Grávida

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Marília narrando:

Acordei, 6 horas da manhã. Mais um dia nesse inferno de casa, sendo abusada verbalmente e fisicamente. Mais uma noite que fui dormir chorando após apanhar e tenho ódio de mim por aceitar isso. Se não fosse pelo meu pai não tava passando nada disso e ele pra meu pai é o melhor genro do mundo. Me casei aos 16 anos, jovem no começo da adolescência bem dizer e tô aqui sofrendo o pão que o diabo amassou. Levanto cheia de dor e toda roxa, vou pro banheiro e vejo que tô sangrando muito mais que o normal e nem sei o que fazer. Tomo banho e faço minhas higienes pessoais e coloco um absorvente pra ver se para o sangramento tô sentindo muita dor mais que o normal. Após feito minhas higienes saio do banheiro e vou no closet e visto uma roupa e faço tudo que tem pra fazer e vou pra cozinha fazer o café já que ele não aceita ninguém aqui pra fazer as coisas so vem uma mulher 3 vezes na semana fazer a faxina o resto sou eu que faço tudo e tenho que fazer bem feito se não apanho. Começo a fazer o café e após hora, mesa pronta e café também coloco tudo na mesa e espero ele acordar pra servi-lo. ( Após um tempo ele aparece, chego a tremer de medo)

Yugner: bom dia meu amor( selinho)

Lila: bom dia! Seu café já está pronto.

Yugner: gosto assim eficiente. Pode me servir e ( ele para e me olha) o que deu em você pra sua menstruação tá descendo pelas pernas sua inútil.

Lila: eu acordei assim, não sei o que fazer. Me desculpas, me perdoa.

Yugner: vai passar minha roupa e se troca e tenta cobrir esses roxos que vou te levar ao hospital e você vai confirmar tudo que disse ok?

Lila: sim. ( Saio indo em direção ao quarto) Passo a roupa dele e deixo em cima da cama e vou pro banheiro novamente e me lavo já que tava com sangue até às pernas. Saio e ele entra no banheiro. Entro no closet e procuro uma roupa que não seja exposta. Passei uma maquiagem e um batom, somos um casal " famoso" aqui na nossa cidade e ele quer ser bem visto. Saio do closet com minha bolsa com documentos e vou esperar ele ficar pronto na sala. Espero que não seja nada demais, que esse sangramento seja só que machucou mais que pare logo. Queria tanto fugir daqui, sumir sei lá. Queria ser amada de verdade e que a pessoa me trata-se bem, me cuidasse e não isso que vivo ser submissa a macho, apanhar por qualquer coisa, se abusada. A minha primeira vez foi contra minha vontade, eu não sei o que é fazer amor, eu sei o que é ser abusada, maltratada😭 queria tanto o colinho da minha mãe. Fico nos meus pensamentos até ele chegar na sala e me chamar. Look da mama:

Yugner: vamos?( Balanço a cabeça) Já sabe como é as coisas né? Tudo que falar você confirma e aí de você se fazer alguma coisinha quando chegar em casa você me paga

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Yugner: vamos?( Balanço a cabeça) Já sabe como é as coisas né? Tudo que falar você confirma e aí de você se fazer alguma coisinha quando chegar em casa você me paga.

Lila; juro que não vou fazer nada.

Yugner: acho bom( fomos pro carro e ele dirigiu rumo ao hospital particular. Chegamos ele fez minha ficha e ficamos esperando até a enfermeira bom nos chamar.

Dr: bom dia sr e senhora Mendonça. Tudo bem?

Lila/Yugner: bom dia Dr Carla. Tudo bem.

Dr: o que trás vocês aqui ?

Yugner: então dr, sai pra ir a padaria quando voltei minha mulher tava sangrando e toda espancada, um homem entrou lá em casa pra roubar e manchou meu amor.( Todo momento a médica olhava pra nós dois pra ver se isso era verdade e eu não tinha coragem de encarar ela, fiquei de cabeça baixa quieta na minha)

Dr: o que você tá sentindo Marília?

Yugner: conta a ela amor que você sangrou muito e tava com dor.

Lila: eu sangrei muito dr, que chegou a descer nas minhas pernas e tô com dor.

Dr: certo vou fazer uns exames de sangue e uma transvaginal certo?

Yugner: é a senhora que vai fazer?

Dr: sim. ( Ela começou a preparar tudo e tirou meu sangue e a enfermeira veio buscar já que ela ligou pra ela vim e o resultado saia com 2 horas. E se preparou pra fazer a transvaginal e eu sabia que ia sentir dor já que fui abusada ontem a noite. Ela começou a fazer e acho que percebeu mais não falou nada ela mexia e mexia e eu só queria chorar. Mais um pouco e ela começou a falar) que danadinho ou danadinha fazendo a mamãe sangrar. ( Nesse momento eu congelei olhei pro Yugner que ficou do mesmo jeito). Você tá grávida Marília 2 meses e tá com um pouco de descolamento de placenta então vai ter que ter repouso, tomar esse remédio que vou te dá, se alimentar bem e relação sexual com cuidado ta? ( Olhei pra Yugner que ficou me encarando. Tenho certeza que vou apanhar até perder esse bebê ou até eu morrer junto 😭 eu não tinha reação, um bebê vivia dentro de mim e o pai era um monstro. A médica terminou de explicar tudo, disse o que pudia e não, me colocou no soro pra tomar um remédio pra parar o sangramento e pra ajudar com o descolamento.) então parabéns aos papais.

Yugner: obrigada Dr, tô em choque ainda não esperava que meu amor estava esperando meu herdeiro.

Dr: pois está, vou deixar vocês pra ela terminar o soro e depois volto com os resultados dos outros exames. ( Ela sai da sala e ele me encara, sabia tava demorando.)

Yugner: como isso foi acontecer? Eu não quero esse filho, mais também não vou mandar você tirar.

Lila: eu não tive culpa, eu juro que não tive culpa.

Yugner: depois conversamos. Quando saímos daqui vou te deixar em casa e vou trabalhar e você arruma uma mala pra mim que vou viajar.

Lila: ok. ( Ficamos em silêncio e ele mexendo no celular, recebeu uma ligação e saiu e eu fiquei ali esperando a médica. Um tempo depois a médica voltou e ele também, a médica disse que estou com anemia e forte e preciso me cuidar já que é perigoso pro bebê e pra mim. Ela me deu os remédios pra anemia e o pra placenta colar e outras vitaminas e se despedimos e fomos rumo ao carro calados. Ele tava visivelmente com raiva e eu não ia provocar pra ele descontar em mim. Fiquei na minha quieta. Ele me deixou em casa e disse que não precisava fazer almoço que ele traria só que fizesse uma mala e ele saiu e eu fui fazer e após fazer fiquei alisando minha barriga até dormir. Acordei com um batido de porta grande ele tinha chegado e pelo jeito com muita mais raiva. Ele me olhava com ódio nos olhos e eu fiquei com muito mais medo principalmente por causa do meu bebê. Ele chegou perto de mim me olhou e só fez da dois tapas na minha cara e eu caí, pegou meus braços e apertou ficando roxo e eu só chorava e pedia por favor que ele parasse por causa do bebê e ele simplesmente me bateu que eu caí apagada. Não sei por quanto tempo eu fiquei apagada acordei a mala dele não estava mais e tinha um buquê de flores e um cartão de desculpas e que a culpa tinha sido minha. Minha chance de fugir. Peguei minhas mala, coloquei tudo que tinha, peguei dinheiro, documentos, tudo e sai chamei um Uber e parei na rodoviária atrás de uma passagem pra outra cidade. Eu nunca mais ia permitir ele ou ninguém me bater. Agora era vida nova com meu bebê.
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