Witch Dynasty

Nocedis: Terceiro Ato X

Nocedis: Terceiro Ato X
Terceiro Ato X: A Verdadeira Coroa

A sala do conselho de Ankolleon era um salão imponente, com paredes de pedra adornadas por tapeçarias intricadas que contavam histórias de antigas batalhas e conquistas. Uma mesa longa escura dominava o centro da sala, cercada por cadeiras ornamentadas. Luzes mágicas flutuavam suavemente acima, lançando um brilho suave sobre os rostos dos conselheiros reunidos.

Presentes no conselho

Durzat:A bruxa anciã, seus olhos sábios e cheios de conhecimento, sentada à cabeceira da mesa. Ela trajava um manto de seda escura, bordado com símbolos arcanos.

Uramidi: A criada, com uma expressão preocupada e atenta, vestida modestamente, mas com uma dignidade inconfundível.

Mulufautai: O líder dos Zoyki, uma figura robusta e pequenina , em trajes tribais adornados com penas e joias de osso.

Khadezo: Líder dos Noewu, com olhos penetrantes e trajes de couro, refletindo a cultura de sua tribo.

Muragog: Líder dos Kubur, uma mulher imponente com uma armadura de escamas metálicas, seus olhos demonstrando força e compaixão.

Voyd: Filho de Tanith, com uma expressão de profunda preocupação e amor por sua mãe.

Gadir: Marido de Tanith, visivelmente tenso e preocupado, lutando com seus próprios demônios pessoais.

Tahold: Estrategista militar, com uma postura rígida e observadora.

Tanith, a rainha obstinada e poderosa, estava sentada em uma cadeira elevada no centro da mesa. Sua presença, normalmente imponente, estava visivelmente abatida. Seu traje era extravagantemente belo – um vestido de seda carmesim com bordados dourados que ressaltavam sua figura, mas seu rosto mostrava sinais de cansaço e desgaste. Seus olhos, que outrora brilhavam com determinação, agora estavam opacos e inchados pelo cansaço.

Durzat foi a primeira a falar, sua voz ecoando na sala com autoridade e sabedoria.

- Reunimo-nos hoje para discutir o estado de nossa rainha e o impacto de sua condição atual em suas decisões.

Voyd, com uma expressão de profunda preocupação, acrescentou

- Mãe, estamos todos preocupados com você. A gravidez está deixando você cada vez mais fraca. Precisamos considerar adiar o prazo que você deu ao Rei de Galadhri, Kyogakh, e aceitar uma conversa diplomática.

- Tanith, não podemos ignorar sua saúde. Você não está em condições de liderar uma guerra. Adiar o conflito e buscar diplomacia é o caminho mais sensato.— Disse Gadir.-

Tanith levantou-se lentamente, sua postura demonstrando o esforço que fazia para manter-se firme. Seus olhos, embora cansados, ainda brilhavam com a determinação que a caracterizava. Ela começou a caminhar pela sala, uma mão alisando a barriga inchada, sentindo o peso da vida que carregava. Cada passo era um esforço monumental, sua respiração pesada traindo o desgaste físico e emocional que sofria.

- Vocês pedem que eu quebre minhas próprias ameaças? Que eu mostre fraqueza ao inimigo? — Sua voz, antes firme, começou a tremer. Os conselheiros permaneceram em silêncio, sentindo o peso das palavras de Tanith e a frustração que ela não conseguia mais esconder.

Tanith apertou os punhos, tentando controlar as lágrimas que ameaçavam cair.

- Eu sempre fui forte, obstinada, e agora... agora estou assim, frágil e impotente.— Ela passou a mão pela barriga mais uma vez, sentindo a vida dentro de si e sentindo-se dividida entre o amor pelo filho que esperava e a raiva pela sua própria vulnerabilidade.- É insuportável... não posso simplesmente ir contra minhas palavras agora.