Oscar-Stalker pt1

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Eu conheci a Daya antes de ir para a cadeia. Ela ainda era menor de idade e morava com o pai e os irmãos mais velhos. Na festa de 17 anos do Mário, eu falei com ela pela primeira vez. A voz dela era delicada e doce, e sua risada era gostosa de se ouvir. Aqueles olhinhos castanhos, do tamanho de pequenas jabuticabas, eram o charme, junto aos cachinhos pintados de azul escuro. Naquele dia, eu senti esse negócio de amor à primeira vista. Nunca achei que me apaixonaria, ainda mais por uma garota igual a ela.

No que eu digo igual a ela, porque ela era a garota mais quieta do bairro. Pretinha, com cabelo cacheado e uns 1,49 m de altura, ela era a mais disputada da região, só pelo fato de ninguém ter ficado com ela. O bairro todo sabia que ela era virgem, até mesmo 'bv'.Ela não era para qualquer um.

Minha obsessão por ela continuou quando eu saí da cadeia. Saí já pensando em tê-la para mim a qualquer custo. Antes, eu só a vigiava pela rua; onde ela ia, eu ia também. Vigiava sua casa até que comecei a entrar enquanto todos dormiam. Consegui a chave daquela casa e o bom era que eu podia observá-la dormindo.

Isso parece muito a frase de um maníaco ou de um psicopata, mas eu garanto que não quero fazer mal a ela. Eu só gosto de estar na presença dela. Durante as duas semanas que saí da cadeia, entrei pela porta dos fundos e ficava sentado na cadeira do quarto dela só para observar enquanto ela dormia, com aqueles cachinhos caindo no rosto, aquele pijaminha de ursinhos que era sexy e fofo ao mesmo tempo. Aquele corpo me deixava louco.
Corpo de estatura baixa, seios médios e bunda grande. Aquela boca, ah, aquela boca carnuda e macia! Aquelas coxas que todos os dias eu acordo pensando em ser sufocado por elas. Aquela garota me enlouquece; olhar para ela dormindo todas as noites me satisfaz de um modo maravilhoso, de um jeito que nem as outras conseguem.

Faço toda a rotina de olhar pela casa e ver as coisas dela. Voltei para o quarto e continuei a olhar as roupas; o cheiro dela estava em todo o ambiente. Peguei uma camisa que estava no braço da cadeira e a cheirei, sentindo o perfume doce dela. Olhei para as outras peças e encontrei uma calcinha. Tento não fazer isso, mas é mais forte do que eu. Peguei a calcinha e a coloquei no meu bolso. Olhei para a cama, vendo Daya ainda dormindo tranquilamente.

Devagar, sem fazer barulho, vou em direção à cama. Ainda sem tirar os olhos dela, me aproximo lentamente, beijo a testa dela e saio do quarto com cuidado. Vou em direção à porta, saio e tranquei atrás de mim. Entrei no carro e comecei a mexer nos bolsos, tirando a chave da casa dela e a calcinha cor-de-rosa. Guardei a calcinha no bolso e voltei para casa. Eu teria uma reunião logo cedo, então retornei. Ao chegar em frente de casa, vejo meus hermanos lá.

-Chegaram cedo, faltavam dez minutos para a reunião.-Digo, mexendo nos bolsos, tentando pegar o celular sem tirar a calcinha do bolso.

- Viemos antes para conversar um pouco. Já faz dias que não conversamos sobre a vida - diz Joker, bebendo uma cerveja.

- Eu vou entrar, preciso trocar de roupa e... - minha fala é interrompida por Sadeyes.

- Você está cheirando a perfume feminino, um cheiro doce.-Ele fala maliciosamente e todos riem. Entramos para dentro da minha casa. 

- Eu estava com a Lívia, e ela quis que eu passasse a noite lá - digo, puxando o celular e, sem querer, deixando a calcinha cair do bolso e parar no carpete.

-Parece que ela deixou um presentinho no seu bolso. Eu até cheiraria, mas você é quem estava ficando com ela - diz um dos Santos. Me agacho, pego a calcinha rapidamente e vou para o meu quarto.

Entro no quarto e tranco a porta. Me jogo na cama pensando nela outra vez. Olho para a calcinha ao meu lado; provavelmente, se ela descobrir, vai achar que estou sendo um tipo de maníaco ou tarado, mas sentir só o cheiro não vai matar ninguém.

Peguei a calcinha que estava ao meu lado e a levei para o meu nariz, sentindo um cheiro até que gostoso. Parece um cheiro único, é difícil de explicar. Só sei que me fez ficar mais atraído por ela.

Escutei alguém batendo na minha porta, coloquei a calcinha debaixo do travesseiro e levantei, saindo do quarto...

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