Oscar On
Ela estava tão linda, vestindo um vestido azul com pedras brilhantes, cachinhos finalizados e um mini salto nos pés. Aquela noite tinha tudo para dar certo, se não fosse por um maldito profeta. Naquela noite, eu perdi uma das pessoas mais preciosas da minha vida, a única que entendia como eu me sentia.
Chegar à residência Martinez e ver todos aqueles paramédicos pela primeira vez me deixou enjoado ao ver todo aquele sangue, pois eu sabia de onde estava vindo. Cesar me abraçou por trás, implorando desculpas e dizendo que não conseguiu salvá-la. Apenas o abracei, vendo Monse fazer o mesmo. A senhora Martinez chorava desesperadamente.
Foi aí que vi o corpo da minha amada jogado de bruços no chão, seu vestido todo ensanguentado, seu corpo ainda quente, seus olhos fechados, parecendo que estava dormindo. Minha primeira reação foi correr até ela e chorar, mesmo com o protesto dos paramédicos. Abracei seu corpo já sem vida, ainda quente, com o cheiro de seu perfume. Cesar continuava a chorar desesperadamente, sabendo que perdeu uma pessoa que o criou como filho.
-Los siento mi amor,yo matarei todos- digo chorando e abraçando o corpo da minha amada, minha mente tendo flashbacks dos nossos momentos. Escutei sirenes da polícia.
- Oscar, precisamos ir - diz Cesar, ainda chorando. Com muito protesto, coloquei o corpo de Dayanara no chão com cuidado.
Ao voltar para casa, os Santos ainda estavam na frente da minha casa bebendo, fumando e rindo, com a roupa toda ensanguentada. Cesar ainda estava chorando, com o rosto inchado, atrás de mim. Todos olham para nós. Sad vem até mim e pergunta o que aconteceu.
-Vou matar todos os profetas- foi as únicas palavras que consegui dizer no momento. Entrei para dentro de casa e tirei minha camisa, ficando vestido só da cintura para baixo. Cesar começou a explicar para os santos o que aconteceu. Eu só estava sentado, olhando para o chão, sem saber o que fazer. Alguns começaram a questionar se vale a pena entrar em guerra por isso.
- Pela vida da minha garota, vale a pena. Vou matar todos aqueles desgraçados um por um - digo, voltando à realidade depois de assimilar o que aconteceu.
- Não podemos entrar em guerra por causa de uma mulher. Você sabe que ela era só mais uma. Acorda para a vida - diz Antônio. Ao ouvir isso, apenas me levantei e fiquei frente a frente com ele.
-Chama de vadia de novo que eu quebro seus dentes, seu filho da puta - digo pronto para avançar nele, vendo Sad e Joker se colocarem no meio de nós.
-Eu só disse a realidade e você não quer aceitar - não aguentei e avancei nele, fazendo-o cair no chão e continuando a bater em seu rosto.
Eu estava fora de mim, tinha perdido um pedaço de mim e da minha vida. Continuei batendo até ver sangue e seu rosto ficar desfigurado. Ainda em cima dele, começo a ter algumas lembranças da Daya.
Flashback on
- E se eu engravidar, você vai virar meu mordomo, né, senhor Diaz? - diz Daya, chegando perto de mim e me abraçando.
- Eu sempre cuidaria da minha família, mesmo que já tenhamos um adolescente que às vezes parece uma criança - digo, e ela ri, lembrando do comportamento de Cesar.
- Ele vai ter um irmãozinho, pelo menos - diz ela, me dando um beijinho.
-Já posso aprender a trocar fraldas - diz César entrando.- Buenos dias, madre. Buenos dias, hermano - César cumprimenta nós dois.
-Já pode ir aprendendo, mamãe aqui está doidinha para ter um bebê - digo abraçando a Daya por trás.
-Quer panquecas, Hijo? - ela serviu café para nós.
Flashback of
- Se mais alguém tentar falar dela, vou matar todos esses idiotas, porque todos eles são culpados pela morte da minha esposa - Digo alto e claro, olhando para todos. Eu perdi a única pessoa que realmente me amava e por causa de um profeta, todos vão sofrer.
Que La muerte venha buscar a todos.