surgir em seus lábios e seu olhar doce sobre mim desviar as vezes.

-Me fala um pouco de você... - pediu aparentemente curiosa, e no fundo tentando mudar de assunto.

-Eu não deveria.

-por que? Eu estou praticamente presa a você, o que eu poderia fazer?

Alane não tinha oque fazer contra mim, mas sua imagem sobre mim mudaria se fôssemos mais a fundo nesse assunto.
Então resolvi dizer o básico...

-Tenho 32 anos, dois filhos e controlo empresas legais e a maior máfia da América Latina desde os 21 anos.

-E eu com 25 surtando pra exercer minha profissão... - ela revirou os olhos se acomodando no sofá.

-Depois me amostra suas técnicas de bailarina - sorri de canto e ela concordou.

Ela prendeu seus longos cabelos pretos em um rabo de cavalo e eu observei a cena.

Meu celular tocou e sem hesitar o atendi estando ao seu lado. Falei o que tinha de falar na sua frente, não por confiar nela, mas por saber que ela se tornava indefesa e inferior quando se referia aos meus negócios.

Olhei no relógio e se marcava 00:06

-Então faça com ele o que eu faria se estivesse aí. - ordenei a Pizanne.

Nizam havia sido encontrado. E o prazo acabava exatamente as 00:00, ele não tinha o dinheiro e como esperado e confirmado em alto e bom tom por ele, Alane era apenas sua distração.

Uma vida que seria entregue a mim de graça, sem objetivo final, apenas para morrer sem motivos enquanto um idiota e devedor fugia.

Ordenei que o matasse. Eu o faria, mas estava longe o suficiente para ter esse prazer. Por mais que eu não conhecesse tão bem a mulher ao meu lado... ela não merecia ser morta e enterrada em uma vala funda no meio do mato em um lugar deserto.

O celular foi passado para Nizam e pude ouvir seu timbre nervoso me pedir perdão, dizendo que agora sim faria tudo corretamente. Era uma pena...

Desliguei o celular e Alane me olhava atenciosa.

-Tudo bem? - questionei e ela assentiu em silêncio.

Sua mão esquerda repousou sobre a minha perna e eu deitei a cabeça sobre meu braço que se apoiava no sofá.
Eu a observava com paciência enquanto ela desviava o olhar.

-Está cansada... o que acha de ir pra cama? - questionei paciente e ela assentiu acariciando o local onde sua mão repousava.

Coloquei o copo sobre a mesa do centro e apaguei as luzes outra vez. Caminhamos em silêncio, o corredor onde se situava meu quarto, o quarto de Marcelo e Laura... E agora, Alane.

A deixei na porta e assim que ela abriu, Segurei seu punho tendo sua atenção.

-Fecha a porta, e se baterem, só abra se tiver certeza de que sou eu... - pedi paciente e séria.

Ela me olhou confusa

-Sua irmã... me machucaria?

-Pois é... - respirei fundo. - Pitel desafia os limites da minha sanidade, me leva a fazer coisas indescritíveis e encontrar formas novas e criativas pra poder me torturar.

Ela assentiu e sussurrou dizendo que trancaram.

-Não quero assustar você, so quero garantir que esteja bem e que pessoas como eu não ousem tocar em você com maldade.

Virei as costas e soltei seu punho, dando indícios de que sairia. Alane puxou meu braço e esquivando-se pela porta veio até fora outra vez.

Senti seus lábios tocaram minha bocheca com lentidão em um beijo demorado sua respiração lenta ir contra minha pele.

Pela primeira vez em anos me permiti fecha os olhos e sentir uma sensação de carinho.

-Boa noite... - sussurrei segurando sua mão que ainda me prendia pelo braço.

Ela sorri fraco me deixando parada enquanto a analisava entrar e fechar a porta...
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Oii povo

Último de hj, demorei mt pra escrever.

Bjs soso🤍...

Lá marfia • FerlaneOnde histórias criam vida. Descubra agora