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1 semanada depois

[Nome] levantou um pouco tarde, eram umas 12:34 quando ela estava arrumando o cabelo para sair.

– Vai onde? – Perguntou Takemichi.

– Ver o Baji. Era pra eu ter ido no aniversário dele, mas acordei de madrugada e depois dormi até o outro dia.

– Quer que eu te leve? Tá tudo bem?

– Tô bem, eu vou a pé mesmo. É aqui perto e eu vou escutando umas músicas. E vou passar em outros lugares antes de ir.

– Tá bom.

E assim ela fez. Saiu do seu quarto e foi em direção ao elevador, desceu até o térreo e saiu pela portaria. Respirou fundo e checou se não havia esquecido nada. Olhou para as duas fitas em sua mão e lembrou que uma delas era do Chifuyu. Pensou em voltar e deixar no apartamento dele. Depois, pensou em ir e deixar na volta. Se virou e entrou no condomínio novamente. Dessa vez foi até o bloco do Chifuyu, ficou parada em frente ao apartamento e tocou a campainha. Para surpresa de [Nome], ninguém atendeu. Então pegou um papel dentro de sua bolsa e escreveu o seguinte bilhete:

Me desculpa qualquer coisa. Escuta e
me fala o que achou, se quiser. Te amo.

Fazia uma semana que ela não conversava com o Mitsuya, e mais alguns dias sem ver o Chifuyu. [Nome] nunca se sentiu tão triste, não por uma semana. 

[Nome] passou numa lojinha que costumava comprar umas coisas desnecessária, olhou e lembrou dos momentos dela com seus dois melhores amigos. Pensou no Mitsuya e percebeu que nunca foi naquele lugar com ele. Depois ela foi a uma loja de flores, comprou algumas margaridas, suas favoritas, e incensos para deixar no túmulo do Baji. A vista de todos, ela só estava aproveitando a viagem para passar nos lugares, mas ela estava desviando completamente o caminho enquanto criava coragem para ir ver o seu amigo.
Quando ela olhou as horas, já eram 15:45, então foi ao cemitério. Ela chegou no lá, respirou fundo e entrou. Procurou os túmulos da família Baji, não demorou muito até encontrar. [Nome] se ajoelhou, fez uma breve oração, acendeu uns incensos, procurou um lugar para deixar as flores, por incrível que pareça havia muitas flores – pensou – e logo começou a "conversar" com Baji.

– Oi Baji. Como você está? Eu tô tentando suportar tudo isso que está acontecendo. –  Começou a chorar, porém não muito. –  Eu queria ter te visitado semana passada, no seu aniversário, mas não consegui. Olha, trouxe essas velas. – [Nome] sorriu fraco, então colocou as velas com os números 1 e 5 no túmulo. – "Parabéns pra você, nesta data querida. Muitas felicidades... muitos anos de vida." Eu não queria chorar, estou me segurando ao máximo. Gravei essa música pra você, vou deixar aqui um pouco escondida, não quero que outras pessoas escutem. Pensei que aqui estaria mais bagunçado, sua mãe não veio aqui, né? Acho que não, ela se mudou no dia do seu velório. Ela deixou algumas coisas suas pra mim, mas quero abrir com o Fuyu. Falar nele, acho que ele me odeia. Ele sumiu tem um tempo. Bom, acho que vai chover, então eu já vou. Te amo, Baji.

Então ela se levantou e ficou parada por um tempo, até que resolveu ir embora.

– Tem muito tempo que você está aí?

– Não muito. – Mitsuya respondeu, estava com algumas flores em suas mãos.

– São pro Baji?

– São, mas acho que ele não precisa das minhas. Mas, de qualquer forma, vou deixar elas aqui.

[Nome] sorriu.

– Caramba, como eu senti falta desse seu sorriso. – Ele a abraçou.

– Você quem cuidou de tudo aqui?

– Sim, eu venho sempre que posso. Quer companhia pra voltar pra casa?

– Sim, por favor.

Eles saíram do cemitério, Mitsuya deu a ideia de andar pelo bairro um pouco, fazia um tempo que eles não se viam, [Nome] concordou, e eles andaram mais do que o esperado. No finalzinho da tarde começou a chuviscar.

– Acho melhor nós corrermos – sugeriu Mitsuya, pegando em sua mão – [Nome]? – Ela estava parada, olhando suas mãos dadas.

Ela olhou pro céu e olhou para o Mitsuya, começou a chover um pouco mais forte.

– Faz tempo que eu não fico na chuva. – Então ela sorriu e começou a aproveitar aqueles pingos de chuva.

Mitsuya pode sentir todo amor por [Nome] surgindo e ela parecia brilhar enquanto girava na chuva. Então ele a puxou para uma dança. Ela parecia estar gostando porque ela não parou. Ele a girou, ela riu. Até pararem a dança cara a cara. Estavam ofegantes, mas felizes.

– Sinto que alguém vai nos atrapalhar e eu preciso fazer isso.

– Fazer o quê? – rindo perguntou confusa.

– Isso – com as mãos em sua cintura, Mitsuya a puxou para um beijo na chuva. Um beijo considerado bem clichê por muitos. Ele não sabia qual seria a reação de [Nome] depois de tudo, mas ela não se separou dele.

Quando eles se separam, ela o olhou e sorriu. Aquele foi o sorriso que respondeu as dúvidas do Mitsuya se [Nome] realmente gostava dele. Eles foram correndo até um gazebo que havia ali perto.

– Eu te daria minha blusa, mas ela está enxarcada. – Riu.

– Tá tudo bem. Foi divertido. Acho que foi a melhor parte do meu dia.

– Meninos? Querem carona pra casa?

– Sim, mãe. Por favor.

– Essas horas e vocês na rua. O que houve?

– Fui ver o Baji e encontrei o Mitsuya lá. Ele ia me acompanhar até em casa, mas começou a chover.

– Ah sim. Mitsuya, quer que eu te deixe na sua casa ou você quer passar lá em casa?

– Ele vai lá pra casa, mãe.

Mitsuya a olhou com uma cara confusa, mas sorriu logo em seguida.
Chegando lá, eles entraram no apartamento e [Nome] disse que queria mostrar a música que compôs para o Mitsuya e assim fez.

– Eu quero matar o Kisaki.

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⏰ Última atualização: Jul 16 ⏰

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